S�o Paulo – O lucro l�quido da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) em 2017 cresceu 199%, para R$ 1,002 bilh�o, frente a R$ 335 milh�es em 2016. O lucro antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o (Ebitda), ou Lajida, na express�o em portugu�s, alcan�ou R$ 3,492 bilh�es, aumento de 32,4% sobre o ano anterior. Tamb�m a receita l�quida teve avan�o expressiva, ao somou R$ 21,711 bilh�es, aumento de 15,6% sobre o balan�o de 2016.
A receita de constru��o e infraestrutura caiu 6,2%, para R$ 1,119 bilh�o, resultado, que, segundo a companhia, foi integralmente compensado pelos custos de constru��o, no mesmo valor, e corresponde ao investimento das empresas controladas, no exerc�cio, em ativos vinculados � concess�o. A quantidade de consumidores faturados cresceu para 8,347 milh�es, ante 8,260 milh�es em 2016.
O volume de energia vendida pela concession�ria mineira aos consumidores finais e do consumo pr�prio recuou 1,36% em 2017, na compara��o com o ano anterior, somando 42.461 Gigawatts/hora (Gwh). A comercializa��o para as resid�ncias teve leve alta, de 0,93%, para 10.008 Gwh, mas as ind�strias demandaram 8,89% menos, ou 17.760 GWh, enquanto o segmento comercial contratou volume 14,21% maior, de 7.507 GWh.
Segundo explica��es da estatal, a queda na quantidade de energia vendida para as ind�strias decorre da migra��o de consumidores cativos para o ambiente livre e, em menor parte, dos efeitos relacionados ao baixo n�vel de atividade econ�mica em 2017. Por outro lado, o forte crescimento do segmento comercial foi reflexo da incorpora��o de novos clientes na carteira da Cemig Gera��o e Transmiss�o (GT).
Apesar da retra��o do volume de vendas, a estatal mineira conseguiu aumentar em 1,16% sua receita com fornecimento de energia el�trica, para R$ 23,701 bilh�es. A queda no volume das vendas foi contrabalan�ado pelo aumento das receitas com bandeiras tarif�rias, que alcan�aram R$ 454 milh�es em 2017, em compara��o a R$ 360 milh�es em 2016. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha foi devido ao uso da energia mais cara das termel�tricas, devido � retra��o do n�vel dos reservat�rios das usinas hidrel�tricas.
A companhia registrou tamb�m forte crescimento na receita com transa��es com energia na C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE), que teve eleva��o de 435%, ante os para R$ 860 milh�es em 2016. J� no segmento de g�s, a Cemig destacou avan�o de 23,72% no volume vendido, para 1,319 milh�o de metros c�bicos em 2017. Com isso, foi gerado incremento na receita de fornecimento de g�s da subsidi�ria Gasmig, de 21,81%, para R$ 1,759 bilh�o.
Altas provis�es Como provis�es operacionais, a concession�ria mineira anotou em seu balan�o de 2017 o valor de R$ 854 milh�es, 21,3% acima dos R$ 704 milh�es anotados em 2016. Somente as provis�es trabalhistas cresceram 71%, para R$ 206 milh�es. De acordo com a companhia, o aumento no montante provisionado decorre das reavalia��es de perda de diversas a��es, devido � mudan�as na fase processual para execu��o provis�ria, em especial as relativas �s a��es que discutem a base de c�lculo da periculosidade e isonomia por terceiriza��o e responsabilidade subsidi�ria/solid�ria.
O item pesou na linha de custos e despesas operacionais do balan�o, que cresceram 18,32% em 2017, para R$ 18,8 bilh�es. Tamb�m influenciaram nesse forte aumento as maiores despesas com energia comprada para revenda, de 32%, para R$ 10 bilh�es, seja em fun��o do maior acionamento de t�rmicas, seja devido ao maior pre�o da energia no mercado de curto prazo. J� a despesa com pessoal foi de R$ 1,627 bilh�o em 2017, redu��o de 0,99%, em decorr�ncia, em grande medida, do menor n�mero m�dio de empregados, que caiu em mais de 1 mil posi��es.
Bandeira verde A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) informou ontem que as contas de luz continuar�o com bandeira verde em abril. Com isso, os consumidores n�o ter�o que pagar taxa adicional no pr�ximo m�s. A bandeira verde est� em vigor desde janeiro. Ela sinaliza manuten��o de condi��es de gera��o de energia favor�veis. “Apesar da bandeira verde, � importante que os consumidores mantenham as a��es relacionadas ao uso consciente e combate ao desperd�cio de energia el�trica”, destacou a Aneel em comunicado. O sistema leva em considera��o o n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas e o pre�o da energia no mercado � vista (o chamado PLD).