
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira, 19, a multa de 40% do FGTS paga pelos empregadores nas demiss�es sem justa causa. Ele n�o deixou claro se pretende extinguir a multa ou fazer altera��es na regra. Mudan�as na destina��o da multa poderiam fazer parte de um pacote de medidas estruturantes apresentado pela equipe econ�mica, que passam por avalia��o do Planalto.
"Essa multa de 40% foi quando o (Francisco) Dornelles era ministro do FHC (Fernando Henrique Cardoso). Ele aumentou a multa para evitar a demiss�o. O que aconteceu depois disso? O pessoal n�o emprega mais por causa da multa. Estamos em uma situa��o. Eu, n�s temos que falar a verdade. � quase imposs�vel ser patr�o no Brasil", disse o presidente.
Questionado se a multa vai acabar, o presidente respondeu inicialmente que isso "est� sendo estudado", mas em seguida disse que "desconhece qualquer trabalho nesse sentido". As falas de Bolsonaro foram orientadas pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que estava ao seu lado. O presidente falou com a imprensa ap�s participar de um evento seguido de almo�o da igreja evang�lica Sara Nossa Terra em Bras�lia.
"� quase imposs�vel ser patr�o no Brasil. Defender empregado d� mais votos. Agora, a verdade � o patr�o. Eu estou falando com o Paulo Guedes (ministro da Economia), eu pretendo lan�ar o programa Minha Primeira Empresa, para todo mundo que reclama do patr�o ter chance de ser patr�o um dia. Eu tenho dito, falei durante a campanha, um dia o trabalhador vai ter que decidir: menos direito com emprego ou todos os direitos sem emprego. � uma realidade. Isso perde voto. Tem antipatia de pessoas populistas e comunistas. Muita gente bota na cabe�a do povo que eu estou errado, eu estou perseguindo o pobre. N�o, eu estou mostrando a verdade. At� contratar uma pessoa para a sua casa est� dif�cil", declarou � imprensa.
Bolsonaro lembrou ainda que votou contra a PEC da dom�stica. "Votei contra nos dois turnos. O que aconteceu de l� para c�? A pessoa ou foi para a informalidade ou virou diarista. � como um casamento. Se um come�ar a querer ter mais direitos sobre o outro, acaba o casamento. Patr�o e empregado � quase que um casamento. � a velha divis�o de classes. N�o � s� com o neg�cio homo, h�tero, branco e negro, rico e pobre. � empregado e patr�o tamb�m. A esquerda prega isso o tempo todo para nos dividir e eles se perpetuarem no poder."