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Estado de Minas

Colheita de algod�o faz Brasil dar salto na exporta��o

A colheita de algod�o no Brasil dever� chegar a 1,5 milh�o de toneladas na safra atual. Produ��o � 20% maior que a �ltima


postado em 24/07/2017 06:00 / atualizado em 24/07/2017 09:01

(foto: Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa)/Divulgação)
(foto: Associa��o Mineira dos Produtores de Algod�o (Amipa)/Divulga��o)

O cen�rio para o algod�o brasileiro � mesmo altamente favor�vel. O pa�s, que j� � o quinto produtor global e o quarto exportador mundial de algod�o, deve dar um salto na exporta��o j� no pr�ximo ano.

Essa � a expectativa da Associa��o Brasileira dos Produtores de Algod�o (Abrapa), que realizou a Miss�o Compradores 2017, com a participa��o de 15 representantes de ind�strias e cinco tradings da China, Coreia do Sul, �ndia, Bangladesh, Paquist�o, Vietn�, Turquia e Peru, grupo de pa�ses que fazem parte dos 10 maiores compradores do algod�o brasileiro.

O Distrito Federal n�o tem planta��o de algod�o como fonte de renda no agroneg�cio, somente um pequeno cultivo para a produ��o de sementes. Mesmo assim, a capital do pa�s � parada obrigat�ria para o algod�o brasileiro destinado ao mercado internacional.

No N�cleo Bandeirante, a pouco mais de 13 quil�metros de Bras�lia, est� localizado o Centro Brasileiro de Refer�ncia em An�lise de Algod�o (CBRA). Inaugurado no fim do ano passado, o centro � refer�ncia na padroniza��o das an�lises de fibra por High Volume Instrument (HVI) para os laborat�rios que atendem aos produtores de algod�o. O centro faz auditorias nos resultados apresentados pelos laborat�rios do pa�s e que realizam testes de qualidade.

O CBRA custou R$ 9 milh�es e tem duas m�quinas com capacidade para atender 100% da safra nacional. A sua implanta��o faz parte de um programa de qualidade da Abrapa, visando garantir a padroniza��o, transpar�ncia, credibilidade e a qualidade da fibra brasileira para o mercado externo.

Os compradores internacionais exigem, cada vez mais, qualidade do produto negociado. Com a instala��o do CBRA, o Brasil avan�a nos processos que envolvem a cadeia produtiva do algod�o, dando garantias aos produtores, ao mesmo tempo em que assegura mais qualidade aos importadores.

Os testes obrigat�rios no algod�o, que � exportado, j� s�o feitos em 13 laborat�rios no pa�s. Como os resultados apresentados podem ser diferentes, o CBRA equaliza os par�metros, orientando os laborat�rios nas melhorias operacionais.

Os testes no CBRA analisam determinadas caracter�sticas que identificam a qualidade da fibra de algod�o, como cor, tamanho, comprimento, formato, resist�ncia e impurezas da pluma.

Al�m de exigir altos padr�es de qualidade, o mercado internacional busca uniformidade no produto adquirido no Brasil e garantia do que est� comprando.

A padroniza��o indica que os resultados apresentados pelos laborat�rios ter�o que ser os mesmos dos resultados obtidos no centro de Bras�lia. “O comprador estrangeiro quer garantias de que o fardo que chegar� no seu pa�s � exatamente o mesmo que ele comprou e o sistema permite que o comprador, na hora de negociar, conhe�a os dados do algod�o, j� auditados pelo CBRA”, explicou o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.

TECNOLOGIA

O centro de Bras�lia foi um dos locais visitados pela comitiva da Miss�o Comprador 2017 da Abrapa. A agenda dos compradores no Brasil permitiu que eles conhecessem desde lavouras de algod�o no cerrado at� a vasta tecnologia investida por produtores locais.

Na Bahia, o grupo conheceu a Fazenda Busato Ie a beneficiadora Warpol, ambas do Grupo Busato, o p�tio de armazenamento da trading Ecom e o Laborat�rio de An�lise de Fibra da Associa��o Baiana dos Produtores de Algod�o (Abapa).

Depois da passagem por Bras�lia, onde conheceram o CBRA, os compradores visitaram a Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, e o Laborat�rio de HVI da Associa��o Goiana dos Produtores de Algod�o (Agopa), em Goi�s.

No estado do Mato Grosso, o grupo conheceu a Fazenda Cidade Verde (Grupo WDF Agro), as Fazendas Santo Antonio e Philadelphia, ambas do Grupo Bom Futuro, e o Laborat�rio de HVI da Cooperativa de Produtores de Algod�o (Unicotton), al�m da Feira Comercial e Agropecu�ria de Campo Verde (Expoverde).

No estado, destino final da miss�o, os compradores estiveram tamb�m no Laborat�rio de HVI, na fia��o da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra) e na beneficiadora da Cooperativa de Beneficiamento de Algod�o (Cooperbem).

Realidade brasileira


Muitos compradores, em visita ao Brasil pela primeira vez, se surpreenderam com o sistema produtivo de algod�o do pa�s. Outros, j� familiarizados, se mostraram entusiasmados com a evolu��o dos processos e a retomada dos altos n�veis de produtividade e qualidade na safra que est� sendo colhida.

O trader Richard Pollard, da Ecom, destacou o papel da miss�o ao proporcionar aos compradores contato com a realidade brasileira, bem diferente do sistema familiar que caracteriza grandes produtores de algod�o, como a China e a �ndia.

“O Brasil � �nico e os investimentos aqui s�o muito altos. � dif�cil para um gerente de fia��o em Taiwan, na China ou no Paquist�o visualizar qu�o diferentes e profissionais s�o as opera��es brasileiras em produ��o de algod�o, at� que eles venham para o Brasil e vejam por eles mesmos”, explicou.

Para Danny Van Namen, vice-presidente da Reinhart para o Sul da �sia, o Brasil j� conquistou reputa��o como um fornecedor que cumpre os seus contratos.

“Estive muitas vezes no Brasil, inclusive 10 ou 15 anos atr�s, quando o pa�s era um importador de algod�o. Hoje, est� na ‘quinta marcha’ e � incr�vel o que est� ocorrendo aqui. Viajo para muitos pa�ses produtores de algod�o pelo mundo afora e o que vejo no Brasil excede as expectativas”, conclui.

Atualmente, 81% da safra de algod�o brasileira s�o certificadas pelo programa Algod�o Brasileiro Sustent�vel (ABR). O Brasil responde por mais de 25% de todo o algod�o Better Cotton Iniciative (BCI), entidade internacional que atesta a sustentabilidade da cadeia da fibra – no mercado global – 71% da produ��o nacional s�o licenciados pela BCI.

O algod�o � a fibra mais usada na ind�stria t�xtil do mundo, principalmente para a fabrica��o de linhas, tecidos e malhas.

A Miss�o Compradores � realizada pela Abrapa desde 2015. De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a miss�o tem trazido bons resultados para os neg�cios brasileiros com algod�o.

A entidade contabiliza o aumento de neg�cios no pa�s dos representantes estrangeiros das ind�strias de fia��o e traders da commodity. O retrospecto indica que as vendas de algod�o brasileiro para o mercado externo aumentaram desde a primeira miss�o.

“Quando se est� do outro lado do mundo e do outro lado do balc�o, nem sempre � f�cil entender que somos n�o apenas um grande produtor, mas um fornecedor de algod�o de qualidade, produzido em modos sustent�veis do ponto de vista tanto econ�mico quanto social e ambiental. �s vezes � preciso ver de perto para crer”, disse Arlindo Moura.


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