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Estado de Minas

Crise exp�e fragilidade do governo Temer e articula��es para elei��o

A disc�rdia entre aliados visando as elei��es em outubro atravessou a Pra�a dos Tr�s Poderes e provocou impasse


postado em 25/05/2018 07:24 / atualizado em 25/05/2018 08:23

Temer durante discurso, na noite dessa quinta-feira (24), na Sala Minas Gerais(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Temer durante discurso, na noite dessa quinta-feira (24), na Sala Minas Gerais (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Bras�lia - A greve dos caminhoneiros exp�s a fragilidade do governo Michel Temer, revelou movimentos pol�ticos para as elei��es de outubro e mostrou o distanciamento de antigos aliados no Congresso. Pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrou em nova rota de colis�o com Temer e com seu colega Eun�cio Oliveira (MDB-CE), que comanda o Senado. A briga atravessou a Pra�a dos Tr�s Poderes e provocou impasse.

Dias ap�s desistir de disputar novo mandato e anunciar a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles pelo MDB, Temer sofre as consequ�ncias do fim de um governo impopular. Al�m de enfrentar o racha no MDB, ele tamb�m perdeu apoio na C�mara e no Senado.

Em vota��o simb�lica, Maia conseguiu aprovar na C�mara, na noite de quarta-feira, 23, um projeto que acaba com a desonera��o da folha de pagamento para 28 setores da economia, mas embutiu ali a proposta de zerar a al�quota do PIS/Cofins sobre o diesel at� o fim do ano.


Foi um gesto calculado para ganhar protagonismo, mas passou longe dos acertos com o Senado e com o Planalto, que j� havia pedido uma tr�gua aos caminhoneiros. De uma s� tacada, por�m, Maia contrariou Temer e irritou Eun�cio, que vai concorrer � reelei��o e tamb�m tenta mostrar servi�o. Os dois, no entanto, n�o deixaram d�vidas de que querem descolar suas imagens do desgaste do presidente.

Pouco antes da aprova��o do projeto pela C�mara, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chamou o deputado Orlando Silva (PC do B-SP), relator da proposta, para uma conversa reservada no plen�rio. Estava apreensivo com o impacto da perda de receita provocada pela isen��o do PIS/Cofins. Havia sido alertado antes por um telefonema do secret�rio da Receita Federal, Jorge Rachid, para quem a ren�ncia seria de R$ 12 bilh�es, e n�o de R$ 3,5 bilh�es, como sustentava Maia.

"Eu disse a ele: 'Marun, a base do governo est� votando contra o governo'", contou Silva, que, apesar de ser da oposi��o, � aliado de Maia. Por volta de 15 horas, naquele dia, Temer tamb�m j� tinha telefonado para o presidente da C�mara. Queria saber o que seria votado. "Vou avaliar, presidente", respondeu Maia.

Na manh� de ontem, Marun batia na tecla de que os c�lculos feitos pela C�mara estavam equivocados. "Agora temos de enfrentar as consequ�ncias da medida aprovada", lamentava.

Maia previa que receitas extras com os royalties de petr�leo compensariam a isen��o do PIS/Cofins e apostou no risco. "Fiz aquilo que considero correto para o Brasil", afirmou ele, minimizando o erro dos n�meros. Eun�cio, por sua vez, viajou ontem para o Cear�, sem pautar a vota��o do projeto no Senado. Teve de retornar a Bras�lia, ap�s liga��o nervosa do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

"Temos apoio de 80% da popula��o. Se autoridades querem p�r fogo nesse Pa�s, est�o conseguindo", dizia o presidente da Associa��o Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Jos� da Fonseca Lopes. Nos bastidores, Eun�cio culpou Maia pela crise.

Para a l�der do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), a disputa deu o tom das articula��es para p�r fim � greve. "O jogo eleitoral est� por tr�s de tudo isso, mas o Senado n�o pode ser o bandido dessa hist�ria", argumentou Tebet.


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