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Estado de Minas

Fam�lias de lavradores ficam cada vez menores

Quantidade de pessoas nas casas diminuiu significativamente n�o somente com a sa�da dos trabalhadores, mas tamb�m pela redu��o da taxa de natalidade


postado em 15/04/2018 06:00 / atualizado em 15/04/2018 08:16

 

Ao percorrer localidades rurais do Vale do Jequitinhonha, a reportagem do Estado de Minas constatou que a quantidade de pessoas nas casas diminuiu significativamente, n�o somente por causa da sa�da dos homens para o corte de cana e para a colheita de caf�. Houve uma redu��o da taxa de natalidade. As fam�lias numerosas, de sete, oito ou mais filhos do passado, foram substitu�das por n�cleos bem menores.


“De fato, hoje as fam�lias s�o pequenas, de dois ou tr�s filhos, no m�ximo. As mulheres aprenderam a evitar ter filhos”, afirma Eliete Silva Meira, agente de sa�de do distrito de Cansan��o, em Minas Novas. Ela informa que na unidade de sa�de � feita a distribui��o de anticoncepcionais, com a orienta��o aos casais sobre o planejamento familiar.

Depois de ter vivido 30 anos sem a presença do pai, Edileusa, com o pequeno Guilherme, vê o marido partir para trabalhar desde que se casou, há cinco anos(foto: Sólon Queiroz/Esp. EM )
Depois de ter vivido 30 anos sem a presen�a do pai, Edileusa, com o pequeno Guilherme, v� o marido partir para trabalhar desde que se casou, h� cinco anos (foto: S�lon Queiroz/Esp. EM )

Al�m da orienta��o pelo servi�o de assist�ncia � sa�de, a redu��o do tamanho das fam�lias � influenciada pela quest�o econ�mica. Casada h� cinco anos, a lavradora Edileusa Soares Alves, de 30, da comunidade de Gravat�, em Chapada do Norte, � m�e de Mikaelly, de 4, e de Guilherme, de 10 meses. J� a m�e dela, Maria do Ros�rio Soares, de 68, teve sete filhos. Edileusa confessa que, “se pudesse”, tamb�m teria uma prole numerosa. “Mas a vida est� muito dif�cil”, afirma a mulher.

(foto: Atlas do Desenvolvimento Humano, Fundação João Pinheiro, dados de 2010)
(foto: Atlas do Desenvolvimento Humano, Funda��o Jo�o Pinheiro, dados de 2010)

Edileuza tamb�m � uma das “�rf�s da cana”. Recorda-se que durante toda a inf�ncia teve pouco contato com o pai, Joaquim Alves Soares, de 74, que, durante quase tr�s d�cadas, viajava para o corte de cana no interior de S�o Paulo, onde permanecia na maior parte do ano, longe da mulher e dos sete filhos. “Todo ano meu pai sumia e ficava nove meses fora. Quando ele chegava, a gente estranhava.

”A situa��o dela foi herdada pelos dois filhos. Desde que se casou, h� cinco anos, o marido, Milton Alves Barroso, de 35, migra para buscar o sustento em outras regi�es. Ele j� esteve no corte de cana. Este ano, o destino de Milton ser� a colheita de caf� no interior paulista.

MAIS IDOSOS A professora Gildete Soares Fonseca, do Departamento de Geoci�ncias da Unimontes, lembra que h� uma tend�ncia da queda de fecundidade em pequenos munic�pios que sofrem com a sa�da de jovens em busca de empregos, apresentando taxas mais elevadas de idosos, como j� se observa no Vale do Jequitinhonha. (LR)


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