
Mais um movimento entrou, nessa quarta-feira (13), na pol�mica discuss�o sobre o retorno dos voos de grande porte ao Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entidades representativas dos setores de turismo, com�rcio, restaurantes e eventos, entre outros, lan�aram, em BH, o Movimento Decole Minas!, com o objetivo de defender as opera��es do Aeroporto Internacional de Confins, na regi�o metropolitana, como fundamentais para o desenvolvimento do estado.
Para as entidades que integram a nova campanha, o mercado de atua��o dos dois aeroportos � o mesmo e isso vai prejudicar o terminal de Confins com suas conex�es. “Concentrar passageiros em um mesmo aeroporto � essencial para atrair novos voos nacionais e internacionais.
Com a Pampulha, o mineiro vai perder conectividade e transferir o potencial de desenvolvimento econ�mico e social de Minas para outros estados”, afirmou Diogo Paix�o, vice-presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is de Minas Gerais.
Na mesma linha, o presidente do Belo Horizonte Convention e Visitors Bureau, Jair Aguiar Neto, afirmou que a decis�o do Minist�rio dos Transportes foi “equivocada”. “O Movimento surgiu a partir de reuni�es realizadas depois da publica��o da portaria 911, do Minist�rio dos Transportes, que autorizou a retomada de voos na Pampulha”, explicou. Ainda segundo ele, a decis�o prejudica os planos das empresas da capital de consolidar a cidade como destino tur�stico.
O diretor da Associa��o dos Desenvolvedores do Vetor Norte (Avnorte), Vinicius Cavalcanti, anunciou que a entidade ajuizou na ter�a-feira a��o civil p�blica contra a Uni�o e Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), argumentando que a Portaria 911, que libera voos comerciais de grande porte na Pampulha cont�m v�cios de ilegalidade e de desvio de finalidade. Com isso, ele se junta aos moradores da regi�o que tamb�m acionaram a Justi�a para tratar do tema.
A Associa��o Comunit�ria dos Bairros Jardim Atl�ntico e Santa Am�lia e a Associa��o Pro-Civitas dos Bairros S�o Luiz e S�o Jos� argumentam que a decis�o da Uni�o, tomada por meio do Conselho de Avia��o Civil (Conac) e do Minist�rio dos Transportes, coloca em risco a popula��o que vive pr�ximo do terminal devido � falta de infraestrutura e seguran�a do local. Os moradores pedem antecipa��o de tutela para que o processo seja suspenso at� que haja defini��o de m�rito.
Economia abalada
Os moradores tamb�m representaram junto ao Minist�rio P�blico Estadual e Minist�rio P�blico Federal questionando os impactos, especialmente o ambiental, e tamb�m a aus�ncia de consulta p�blica sobre o tema. A retomada dos voos tamb�m � alvo de cr�ticas de um grupo de prefeitos, empres�rios e veraeadores de 13 munic�pios vizinhos ao aeroporto de Confins que alegam que a medida trar� preju�zo econ�mico para as cidades com a diminui��o dos voos naquele terminal.
A medida tamb�m � contestada na Justi�a pela BH Airport, empresa que det�m a concess�o da opera��o de Confins. O senador Ant�nio Anastasia (PSDB) tamb�m tomou partido e pediu ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) que anule os efeitos da portaria do Minist�rio dos Transportes, que autorizou o retorno dos voos. O TCU ainda n�o se manifestou.
De acordo com a Anac, o terminal da Pampulha tem capacidade para embarcar 300 passageiros e desembarcar 360 passageiros por hora. H� 11 posi��es de estacionamento de aeronaves em voos comerciais, sendo quatro para aeronaves de maior porte, como Airbus 319 ou o Boeing 737.