
Os empregos informais j� representam mais de 60% das vagas em todo o mundo. A conclus�o est� no relat�rio Mulheres e homens na economia informal, divulgado hoje (30) pela Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT). No total, s�o mais de 2 bilh�es de pessoas sem contratos fixos ou carteiras assinadas. Os dados n�o consideram pessoas fora do mercado de trabalho.
A informalidade se altera fortemente quando observadas as condi��es socioecon�micas dos pa�ses. Enquanto nas economias mais ricas, a m�dia de vagas informais fica em 18,3%, nas em desenvolvimento e de menor renda o �ndice salta para 79%. Ou seja, um trabalhador vivendo em uma na��o com economias mais fr�geis tem quatro vezes mais chances de ficar em um posto informal do que aqueles em �reas com melhores indicadores.
A presen�a do trabalho informal � maior na �frica (71,9%), seguida de �sia e Pac�fico (60%), Am�ricas (40%) e Europa e �sia Central (25%). Na Am�rica Latina, o �ndice fica em 53%.
Nas zonas rurais, o emprego informal representa 80% do total, quase o dobro do �ndice verificado nas regi�es urbanas (43,7%). Na agricultura, chega a atingir 93,6% dos trabalhadores, enquanto na ind�stria e nos servi�os os percentuais caem, respectivamente, para 57,2% e 47,2%. A informalidade est� vinculada tamb�m a determinadas modalidades de contrata��o. O fen�meno � mais comum em vagas de tempo parcial (44%), tempor�rias (60%) e na combina��o dessas duas caracter�sticas (64%). J� em atividades de tempo integral, o �ndice cai para 15,7%.
“Evid�ncias mostram que a maioria das pessoas entram na economia informal n�o por escolha, mas como uma consequ�ncia da falta de oportunidades na economia formal e na aus�ncia de meios de subsist�ncia”, destaca a pesquisa.
G�nero, idade e forma��o
No recorte por g�nero, a informalidade atinge mais homens (63%) do que mulheres (58%). Entretanto, em mais da metade dos pa�ses pesquisados a ocorr�ncia do problema � maior entre o sexo feminino do que entre o masculino.
A presen�a � maior na �frica (71,9%), seguida de �sia e Pac�fico (60%), Am�ricas (40%) e Europa e �sia Central (25%). Na Am�rica Latina, o �ndice fica em 53%.
J� na an�lise por faixa et�ria, o trabalho informal � mais comum entre jovens (77%) e idosos (78%). Nas pessoas com idades entre 35 e 54 anos, o �ndice cai para 55%. O estudo tamb�m avaliou como a educa��o formal se relaciona com a informalidade. Quanto maior a escolaridade, maior o percentual de trabalho formal, e vice-versa. Enquanto metade das pessoas nos postos informais n�o tem educa��o formal ou n�o ultrapassaram o n�vel prim�rio, apenas 7% tem um grau de forma��o elevado.
Impactos e sa�das
Na avalia��o da OIT, a informalidade traz como consequ�ncias a m� qualidade do trabalho, a queda de rendimentos e prote��es sociais aos trabalhadores. Mas tamb�m tem impactos no conjunto da economia, minando a sustentabilidade das empresas, tensionando negativamente a produtividade e afetando as arrecada��es dos governos.
A OIT destaca que a transi��o para a preval�ncia da economia formal � uma meta estabelecida em diversos f�runs internacionais, como a Confer�ncia Internacional do Trabalho (2015) e a Agenda 2030 pelo Desenvolvimento Sustent�vel das Na��es Unidas. Este � um objetivo estrat�gico da organiza��o na promo��o do trabalho decente.
Uma primeira tarefa apontada pela organiza��o � qualificar o monitoramento da informalidade, muitas vezes n�o captada de forma adequada pelas estat�sticas governamentais. A OIT aponta que um retrato mais fiel do fen�meno permite compreend�-lo na sua diversidade, uma vez que a informalidade varia de pa�s a pa�s e entre condi��es espec�ficas nos variados recortes (g�nero, classe e idade, entre outros).
O enfrentamento deste quadro, recomenda a OIT, passa por facilitar a transi��o para postos formais, garantindo direitos e seguridade social; promover a sustentabilidade de empresas que oferecem vagas de qualidade; e prevenir processos que sirvam como vetores de est�mulo ao crescimento de empregos informais. ( Com Ag�ncia Brasil)