
S�o Paulo – A economia em m� fase tirou muitos brasileiros do mercado de trabalho. Muitos ainda procuram uma recoloca��o, mas h� aqueles que decidiram partir para um neg�cio pr�prio. Enquanto alguns preferem partir do zero na carreira solo, outros empreendedores escolhem aderir ao franchising como uma forma de minimizar os riscos da vida atr�s do balc�o. Historicamente, a mortalidade dos empreendimentos por conta pr�pria � cinco vezes maior do que entre as franquias.
Apesar de uma expectativa positiva quanto ao n�mero de visitantes – s�o esperadas 65 mil pessoas –, o mesmo otimismo n�o � visto quanto aos contratos que podem ser gerados a partir da feira. O prazo m�dio entre o primeiro contato e a assinatura do contrato com o franqueador varia de tr�s a seis meses. Mas para o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, essas novas franquias s� devem sair do papel em 2019.
“A feira ainda � um dos grandes alavancadores na expans�o das redes de franquias porque funciona como uma esp�cie de vitrine de oportunidades. Neste ano, por conta da situa��o da economia brasileira e das elei��es, muitas pessoas devem participar da feira, mas v�o deixar para depois de outubro a assinatura do contrato, quando o futuro dever� estar mais claro tanto em rela��o ao novo presidente da Rep�blica quanto � nova composi��o do Congresso Nacional”, analisa. Com isso, as opera��es que poderiam come�ar ainda neste ano devem abrir as portas apenas em 2019.
Segundo Cristofoletti, apesar da desconfian�a em rela��o ao futuro do pa�s, tanto na �rea pol�tica quanto na econ�mica, h� por outro lado fatores que podem estimular quem pensa em abrir uma franquia. Um deles � o fato de o Brasil estar atualmente com uma taxa de juros mais baixa, o que desestimula quem pensa em deixar o dinheiro aplicado em algum tipo de produto financeiro e pode tornar a abertura de uma empresa mais atraente.
Al�m disso, diz o presidente da ABF, muitos empreendedores podem decidir por uma franquia agora para j� estar em opera��o quando a economia brasileira come�ar a se recuperar. “H� quem prefira se preparar agora para j� pegar a onda favor�vel que dever� vir no pr�ximo ano”, avalia. Por essas raz�es, Cristofoletti acredita que haver� um bom p�blico na feira � procura de uma marca. “O momento exige justamente que as pessoas tomem uma decis�o, que procurem alternativas”, lembra.
Apesar dessa cautela, as franquias ainda t�m apresentado boas taxas de crescimento no pa�s, com melhoria tanto no faturamento quanto na gera��o de empregos (veja quadro). No entanto, no comparativo entre o primeiro trimestre de 2017 e 2018, houve um ligeiro aumento no n�mero de lojas fechadas e queda na quantidade de unidades abertas. Para este ano, de acordo com levantamento mais recente da ABF, a previs�o � de aumento no faturamento entre 7% e 8% e de 3% no n�mero de unidades franqueadas e de postos de trabalho.
Apesar de ter caracter�sticas que d�o mais seguran�a ao empreendedor, o franchising n�o � o tipo de neg�cio para todos os perfis de candidato. A favor desse modelo est�o o fato de conseguir uma s�rie de vantagens com a economia de escala – por exemplo, na negocia��o de melhores pre�os, que impactam em custos menores. Al�m disso, a exposi��o da marca � muito maior do que no caso de bandeiras pr�prias, j� que conta com recursos dos franqueados para a��es de marketing.
Tamb�m joga a favor de quem adere ao franchising o fato de o conv�vio em rede permitir a troca de experi�ncia entre outros lojistas que est�o sob a mesma bandeira. “Essa dissemina��o de boas pr�ticas na rede pode fazer toda a diferen�a no sucesso do neg�cio, ainda mais neste momento em que � preciso ser mais criativo do que nunca para superar as dificuldades”, acredita o presidente da ABF.
Mas nem todos t�m o perfil adequado. Christofoletti explica que as franquias n�o s�o a melhor op��o para quem n�o tem afinidade com o segmento em que pretende atuar, para aqueles que n�o se enxergam como patr�es, mas sim como empregados, e para quem n�o pensa em ter de trabalhar em hor�rios menos convencionais, incluindo fins de semana. “� um modelo de neg�cio para quem n�o tem medo de assumir riscos e quer estar � frente de um neg�cio, apoiado por toda a fam�lia. N�o adianta correr para um neg�cio s� porque est� dando dinheiro”, adverte.
“Antes de assinar o contrato, minha recomenda��o � conversar muito com franqueadores e com franqueados, al�m de se informar bem sobre aquela marca e o mercado em que pretende atuar”, sugere o presidente da ABF. Vale lembrar ainda que � preciso mirar em um neg�cio que de fato caiba no planejamento financeiro, incluindo n�o apenas o investimento inicial, mas uma sobra que garanta o fluxo de caixa e ainda sirva para arcar com as despesas familiares.
Espa�o especial para microfranquias
As microfranquias t�m sido uma alternativa para quem n�o tem uma reserva financeira t�o grande. Neste ano, a ABF Franchising Expo ter� pela primeira vez o espa�o dedicado aos neg�cios de baixo investimento. No Boulevard de Microfranquias, estar�o marcas com investimento inicial de at� R$ 90 mil – muitas delas com a possibilidade de serem operadas sem ponto comercial e sem funcion�rios, com o pr�prio franqueado fazendo desde a prospec��o de clientes � realiza��o do servi�o.
Outro ambiente que deve atrair muitos visitantes por conta do apelo tecnol�gico � o Smart Mall, liderado pela Totvs, onde ser�o exibidas solu��es inovadoras para o franchising e o varejo. Os cinco ambientes simulam pontos de venda (�tica, perfumaria, loja de roupas, fast food e inclusive uma loja aut�noma) com novas tecnologias para as diferentes etapas do processo de compra.
Quem passar pelo espa�o vai conhecer uma plataforma de aplicativos com tecnologias relacionadas � intelig�ncia artificial, vitrine digital, click and reserve, pagamento m�vel, card�pio digital, espelho inteligente e realidade aumentada.
