
Bras�lia – O presidente Michel Temer viaja nesta ter�a-feirae para a China com o objetivo de atrair investidores interessados no amplo plano de privatiza��es do governo.
A lista de 57 ativos inclui portos, aeroportos (inclusive o rent�vel terminal de Congonhas, no Centro de S�o Paulo), licita��es petroleiras e gest�o de loterias.
Tamb�m figuram na lista a Eletrobras, a maior empresa de energia da Am�rica Latina, e a Casa da Moeda, que imprime reais e passaportes. “O Brasil � destino seguro para investimentos chineses e importante provedor de alimentos e insumos para a China, nosso principal parceiro comercial”, garantiu nessa segunda-feira (28)o porta-voz da Presid�ncia, Alexandre Parola.
Temer, que viaja com uma comitiva de ministros, parlamentares e ao menos 40 empres�rios, vai se reunir sexta-feira com o presidente, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. A assinatura de acordos bilaterais nas �reas de “infraestrutura, sa�de, cultura e tecnologia” est� prevista, informou Parola.
No s�bado, Temer vai participar de um Semin�rio Empresarial Brasil-China, com empres�rios chineses que j� realizaram ou t�m interesse em realizar investimentos no pa�s, que quer abrir sua economia para retomar o crescimento, ap�s dois anos de grave recess�o.
De 3 a 5 de setembro, ele vai participar da IX c�pula dos Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) em Xiamen. Ele vai aproveitar a reuni�o para fomentar o com�rcio e captar investimentos entre os demais membros do bloco, informou o governo.
Michel Temer deixa a China em 5 de setembro e deve chegar ao Brasil no dia seguinte, a tempo de assistir ao desfile de 7 de setembro, Dia da Independ�ncia, na Esplanada dos Minist�rios.
Parceiros
“O presidente Temer identifica no Brics um espa�o privilegiado de coopera��o econ�mica, em particular em mat�ria financeira. Nessa perspectiva, o Brasil renovar� seu engajamento nas atividades do Novo Banco de Desenvolvimento”, destacou.
Ainda segundo Parola, no contexto do Brics, o presidente manter� interlocu��o com representantes dos setores privados do Brasil e de outros membros do grupo. Tamb�m aqui, o prop�sito � fomentar o com�rcio exterior brasileiro e atrair mais investimentos externos para o pa�s”, completou o porta-voz.
Desde 2009, a China � o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2016, o interc�mbio chegou a US$ 58,497 bilh�es, com saldo positivo de US$ 11,769 bilh�es para o Brasil, segundo dados do Minist�rio da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os (MDIC).
O Brasil quer diversificar sua pauta de exporta��es, visto que o essencial de seu faturamento prov�m das exporta��es de soja (41% do total), de min�rio de ferro (20,50%) e de �leos brutos de petr�leo (11,12%), enquanto suas importa��es t�m forte componente de produtos manufaturados e industriais.
“A retomada do crescimento econ�mico, o aprimoramento de nosso ambiente de neg�cios e o programa de reformas estruturantes em curso abrem m�ltiplas oportunidades para novos investimentos chineses no pa�s”, disse Parola.
Segundo estimativas, o pa�s pode arrecadar R$ 40 bilh�es (US$ 12,7 bilh�es) antes do fim de 2018, quando deve terminar o mandato de Temer. O programa de privatiza��o � o maior lan�ado em duas d�cadas.
Os an�ncios de investimentos despertam resist�ncias e temores. Algu�m em s� consci�ncia vai crer que os chineses, que s�o os que est�o se preparando para comprar o parque el�trico brasileiro, v�o estar preocupados com a��o social no Brasil? N�o existe isso, os chineses v�m para ganhar dinheiro”, opinou, na semana passada, Fernando Pereira, coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricit�rios (CNE).
China apresenta gigante de energia
Autoridades chinesas aprovaram a fus�o da maior fabricante de carv�o do pa�s e de uma grande empresa de eletricidade, informou o governo nessa segunda-feira (28).
Segundo as autoridades, ser� a maior empresa de energia do mundo em termos de capacidade. O la�o entre as duas estatais, a Shenhua Group Corp., de carv�o, e a China Guodian Corp., vai se chamar National Energy Investment Group Co. Ltd., informou a Comiss�o de Supervis�o e Administra��o de Ativos.
A nova empresa vai ser a maior do setor energ�tico do mundo em termos de capacidade e ter� ativos totais superiores a 1,8 trilh�o de iuanes (US$ 271 bilh�es).