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Estado de Minas

Na v�spera da mobiliza��o deste s�bado, caminhoneiros ainda est�o divididos sobre movimento

A categoria diverge entre fazer um protesto pontual ou fazer desde j� uma greve que paralise o Brasil nos moldes do que ocorreu no ano passado


postado em 29/03/2019 06:00 / atualizado em 29/03/2019 15:59

Retrato da greve em 2018, a rodovia BR-262 praticamente vazia: Petrobras, agora, congelou os preços(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 31/5/18 )
Retrato da greve em 2018, a rodovia BR-262 praticamente vazia: Petrobras, agora, congelou os pre�os (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 31/5/18 )

 ï¿½s v�speras da mobiliza��o anunciada por caminhoneiros contra os pre�os dos combust�veis e o descumprimento da tabela de frete m�nimo, o que se v� � uma categoria dividida entre fazer um protesto pontual ou uma greve que paralise o Brasil nos moldes do que ocorreu no ano passado. As conversas nos v�rios grupos de WhatsApp – a alguns dos quais o Estado de Minas teve acesso – mostram um racha pol�tico: quem � contra o movimento � classificado como defensor do governo de Jair Bolsonaro (PSL), enquanto aqueles que defendem a greve s�o acusados de apoiar a esquerda e querer desestabilizar o Pal�cio do Planalto.

(foto: Soraia Piva/Arte EM/D.A Press )
(foto: Soraia Piva/Arte EM/D.A Press )

Fato � que os rumores sobre a greve dos caminhoneiros s�o cada vez maiores – embora oficialmente esteja previsto apenas um protesto no s�bado pela manh�. As entidades representativas da categoria alegam que n�o h� como controlar os trabalhadores e as conversas pelos aplicativos de telefone, mas asseguram que n�o existe mobiliza��o suficiente para uma greve geral.

Na d�vida, o governo federal vem monitorando as informa��es e, na quarta-feira, a Petrobras anunciou o congelamento nos pre�os do diesel por 15 dias e o lan�amento do Cart�o Caminhoneiro. Voltado para aut�nomos e propriet�rios de frotas de caminh�es, a promessa � que o cart�o viabilizar� a compra de diesel a pre�os fixos nos postos com a bandeira BR.

Para a categoria, ainda � pouco. “O neg�cio est� come�ando a pegar fogo. Estamos propondo fazer uma carreata no s�bado, mas se por vontade pr�pria os caminhoneiros pararem e fecharem as pistas, eu n�o vou abandon�-los. Mas n�o incentivo uma paralisa��o agora”, avisou Pl�nio Dias, presidente do Sindicato dos Transportadores Aut�nomos de Carga (Sinditac) em S�o Jos� dos Pinhais, no Paran�. Surgiu do Sinditac a convoca��o para o protesto amanh�, em todo o pa�s.

Na avalia��o de Pl�nio Dias, o momento � para deixar um alerta ao governo Bolsonaro: se a situa��o dos caminhoneiros n�o melhorar, o Brasil pode parar novamente em 21 de maio, quando completa um ano desde o in�cio da greve de 2018. A grande reclama��o da categoria est� a tabela de frete, que, al�m de n�o ter sido reajustada desde julho do ano passado, n�o � cumprida. Os caminhoneiros alegam que a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) n�o s� n�o fiscaliza o cumprimento da legisla��o, como n�o aplica corretamente as multas �s empresas.

O Sinditac cita como exemplo o frete no trecho entre Curitiba e S�o Paulo, que, pela tabela, deveria ser remunerado em R$ 1,3 mil, mas os caminhoneiros n�o recebem mais que R$ 1 mil. No trajeto de Curitiba a Rond�nia, a tabela de R$ 18 mil � reduzida para cerca de R$ 12 mil. “Se a lei fosse cumprida, a cada reajuste do diesel, a tabela teria que aumentar”, lamenta o sindicalista.

Paci�ncia

 A dire��o do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setsemg) acredita que a disposi��o do governo para negociar com os caminhoneiros pode demover boa parte da categoria da ideia de paralisar j� amanh�. “As principais lideran�as do segmento n�o est�o acreditando na greve. Mas h� sim pessoas que t�m o interesse pol�tico de desestabilizar o atual governo. N�o sou aliado do governo, mas ele est� de portas abertas para negociar”, disse Domingos de Castro, diretor do Setsemg.

H� quem diga que o apoio dos caminhoneiros ao governo Jair Bolsonaro � que faz com que a categoria tenha tido “paci�ncia” com os tr�s primeiros meses de governo. “Somos a categoria que mais apoiou o Bolsonaro. Acreditamos que 90% dos caminhoneiros votaram nele. A esquerda est� querendo entrar no movimento para prejudicar o presidente, usar a nossa categoria para manobras pol�ticas”, reclamou Daniel Oliveira da Silva, caminhoneiro h� 15 anos em Minas Gerais.

Articulador do movimento em Tr�s Pontas, no Sul de Minas, Daniel Oliveira contou que a expectativa � de que o protesto de amanh� se limite a uma carreata na regi�o. Em Minas, h� protestos marcados tamb�m nas regi�es Oeste (Oliveira) e Zona da Mata (Muria�). Hoje, continuam as articula��es em todo o pa�s para a participa��o de mais profissionais.


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