
Espa�os compartilhados de trabalho em BH se tornaram boa op��o para empresas que querem cortar custos de opera��o e para pequenos empreendedores que n�o t�m dinheiro para montar o pr�prio escrit�rio. Nos chamados coworking de Minas Gerais j� circulam cerca de 25 mil pessoas por m�s, de acordo com o Censo Coworking Brasil do ano passado – s�o 47 espa�os em BH e mais 20 espalhados pelo interior mineiro. No segundo semestre deste ano, outros empreendimentos do setor v�o abrir as portas. Entre eles est� o empreendimento da We Work, que ocupar� seis andares em pr�dio na Savassi.
O espa�o, que ser� inaugurado em outubro, abrir� vagas para cerca de 800 pessoas. A empresa norte-americana, fundada em 2010, chegou ao Brasil em julho do ano passado, com seu primeiro espa�o instalado em S�o Paulo. De l� para c� abriu outros quatro espa�os na capital paulista, dois no Rio e inaugura seu primeiro empreendimento em BH.
O diretor-geral da We Work no Brasil, Lucas Mendes, aposta no crescimento de startups mineiras voltadas para o setor de tecnologia e tamb�m na mudan�a de ver os espa�os de trabalho em grandes empresas. “Funcionamos como coworking, mas em propor��o diferente. Oferecemos desde espa�o para microempreendedores at� grandes empresas, com 200 ou 300 funcion�rios. BH tem se destacado como polo de tecnologia e tem for�a grande em empresas mais tradicionais do setor da minera��o, que tamb�m buscam reinventar seus espa�os de trabalho”, conta.
No espa�o da We Work em BH, o custo mensal de uma mesa de trabalho, com direito aos benef�cios do pr�dio, a chamada Hot Desk, � de R$ 850. J� para uso de uma sala privativa, R$ 1.150 por pessoa. “A busca por otimizar o compartilhamento do espa�o de trabalho tem se espalhado globalmente. Se, antigamente, era comum um ambiente mais tradicional, funcionando das 9h �s 18h, hoje as empresas buscam oferecer experi�ncias de trabalho diferentes, reinventando os pr�prios escrit�rios. No empreendimento de BH criamos op��o para que um freelancer ou uma startup com tr�s ou quatro pessoas, que n�o teriam recursos para abrir um escrit�rio na regi�o da Savassi, se instalar com pre�o mais em conta”, explica Lucas Mendes.
Para o presidente da Take, Roberto Costa de Oliveira, a op��o de empresas pelos espa�os compartilhados busca mudan�a cultural na rela��o de trabalho. A empresa mineira do setor de tecnologia funciona em pr�dio no Bairro Prado, Regi�o Oeste, e vai se transferir para o pr�dio da We Work no segundo semestre, onde ocupar� andar inteiro.
“As empresas est�o sendo impactadas pela transforma��o digital e essas mudan�as t�m mais a ver com a cultura do que apenas com a tecnologia. Interessa-nos a constru��o de uma comunidade em torno da empresa e acredito que o novo espa�o vai se tornar rapidamente o epicentro do mercado de tecnologia do Brasil, com grande fluxo de empresas e eventos voltados para o setor”, afirma Roberto.
A empresa, que tem hoje 120 funcion�rios e abriu mais 30 vagas este ano, aposta tamb�m no crescimento fora do pa�s, o que seria facilitado pela parceria com o We Work. “Sempre tivemos vontade de que todos trabalhassem no mesmo andar, o que facilita a comunica��o e a interatividade. No pr�dio antigo fic�vamos divididos em quatro andares. E tamb�m apostamos nas demandas fora do Brasil. Temos clientes no Rio, S�o Paulo e Hong Kong. Se quisermos abrir opera��o por l�, temos o pr�dio da We Work e, inicialmente, o funcion�rio pode usar uma Hot Desk. Se a empresa crescer l�, vamos nos ajustando”, explica Roberto.
EXPANS�O
Entre 2016 e 2017, o n�mero de espa�os coworking dobrou em BH, passando de 24 para 48, sendo quase todos na Regi�o Centro-Sul. Atuando no ramo h� oito anos, a empres�ria Bruna Lofego, fundadora da CWK, que conta com duas unidades em BH e outra em Nova Lima, avalia que o segmento cresceu nos anos em que a crise econ�mica se agravou no Brasil, mas se firmou ao criar boa op��o para empresas, e ainda tem grande espa�o para crescimento na Grande BH.
“Com a crise, as pessoas come�aram a perder empregos e tinham dificuldade de retornar ao mercado. Ent�o, muita gente resolveu empreender de alguma forma, buscar alternativas de trabalho. O coworking ganhou espa�o como esp�cie de solu��o para muitas empresas nos �ltimos tr�s anos. Outra vertente do setor � a busca pela redu��o de custos, tanto de pequenas empresas quanto de empresas j� estabelecidas, que buscam o coworking em busca de otimizar sua estrutura e conter gastos”, explica Lofego.
Segundo a empres�ria, o aumento de op��es de coworking em BH permitir� a profissionaliza��o dos espa�os, ampliando a qualidade dos servi�os oferecidos. “O compartilhamento est� em alta no mercado. As pessoas compartilham carro, casa, bancos e o do espa�o de trabalho tamb�m veio para ficar. Percebi aumento de concorr�ncia na cidade, mas � muito ben�fico. Antes, alguns espa�os de coworking funcionavam sem profissionaliza��o. Apenas colocavam um andar com mesa, cadeira e internet sem fio e estava pronto. Hoje, o cuidado � maior. � preciso ofertar atendimento, servi�o de motoboy, secret�ria, espa�os de reuni�o e internet de alta qualidade”, acredita Bruna.