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Estado de Minas ECONOMIA

Plano de privatiza��es de Guedes esbarra em resist�ncia nos minist�rios

Maiores resist�ncias v�m dos minist�rios de Ci�ncia e Tecnologia, Agricultura, Minas e Energia e Infraestrutura


postado em 21/04/2019 13:00 / atualizado em 21/04/2019 15:24

(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil )
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil )
 

Nem a condi��o de "superministro" de Paulo Guedes tem sido suficiente para convencer colegas da necessidade de privatizar estatais para enxugar a m�quina p�blica e reduzir gastos. Empresas do topo da lista para serem vendidas ou fechadas est�o at� mesmo recebendo novos funcion�rios.

As maiores resist�ncias v�m dos minist�rios de Ci�ncia e Tecnologia, Agricultura, Minas e Energia e Infraestrutura.

O plano de privatiza��es � um dos pilares da pol�tica econ�mica de Guedes, que chamou o empres�rio Salim Mattar, dono da Localiza, para levar adiante a desestatiza��o. A meta � obter neste ano receita de US$ 20 bilh�es. Desse valor, o governo diz ter cumprido mais da metade, com US$ 11,4 bilh�es em desestatiza��es e US$ 646 milh�es em desinvestimentos. Boa parte � de concess�es gestadas em governos anteriores.

O Tesouro injeta mais de R$ 18 bilh�es ao ano para fechar as contas das estatais dependentes (incapazes de gerar receitas para bancar as despesas). Elas pagam, em m�dia, sal�rio mensal de R$ 13,4 mil, seis vezes mais que o rendimento m�dio do trabalhador com carteira assinada.

Mas a catequese para convencer os demais ministros a se desfazerem de suas empresas n�o est� fazendo efeito. Um dos s�mbolos da dificuldade � a resist�ncia do ministro Marcos Pontes, da Ci�ncia e Tecnologia, em vender suas estatais, como os Correios. A EBC, empresa de comunica��o que o pr�prio Jair Bolsonaro defendeu extinguir ou privatizar, agora teve os planos revistos pelo Pal�cio do Planalto.

A Empresa de Planejamento e Log�stica (EPL), que atua nas �reas de planejamento, estrutura��o e qualifica��o de projetos de infraestrutura de transportes, estava perto da extin��o, mas est� repondo vagas e contratando pessoal. Segundo a empresa, dos 143 cargos de que disp�e, sete est�o em fase de contrata��o neste m�s, "haja vista os desligamentos recentes". A EPL n�o comenta a inten��o do governo de fech�-la.

A inten��o da �rea econ�mica era tamb�m privatizar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apura estat�sticas agropecu�rias, faz a regula��o dos pre�os m�nimos com armazenagem de estoques e tem cerca de 4 mil funcion�rios.

 A avalia��o � de que h� outras formas mais eficientes para exercer essa pol�tica, e quem acaba ganhando com o desenho atual s�o os "atravessadores", que levam o estoque dos armaz�ns para centros consumidores.

O BNDES quer trabalhar nos planos de venda da empresa e participa de reuni�es t�cnicas com o governo, mas auxiliares da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, consideram que a hip�tese de privatizar "est� afastada". A pasta s� aprova a redu��o nos ativos subaproveitados ou com alto custo. O objetivo � "tirar gordura para ganhar musculatura", o que esbarra na estrat�gia de Guedes.

Apesar da dificuldade, Salim Mattar � otimista. "O processo de desestatiza��o � irrevers�vel. � quest�o de tempo." 


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