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Estado de Minas

Aluguel de rob�s j� � realidade no Brasil

Com essa modalidade de neg�cio que vem se disseminando, a Pollux atende empresas que n�o t�m caixa ou preferem evitar a aquisi��o das m�quinas usadas na automa��o de processos


postado em 12/04/2018 12:00 / atualizado em 12/04/2018 10:18

CEO da Pollux, Jose Rizzo diz que de cada 10 máquinas que saem da empresa, oito são alugadas(foto: DIVULGAÇÃO)
CEO da Pollux, Jose Rizzo diz que de cada 10 m�quinas que saem da empresa, oito s�o alugadas (foto: DIVULGA��O)

S�o Paulo – At� pouco tempo atr�s, os rob�s estavam restritos � imagina��o das pessoas e aos filmes de fic��o. Hoje em dia, eles fazem parte do mundo real e est�o inseridos na rotina de muitas ind�strias brasileiras. Os gigantes de ferro e a�o mudaram para melhor a qualidade e a produtividade de v�rias cadeias produtivas – a dos autom�veis � a mais vis�vel. Agora, uma nova gera��o de m�quinas, menores e mais “inteligentes”, come�a a chegar para trabalhar lado a lado com os humanos.

S�o os rob�s colaborativos, m�quinas que est�o sendo criadas para auxiliar trabalhadores em tarefas menores, repetitivas ou insalubres, com total seguran�a. No Jap�o e na Coreia do Sul, rob�s industriais e colaborativos j� somam 500 para cada grupo de 10 mil empregados. No Brasil, esse n�mero cai para 10 na mesma rela��o, sendo que a grande maioria ainda � de grandes bra�os, como os usados na ind�stria automotiva. De acordo com a International Federation of Robotics, at� o final do ano a China ter� ultrapassado os 650 mil rob�s, a Alemanha chegar� aos 300 mil e os Estados Unidos, 250 mil. Se continuar no ritmo atual, o Brasil levar� mais de 100 anos para atingir a densidade rob�tica desses pa�ses.

Apesar das dificuldades econ�micas pelas quais o Brasil passa, a situa��o est� come�ando a mudar, gra�as � redu��o dos custos com tecnologia, a integra��o da internet industrial com a rob�tica e a introdu��o dos rob�s de aluguel. Com eles, � poss�vel automatizar mais rapidamente postos de trabalho, reduzir os custos e tornar as f�bricas mais competitivas. “Criamos um modelo de neg�cio que vai facilitar a entrada dos rob�s em praticamente todas as empresas”, diz Jos� Rizzo, presidente e fundador da Pollux, empresa de automa��o industrial com sede em Joinvile (SC), que est� alugando rob�s. 

O neg�cio de aluguel dos rob�s da Pollux, produzidos pela dinamarquesa Universal Robots, come�ou h� cerca de um ano e meio e vem crescendo rapidamente. Na contrata��o do rob� como servi�o, o cliente paga uma esp�cie de mensalidade por cada m�quina.

Atualmente, segundo Rizzo, de cada 10 m�quinas que saem da empresa, oito s�o alugadas. O sucesso dessa modalidade � f�cil de ser explicado: para uma empresa comprar 10 rob�s colaborativos, teria de desembolsar cerca de R$ 3 milh�es, valores que incluem os softwares e servi�os de manuten��o. No caso do aluguel, a despesa ficaria em torno de R$ 80 mil mensais, ou cerca de R$ 8 mil mensais para cada rob�. Na mensalidade est�o inclu�dos tamb�m o suporte prestado por um time de especialistas da empresa e o monitoramento remoto das m�quinas.

Al�m de o desembolso ser menor, Rizzo aponta como vantagem a flexibilidade de ter as m�quinas alugadas, j� que � poss�vel ajustar o n�mero de rob�s � demanda da f�brica. Ou seja, dependendo do movimento da linha de produ��o, pode-se diminuir ou aumentar o n�mero de rob�s. Outra vantagem � que a cada quatro ou cinco anos os rob�s s�o substitu�dos por modelos mais novos. “Somos a primeira empresa a adotar esse modelo como servi�o no mundo”, afirma o executivo da Pollux.

Para suportar os investimentos na aquisi��o de mais um lote de rob�s para loca��o, a Pollux deve concluir at� a pr�xima semana uma nova rodada com investidores. O objetivo � levantar R$ 15 milh�es. Em troca do investimento, a Pollux ainda est� definindo como ser� a contrapartida – se ir� ceder um percentual da empresa ou se os recursos ser�o absorvidos em forma de d�vida.

At� 2020, a expectativa � que essa �rea de aluguel de rob�s represente 30% do faturamento da empresa. Tamb�m come�a a sair do papel o plano para a loca��o de rob�s m�veis, os chamados AGV (Automatic Guided Vehicule), carrinhos aut�nomos que alimentam as linhas de produ��o das f�bricas. Diferentemente dos modelos atuais, que precisam de uma marca��o do tra�ado para fazer o caminho, o rob� da Pollux tem na mem�ria a planta da f�brica e � conduzido por um programa que pode ser operado por qualquer equipamento m�vel. “Essas duas �reas devem dobrar de tamanho a cada seis meses”, prev� Rizzo.

A Pollux tamb�m negocia com empreendedores pernambucanos a forma��o de grupos de empresas para locar rob�s. A cada 20 rob�s, diz Rizzo, � poss�vel criar uma estrutura pr�xima �s f�bricas para prestar a assist�ncia �s m�quinas. No caso de ocorrer algum contratempo, os t�cnicos chegam ao local em at� uma hora. “Se houver um problema, temos rob�s reservas e nosso tempo de respostas no Sul e no Sudeste, onde est� concentrada a maioria das m�quinas da Pollux, est� em torno de uma hora”, afirma o executivo. A empresa j� instalou 150 rob�s colaborativos no Brasil.


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