
S�o Paulo - � espera do desfecho da Justi�a sobre o processo em que � acusado de tentar atrapalhar as investiga��es da Lava-Jato, Andr� Esteves tra�a planos para voltar a exercer um cargo formal no BTG Pactual, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. H� discuss�es internas para que o banqueiro possa retomar a presid�ncia do conselho.
Fundador e maior s�cio individual do banco de investimento, Esteves foi afastado do bloco de controle e da presid�ncia da institui��o no fim de 2015, ap�s ser preso sob suspeita de tentar comprar o sil�ncio do ex-diretor da Petrobr�s, Nestor Cerver�. O Minist�rio P�blico Federal, no entanto, entendeu que n�o h� provas para incrimin�-lo e j� pediu a sua absolvi��o.
O reconhecimento da inoc�ncia � o que Esteves precisa para tentar virar a p�gina do per�odo mais cr�tico da hist�ria do BTG, que teve a imagem abalada e o futuro colocado em xeque. O banqueiro voltou ao dia a dia da empresa em abril de 2016, com o “crach�” de s�cio s�nior, assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) o liberou do recolhimento domiciliar. Mas quer agora um cargo formal.
Esteves j� participa ativamente de reuni�es com clientes e tem assento no mes�o do 14.º andar da sede do banco, na Avenida Faria Lima, centro financeiro de S�o Paulo. Neste ano, voltou �s rodas do F�rum Econ�mico Mundial em Davos, na Su��a.
O retorno a um cargo de comando no banco - al�m de presidente, Esteves comandava o conselho - depende agora da decis�o da 10.ª Vara da Justi�a Federal do Distrito Federal, que recebeu a recomenda��o do MPF para inocent�-lo da acusa��o feita pelo ex-senador Delc�dio Amaral. Ao jornal, o advogado de Esteves, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a decis�o da Justi�a est� para sair “a qualquer momento”. Procurado, o banco n�o comenta.
A volta ao bloco de controle tamb�m n�o est� descartada. Nada impede que o banqueiro aumente sua participa��o no banco que fundou em 2008, ao sair do UBS. At� o fim de 2017, sua fatia era de 28%, sem incluir investimento como pessoa f�sica ou por meio de outros ve�culos do banco, o que o deixaria com mais de 30%, segundo fontes. O BTG, por�m, n�o confirma.
Muito tempo encarado com ressalvas diante do risco de a pris�o de Esteves comprometer a imagem do banco, o retorno do banqueiro deixou de ser tabu dentro e fora da institui��o, apurou o Estado.
Segundo uma pessoa pr�xima ao banco, Esteves poderia voltar a ser chairman. Marcelo Kalim, atual presidente do conselho, j� negociou sua sa�da e deve deixar o posto nos pr�ximos meses. A presid�ncia executiva se manteria com Roberto Sallouti.
G7
Para voltar, o banqueiro precisar� do aval do chamado Top Seven Partners, ou G7, formado pelos s�cios mais relevantes. O grupo, que passou a ter o controle do BTG em 2015, ap�s permuta de a��es com Esteves, sofreu baixas nos �ltimos tempos - al�m de Kalim, Persio Arida e James Marcos de Oliveira anunciaram a sa�da em 2017. Agora, as movimenta��es giram em torno das indica��es dos que devem recompor o G7, hoje formado por Sallouti, Ant�nio Carlos Canto Porto Filho (o Tot�), Renato Monteiro dos Santos e Guilherme Paes. Os principais s�cios t�m de 3% a 5% do capital total.
Nomes como Huw Jenkins, s�cio do banco em Londres, Jos� Zitelman, respons�vel por gest�o de ativos, e de Rog�rio Pessoa, de gest�o de fortuna, ganham destaque na nova recomposi��o de for�as no banco. As informa��es s�o do jornal