Bras�lia - Sempre que h� alta inesperada dos pre�os, economistas se debru�am sobre os n�meros e apontam para um vil�o da infla��o. Nos �ltimos anos, por�m, o Brasil conviveu com um fen�meno que n�o foi citado por analistas, nem apareceu nos indicadores: a infla��o das milhas.
H� tr�s anos, empresas usavam tabelas para a convers�o das milhas e uma passagem de ida e volta de qualquer cidade brasileira para um destino na Am�rica do Sul custava 20 mil pontos nos programas da TAM e da Gol. N�o importava se a viagem era na ponte a�rea S�o Paulo-Rio ou entre Porto Alegre e Bogot�, na Col�mbia, o pre�o em milhas era sempre o mesmo: 20 mil. Assim, o pre�o da pr�xima semana para Buenos Aires indica infla��o de 162%.
"Esses pre�os din�micos come�aram a ser usados h� alguns anos e, �s vezes, ficam impeditivos. J� vi trecho entre Porto Alegre e Fortaleza por 150 mil milhas. No passado, essa era a quantidade necess�ria para ir e voltar do Brasil ao Oriente M�dio", diz o advogado e grande usu�rio dos programas de milhas, Eloy Fonseca Neto.
O presidente da Associa��o Brasileira das Empresas do Mercado de Fideliza��o (Abemf), Roberto Medeiros, recha�a a ideia de que h� infla��o nas milhas. "A pontua��o necess�ria varia em fun��o do bilhete pago. Cada vez que a tarifa muda, o volume necess�rio para resgate varia com a mesma din�mica.", diz o executivo.