
Na nota, a FUP acusou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) de "criminalizar" o movimento sindical, ao considerar a greve ilegal e determinar a aplica��o de multa em caso de descumprimento - primeiro, foi determinada penalidade de R$ 500 mil por dia, mas o valor seria depois elevado a R$ 2 milh�es por dia.
Os sindicatos reunidos na FUP decidiram por fazer uma greve na semana anterior � da segunda-feira, dia 21, quando come�aram os protestos de caminhoneiros Pa�s afora. Na decis�o inicial, a entidade sindical n�o determinou uma data para o in�cio da paralisa��o. Com o crescimento do movimento dos caminhoneiros nas estradas, a FUP se reuniu no s�bado passado e decidiu convocar uma paralisa��o de advert�ncia por 72 horas.
Na ter�a-feira, v�spera do in�cio da greve, o TST considerou a paralisa��o ilegal pela sua "natureza pol�tica e ideol�gica". Na quarta-feira, foi aumentada de R$ 500 mil para R$ 2 milh�es a multa di�ria cobrada de 18 entidades sindicais. A greve tamb�m foi apoiada pela Federa��o Nacional dos Petroleiros (FNP).
"Antes do protesto leg�timo dos caminhoneiros contra os pre�os abusivos do diesel, a FUP e seus sindicatos j� haviam aprovado uma greve nacional para deter a escalada descontrolada de aumentos do g�s de cozinha e dos derivados, cobrando a retomada da produ��o a plena carga das refinarias e o fim das importa��es de derivados", diz a nota da FUP.
Al�m de mudan�as na pol�tica de pre�os da Petrobras, a lista de reivindica��es da greve dos petroleiros inclui a demiss�o do presidente da estatal, Pedro Parente, e a suspens�o do programa de venda de ativos por parte da petroleira. N�o h� demandas de car�ter trabalhista, como aumento de sal�rios ou redu��o de jornadas. Esse argumento foi apresentado ao TST pela dire��o da Petrobras, que teve o pedido de liminar contra a paralisa��o aceito.
Ao longo da quarta-feira, at� a noite, os petroleiros desafiaram a decis�o do TST. Das 52 plataformas mantidas pela Petrobras, 25 aderiram � greve, e, das 15 refinarias, em 10 houve mobiliza��es. Durante todo o dia, trocas de turnos foram atrasadas e equipes de conting�ncia assumiram as atividades dos grevistas, garantindo a continuidade das opera��es. O abastecimento de derivados de petr�leo n�o chegou a ser comprometido.
A FUP classificou a decis�o de suspender a greve de "recuo moment�neo e necess�rio para a constru��o da greve por tempo indeterminado". "Essa grave viola��o dos direitos sindicais ser� amplamente denunciada", diz a nota. (Com informa��es do Estad�o Conte�do)