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Estado de Minas

Grandes empresas apelam a startups para sobreviver

Bancos, operadoras de cart�es de cr�dito, redes de varejo e empresas de sa�de se unem a pequenas empresas para aprender a ganhar agilidade e a se adaptar � nova economia


postado em 04/01/2019 06:00 / atualizado em 04/01/2019 07:51

Centro de inovação do Itaú voltado para startups, o Cubo ampliou seu espaço para sediar empresas iniciantes de tecnologia e recebe cerca de 2 mil pessoas por dia(foto: Cubo Itaú/Divulgação )
Centro de inova��o do Ita� voltado para startups, o Cubo ampliou seu espa�o para sediar empresas iniciantes de tecnologia e recebe cerca de 2 mil pessoas por dia (foto: Cubo Ita�/Divulga��o )

 

S�o Paulo – H� cinco anos, quando poucos ainda conheciam express�es como startups, fintechs, insurtechs, agtechs, entre tantos outros “techs”, uma pequena empresa de meios de pagamento surgia, discretamente, no mercado de tecnologia voltada a bancos. Nascia, em S�o Paulo, a Hub Fintech, considerada uma das companhias com maior potencial de se tornar a nova unic�rnio brasileira (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilh�o), t�tulo j� conquistado recentemente por PagSeguro, Nubank e 99.

N�o demorou muito para que a empresa de emiss�o de cart�es de cr�dito e vale-presentes despertasse o interesse do bilion�rio Carlos Wizard Martins e de seu filho, Charles. Desde 2012, o empres�rio, fundador da rede de idiomas Wizard e dono de opera��es da KFC, Taco Bell e Pizza Hut, j� desembolsou R$ 150 milh�es para fazer a empresa crescer.

“A vis�o de neg�cios da fam�lia Wizard e o suporte financeiro recebido deles nos �ltimos anos fizeram a Hub multiplicar exponencialmente seus resultados e nos colocaram como parceiros estrat�gicos de gigantes que antes nos enxergavam como potenciais concorrentes”, afirmou Alexandre Britto, CEO da Hub Fintech e ex-executivo da Mastercard no Brasil.

Hoje em dia, a empresa, avaliada, em cerca de R$ 1,5 bilh�o, � uma das principais parcerias da Visa, maior empresa de meios de pagamento do mundo, da rede varejista Magazine Luiza e de alguns bancos digitais, entre eles o Social Bank. “Nossa miss�o � levar novos conhecimentos �s empresas parceiras e ajud�-las a inovar em um ambiente cada vez mais desafiador”, acrescentou Britto.

A Hub Fintech n�o � a �nica empresa a passar de concorrente a parceria de gigantes em inova��o e tecnologia. Por iniciativa das pr�prias empresas mais maduras, h� um movimento de aproxima��o entre grandes e pequenas.

Exemplo disso � a rede de laborat�rios Fleury, que h� quatro anos criou uma esp�cie de concurso entre startups de tecnologia e pesquisadores dedicados a encontrar solu��es para o setor de diagn�sticos m�dicos e que t�m absorvido esses conhecimentos para aprimorar seus processos.

A �ltima edi��o, em novembro, premiou o Instituto de Ci�ncias Matem�ticas e de Computa��o (ICMC), em S�o Carlos (SP), que, sob coordena��o da pesquisadora Rosane Minghim e do doutorando Henry Heberle, desenvolveu nova tecnologia para diagnosticar, antecipadamente, os riscos do surgimento de c�ncer de boca. “O estudo vai ajudar profissionais a superar a atuais limita��es do progn�stico, permitindo guiar as estrat�gias de tratamento personalizadas para pacientes”, disse a coautora do trabalho, a pesquisadora Carolina Moretto Carnielli, do Laborat�rio Nacional de Bioci�ncias.

Canais digitais

No entanto, n�o h� setor mais antenado � prolifera��o das startups quanto o de bancos. O Bradesco e o Ita� s�o exemplos disso. Em vez de assistir de camarote o avan�o dessas empresas, o Bradesco, em paralelo � cria��o da incubadora InovaBra, ecossistema de pequenas empresas de tecnologia, lan�ou na segunda metade de 2017 o banco digital Next.

O projeto contou a contribui��o de algumas dezenas de parceiras do mundo do TI, al�m de profissionais de arquitetura, psicologia e at� antropologia. Atualmente, das 26,1 milh�es de contas-correntes ativas do banco, 14,5 milh�es s�o digitais e movimentam mais de R$ 1,3 bilh�o por m�s.

Segundo o diretor-executivo do Bradesco Luiz Carlos Cavalcanti Junior, 95% das transa��es realizadas pelo banco j� s�o realizadas pelos canais digitais, prova de que a inova��o est�, definitivamente, incorporada � rotina do mercado banc�rio brasileiro. “A ideia n�o � competir com ningu�m no mercado, mas complementar nosso portf�lio e oferecer aos clientes novas formas de atua��o.”

Com esse mesmo racioc�nio “se n�o pode venc�-lo, junte-se a ele”, o Ita� ampliou em agosto de 2018 a sede do Cubo, centro de inova��o voltado para startups administrado em parceria com o fundo Redpoint eVentures. O novo espa�o, no bairro paulistano da Vila Ol�mpia, tem 20 mil metros quadrados e capacidade para sediar 200 empresas iniciantes de tecnologia, recebendo cerca de 2 mil pessoas todos os dias.

“O mundo tem evolu�do muito para um modelo digital e para isso � preciso velocidade, conex�o e entregas cont�nuas para de fato oferecer uma experi�ncia melhor em escala. Esse modelo n�o era empregado no banco, nem em empresas at� poucos anos atr�s”, destaca Ricardo Guerra, diretor-executivo de tecnologia do Ita�.

Expans�o

De acordo com a Associa��o Brasileira de Startups (ABStartups), grande parte das startups brasileiras (70%) opera com um faturamento inferior a R$ 50 mil anuais. Aquelas que conseguiram se aproximar de grandes companhias, fatia que representa 6% do total, j� conseguem faturar mais de R$ 500 mil por ano. E o potencial � gigantesco.

A entidade reunia pouco mais de 2,5 mil associadas em 2012, quanto foi criada. Atualmente, conta com mais de 4,2 mil empresas do g�nero, dentro de um universo de 10 mil startups em opera��o no Brasil. Grande parte das afiliadas � associa��o est� concentrada nos estados de S�o Paulo (31%), Minas Gerais (9%) e Rio de Janeiro (8%).

Intelig�ncia artificial lidera investimentos


A tecnologia de intelig�ncia artificial (IA) vai liderar os investimentos de startups e fintechs nas pr�ximas d�cadas. De acordo com um estudo do Sebrae, os aportes nessa categoria devem alcan�ar US$ 182 milh�es at� 2025 no Brasil.

Os n�meros s�o ainda mais impressionantes mundialmente. Pelos c�lculos da Intel, os servi�os envolvendo intelig�ncia artificial devem movimentar US$ 36,8 bilh�es nesse mesmo per�odo somente nos Estados Unidos.

No Brasil, embora os n�meros sejam modestos na compara��o com o mercado americano, o crescimento � vertiginoso. O pa�s � o segundo no ranking global que mais utiliza o Watson, a tecnologia de intelig�ncia artificial da IBM.

“As empresas brasileiras j� entenderam que t�m condi��es de utilizar a IA para melhorar seus neg�cios. N�o s�o apenas as grandes, muitas startups utilizam o Watson”, afirma o diretor de vendas da IBM no Brasil, Roberto Celestino. Segundo ele, mais de 20 segmentos de ind�strias utilizam o Watson.

A ind�stria � um dos setores que t�m se destacado no uso de intelig�ncia artificial, segundo o presidente da Ag�ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira. Para ele, o uso da ferramenta proporciona, principalmente, o aumento da produtividade. Basicamente, a intelig�ncia artificial re�ne dados de meses ou anos para fazer um aprendizado sobre o perfil de cada cliente ou usu�rio.

Futuro

N�o h� d�vidas de que intelig�ncia artificial � o futuro da tecnologia. E as grandes empresas sabem disso. Companhias, como Google, Facebook, Apple e Microsoft,t�m oferecido aos consumidores produtos com essa tecnologia.

De acordo com um relat�rio da CB Insights, as 10 maiores empresas de tecnologia, juntas, adquiriram 50 companhias de intelig�ncia artificial nos �ltimos 5 anos, e investiram em outras 80. Provedoras de internet, como Cisco e Oracle, tamb�m entraram na disputa e est�o integrando algoritmos de aprendizado de m�quinas a suas infraestruturas de nuvem.

FARTA PARCERIA

R$ 500

mil por ano

� o faturamento m�nimo de
startups que conseguiram se
aproximar de grandes companhias

 

 


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