S�o Paulo - O BTG Pactual vai definir nos pr�ximos meses se vai se desfazer da participa��o de 30% que ainda mant�m no banco su��o BSI, vendido h� quase dois anos para EFG International, um grupo de gest�o de fortuna sediado em Zurique, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. O discurso do banco de investimento � concentrar esfor�os na Am�rica Latina.
As decis�es tomadas pelo BTG foram consideradas um caso de sucesso no mercado financeiro. Poucos dias depois da pris�o de Esteves, os s�cios do banco conseguiram levantar R$ 6 bilh�es com o Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), empr�stimo que j� foi pago.
Agora, com cerca de R$ 12 bilh�es em caixa, o banco planeja retomar o movimento de expans�o, segundo fontes pr�ximas ao banco. No foco, est�o as �reas de gest�o de ativos de terceiros (“asset management”) e de fortuna (“wealth management”); tesouraria e corretagem; e cr�dito. A �rea de fus�es e aquisi��es tamb�m � prioridade.
O banco de investimento do BTG j� voltou a incomodar os principais rivais no ano passado. Ap�s quatro anos, retornou ao topo em transa��es de fus�es e aquisi��es, segundo dados da consultoria Dealogic. O Ita� BBA ficou em segundo lugar.
H� quase duas semanas, ao divulgar os resultados de 2017, o presidente executivo do BTG Roberto Sallouti disse em confer�ncia a analistas que o banco dever� ampliar a concess�o de cr�dito a grandes empresas, impulsionada pela retomada da economia. O BTG encerrou o quarto trimestre com carteira de R$ 21,8 bilh�es, ante R$ 29,8 bilh�es nos mesmos meses de 2015. A inten��o � aumentar de R$ 4 bilh�es a R$ 10 bilh�es o volume de cr�ditos.
Desafios
Passados dois anos de sua maior turbul�ncia, o banco est� mais enxuto e conservador. Mas quer ganhar relev�ncia na plataforma digital, a exemplo do que j� faz a XP Investments, refer�ncia no setor e que tem o Ita� como s�cio.
A postura agressiva deu lugar � cautela. Fontes ligadas ao BTG afirmam que o banco n�o pretende ter mais participa��es diretas em empresas. Todos os investimentos neste sentido ser�o feitos por meio da �rea de “asset management”, que ter� recursos de terceiros. Nada impede, no entanto, que os s�cios do BTG possam colocar recursos pr�prios nos fundos geridos pelo banco.
Ap�s ter se desfeito de v�rios ativos propriet�rios, entre eles o hospital Rede D’Or, a Recovery (de carteira de cr�dito), Equatorial Energia, BR Properties, entre outros, o BTG ainda tem nas m�os a Petro �frica, joint venture com a Petrobras, motivo de dor de cabe�a. O banco foi suspeito de ter sido beneficiado ao comprar a fatia no neg�cio em 2013. At� o momento, nada foi apurado. A Petro �frica foi colocada � venda pelos dois s�cios.
Retorno de clientes
Entre os principais desafios do BTG est� convencer boa parte dos clientes que tirou o dinheiro do banco a voltar. Andr� Esteves tem conversado, muitas vezes pessoalmente, com os ex-clientes. Um importante investidor ouvido pelo Estado na semana passada disse que chegou a sacar todo o seu dinheiro no per�odo mais agudo da crise do banco; mas, agora, tem voltado aos poucos, conforme a poeira vai baixando.
Sa�da
Os acionistas do alto escal�o do BTG Pactual, reunidos no G7, n�cleo duro do banco, que se tornou o controlador ap�s a sa�da de Andr� Esteves, est�o concluindo a compra da participa��o de seus principais s�cios.
O presidente do conselho do banco Marcelo Kalim, que est� entre os maiores acionistas do BTG - depois de Andr� Esteves e ao lado de Roberto Sallouti - dever� deixar a presid�ncia do colegiado at� o fim do ano.
Ex-presidente do conselho da institui��o, Persio Arida saiu do neg�cio no ano passado para se dedicar � pol�tica (o economista trabalha no plano de governo de Geraldo Alckmin). Kalim est� montando uma fintech e o banco avalia se vai ser s�cio do neg�cio. Procurados, Kalim e BTG n�o comentam.