S�o Paulo – A Caixa Econ�mica Federal anunciou ontem a isen��o da taxa de cust�dia para todos os seus clientes que aplicam no Tesouro Direto, programa do governo federal de compra e venda de t�tulos p�blicos. A taxa anteriormente era de 0,4% ao ano. Trata-se da terceira institui��o financeira a estimular as aplica��es em Tesouro Direto.
Segundo o vice-presidente de finan�as e controladoria da Caixa, Arno Meyer, o objetivo � manter uma cesta de produtos e servi�os competitivos, associada � solidez do banco. Em setembro, o Banco do Brasil j� havia zerado as taxas cobradas em opera��es de investimento no Tesouro Direto, renda fixa e previd�ncia privada. As novas condi��es passaram a valer a partir do dia 21.
O Santander tamb�m estendeu a todos os seus clientes a isen��o da taxa de corretagem para investimentos no Tesouro Direto. Os clientes cadastrados na Santander Corretora desde 12 de setembro j� contavam com a isen��o. Aqueles que se cadastraram antes dessa data tiveram a taxa zerada no dia 21.
O Tesouro Direto � um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a Bolsa de Valores (B3) para negocia��o (compra e venda) de t�tulos p�blicos federais pelas pessoas f�sicas, por meio da internet. O valor m�nimo para investimento � de apenas R$ 30, desde que seja m�ltiplo de 1% do valor do t�tulo a ser adquirido. Nesse tipo de aplica��o, o pr�prio cliente realiza a compra e venda de seus t�tulos de forma eletr�nica, como desejar, com liquidez di�ria.
D�lar e c�mbio
O d�lar voltou a cair e terminou o preg�o de ontem em baixa de 0,34%, a R$ 3,7151. A moeda americana acumulou queda de 1,62% na semana, a terceira consecutiva de desvaloriza��o, influenciada principalmente pelo cen�rio eleitoral. No m�s, a divisa cai 8,29%. Al�m de monitorar os desdobramentos da campanha presidencial, a perda de f�lego do d�lar ontem ante outras moedas de mercados emergentes, como �frica do Sul, Argentina e R�ssia, e de pa�ses desenvolvidos ajudou a retirar press�o no mercado de c�mbio.
Ap�s o estresse provocado no fim da tarde de quinta-feira, quando o d�lar acelerou a alta em meio a rumores sobre o que deve ocorrer com o comando do Banco Central em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), o d�lar voltou, na abertura dos neg�cios, a cair abaixo de R$ 3,70. Na m�nima do dia, alcan�ou R$ 3,6878. Operadores ressaltam que a moeda norte-americana � considerada “barata” e tem atra�do compradores.
Estrategistas do banco americano JPMorgan destacam que a menor incerteza pol�tica est� levando investidores estrangeiros a aumentar a exposi��o ao real. A moeda brasileira e o peso argentino, ressalta o JP, foram as exce��es na Am�rica Latina, pois em outros mercados os investidores reduziram sua exposi��o. O banco observa que o mercado est� confiante em que Bolsonaro vai implementar medidas de ajuste fiscal e reformas estruturais, mas a incerteza sobre o que o capit�o reformado do Ex�rcito vai de fato fazer permanece alta.
Depois da queda de mais de 2% na v�spera, o �ndice Bovespa, das a��es mais negociadas na Bolsa de Valores (B3), encontrou espa�o para alta discreta ontem, favorecida pelo clima menos avesso ao risco no mercado externo e pela aus�ncia de not�cias relevantes no cen�rio eleitoral dom�stico. O �ndice terminou o dia aos 84. 219,74 pontos, em alta de 0,44%.
O QUE �
As regras da aplica��o
» Os t�tulos p�blicos s�o ativos de renda fixa, com rendimento que pode ser dimensionado no momento em que o investimento � feito
» O t�tulo adquirido fica registrado no CPF do investidor
» A garantia � dada pelo Tesouro Nacional
» A compra dos t�tulos pode ser feita a qualquer momento do dia, durante o hor�rio de funcionamento do programa, ou na modalidade programada por agendamento
» A quantidade m�nima de compra � a fra��o de 0,01 t�tulo, ou seja, 1% do valor de um t�tulo, desde que respeitado o valor m�nimo de R$ 30
