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Estado de Minas

Termina greve dos transportadores de combust�vel, mas ainda falta gasolina em BH

Gasolina e etanol est�o em falta na Grande BH; previs�o � de que situa��o seja normalizada ainda neste s�bado


postado em 09/12/2017 06:00 / atualizado em 09/12/2017 08:02

Houve longas filas nesta sexta-feira em revendas das Avenidas dos Andradas e Tereza Cristina(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Houve longas filas nesta sexta-feira em revendas das Avenidas dos Andradas e Tereza Cristina (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Sindicato dos Transportadores de Gasolina encerrou, na noite desta sexta-feira, a paralisa��o depois de uma reuni�o no Pal�cio Guanabara com o vice-governador, Francisco Dornelles, o secret�rio de Fazenda, Gustavo Barbosa, e o deputado estadual Andr� Ceciliano (PT). Apesar de os trabalhadores terem voltado a trabalhador, ainda falta gasolina em parte dos postos de Belo Horizonte e regi�o metropolitana. A previs�o � de que a situa��o comece a se normalizar a partir da tarde deste s�bado, quando novas remessas de combust�vel chegam a Minas.

A greve deflagrada desde quarta-feira provocou durante todo o dia de ontem falta de gasolina, �lcool e diesel em v�rios postos da Grande Belo Horizonte, de acordo com informa��es do Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). A entidade representa 4 mil revendas no estado. Por meio de nota, o Minaspetro informou que “caso o cen�rio de greve persista, h� sim o risco de desabastecimento geral, uma vez que os postos que ainda tem estoque n�o poder�o ter a renova��o dos produtos armazenados”.

Em apelo contra a corrida de motoristas aos postos, o sindicato das empresas alertou que isso, de fato, aceleraria o processo de desabastecimento. No fim da tarde, a reportagem do Estado de Minas constatou que postos de gasolina nas avenidas dos Andradas, regi�o Leste da capital, e Tereza Cristina, Oeste de BH, motoristas formavam filas para abastecer, temendo a falta de combust�vel j� neste fim de semana. A paralisa��o afeta os estados de Minas, Rio de Janeiro e o Sul do pa�s.

Os tanqueiros pararam, de acordo com o Sindicato dos Transportadoras de Combust�vel e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), em protesto contra a carga elevada de impostos sobre os combust�veis. Essa despesa pesa no custo do transporte de carga em geral.

O gerente do Posto Leste, David Leandro Ara�jo, disse que o movimento foi intenso na quinta-feira e ontem, e estimou que tanto o estoque de gasolina quanto o de etanol dever�o ser suficiente s� at� amanh�. A disponibilidade naquele momento era de 40 mil litros de cada combust�vel. No posto Parada Obrigat�ria, a previs�o do gerente Marcos Ant�nio da Rocha era que restavam apenas 3 mil litros de gasolina e sete de etanol, volume que tenderia a acabar em quest�o de horas.

Um caminh�o furou a greve e abasteceu de etanol o Auto Posto Expressa, na avenida Tereza Cristina, no Bairro Padre Eust�quio. Segundo o gerente do estabelecimento, Willian Luiz dos Santos, chegaram 43 mil litros do combust�vel, mas essa quantidade seria o bastante s� para dois dias. Para a gasolina, por sua vez, a previs�o era de que secasse nas bombas a partir das 19h de ontem. Grandes filas se formavam diante do posto.
Marcos Vinicius, motorista do Uber, gasta R$ 150 por dia e não pode parar de rodar(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Marcos Vinicius, motorista do Uber, gasta R$ 150 por dia e n�o pode parar de rodar (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O motorista do Uber Marcos Vinicius Souza Santos disse que correu ao posto alertado por colegas de trabalho, na tentativa de garantir o combust�vel necess�rio ao trabalho. “Gasto em torno de R$ 150 por dia e n�o posso ficar sem rodar”.

Roberto Aparecido Mendes ouviu pelo r�dio sobre a possibilidade de os combust�veis secarem nos postos e correu ao estabelecimento mais pr�ximo de casa no Bairro Alto Vera Cruz: “trabalho fazendo carretos e n�o posso ficar parado, por isso me adiantei”.

Servi�os essenciais
De acordo com o Sindtanque, toda a categoria aderiu � paralisa��o, que afeta tamb�m os aeroportos. Os caminhoneiros pararam de trabalhar, sem fazer qualquer manifesta��o ou bloqueio de vias. O sindicato espera que o governo federal e tamb�m o mineiro desistam dos aumentos das al�quotas sobre o combust�vel. N�o h� prazo para o fim da greve.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e de Lubrificantes (Sindicom) informou que conta com apoio da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) e das for�as de seguran�a dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais “para que se cumpra a ordem judicial concedida e garanta a normalidade do abastecimento”.

As manifesta��es nas portas das bases de distribui��o e terminais est�o, segundo a entidade de classe, interrompendo a distribui��o de combust�vel nesses estados e prejudicam a ree de abastecimento. “J� est�o sendo observados focos de desabastecimento em algumas regi�es do estado. O abastecimento de servi�os essenciais como barcas, transporte urbano rodovi�rio, aeroportos, pol�cia e hospitais pode ser afetado caso a opera��o de distribui��o n�o seja liberada”, afirma o Sindicom.

Escolta
A Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que est� acompanhando a sa�da de caminh�es-tanque da Refinaria Gabriel Passos (Reagp), em Betim, na Grande BH, e que fez escoltas de ve�culos de transporte de combust�vel ontem. Por�m, a corpora��o n�o informou os detalhes desse acompanhamento porque s�o “informa��es operacionais e estrat�gicas”, segundo o assessor de imprensa da PRF em Minas, Aristides J�nior. O inspetor informou ainda que, se demandada, a instituti��o pode fazer novas escoltas.


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