
E engana-se quem pensa que o processo de envelhecimento da popula��o brasileira demorar� a ocorrer. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) apontam que, em 2030, o pa�s ter� 41,5 milh�es de idosos, contra 14,2 milh�es em 2000. E a faixa de jovens de 15 a 29 anos, que representava 28,2% da popula��o, cair� para 21%.
Os incentivos ao consumo e a falta de est�mulos familiares para poupar s�o apontados pelo estudante de economia Victor Hugo Mendes, de 24 anos, como principais barreiras para que ele se prepare para a aposentadoria. “N�o sou um poupador, sou consumista. Tamb�m acho que n�o me preparo para a velhice porque n�o tenho um emprego fixo”, admite. Apesar disso, ele estagia em um banco e conhece os benef�cios de participar de um plano de previd�ncia privada.
O estudante est� consciente de que, se n�o poupar, ter� uma brutal queda de renda na aposentadoria. Interessado em concorrer a uma vaga no servi�o p�blico, sabe que, se for aprovado, precisar� complementar a renda porque receber� como aposentadoria, no m�ximo, o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atualmente em R$ 5.531,31. “No banco, passei a ter contatos com previd�ncia complementar, e a aberta pode ser uma das solu��es, se mudar de ideia e quiser ficar na iniciativa privada”, explica.
PLANOS
Dados da Federa��o Nacional de Previd�ncia Privada e Vida (FenaPrevi) indicam que, atualmente, 13 milh�es de brasileiros contrataram um dos dois planos oferecidos por bancos e seguradoras. S�o eles o Vida Gerador de Benef�cio Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benef�cio Livre (PGBL). A escolha entre eles deve levar em conta o modelo de declara��o do Imposto de Renda (IR).
Conforme a entidade, o PGBL � indicado para quem declara o IR pelo formul�rio completo e contribui para a Previd�ncia Social. Neste caso, o participante pode deduzir da base de c�lculo do IR as contribui��es feitas ao plano de previd�ncia complementar at� o limite de 12% da renda bruta anual. J� o VGBL � destinado �queles que utilizam o formul�rio simplificado do IR ou n�o t�m renda a declarar.
Em ambas as modalidades de planos, explica o especialista em Previd�ncia Renato Follador, n�o h� cobran�a do IR a cada seis meses sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em diversos tipos de aplica��es. Al�m disso, ao contratar um PGBL ou um VGBL, o poupador opta pela tabela regressiva de IR. Na pr�tica, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor ser� a al�quota incidente.