
"O pr�prio imposto sobre transa��es foi usado e apoiado por todos os economistas brasileiros no governo FHC. Ele tem uma capacidade de tributa��o muito r�pida e muito intensa. Ele p�e dinheiro no caixa r�pido, e se ele for baixinho ele n�o distorce tanto", defendeu Guedes, ap�s reuni�o com o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Podemos propor uma desonera��o forte da folha de pagamentos a troco da entrada desse imposto. Se a classe pol�tica achar que as distor��es causadas pelo imposto s�o piores que os 30 milh�es de desempregados sem carteira que tem a�, eles decidem", completou.
Para o ministro, a proposta elaborada pelo governo � "bastante conciliat�ria", sinalizando a possibilidade de ser encaixada nas reformas j� analisadas pelo parlamento.
"Achamos que governo federal tem que enviar a reforma tribut�ria dele", afirmou. "Vamos tentar fazer a estrutura mais razo�vel poss�vel, simplificando a estrutura e ampliando a base para que todos possam pagar um pouco menos", acrescentou.
Maia afirmou que assim que o governo enviar a sua proposta, o texto dever� ser apensado na proposta que j� tramita na C�mara dos Deputados, apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) com base no trabalho do economista Bernard Appy. "Vamos reabrir o prazo para emendas e vamos reiniciar o debate sobre reforma tribut�ria quando governo enviar proposta", garantiu o presidente da C�mara.
Reuni�o
Maia disse ainda que far� uma reuni�o com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e com os relatores das propostas que tramitam nas duas Casas para tentar chegar a um consenso sobre os textos.
"Os governadores e o Senado est�o dispostos a trabalhar pela reforma tribut�ria, que precisa ser votada e aprovada nas duas casas do Congresso. O governo federal s� pode tratar dos impostos federais, cabe ao Congresso organizar isso", concluiu.
Reforma tribut�ria
Maia defendeu uma melhor organiza��o da pauta de projetos que chegam ao Congresso. "N�o h� agenda para aprovar tudo, precisamos ter prioridades. Queremos ter um planejamento sobre os projetos, n�o adianta mandar tudo de uma vez para o plen�rio", afirmou.
Entre os temas que estar�o na agenda legislativa citada por Maia est� a reforma tribut�ria e a reforma administrativa. "Vamos trabalhar no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a gente possa derrubar regime jur�dico �nico, e discutir em que condi��es o servidor pode ter estabilidade, al�m de um novo marco salarial", afirmou.
Para Maia, tamb�m n�o h� motivo para aumento do teto sal�rio do funcionalismo federal impacte os sal�rios em Estados e munic�pios. "O sistema hoje concentra recursos p�blicos em atividades meio, e n�o em investimentos. O gasto p�blico hoje olha para o passado, e n�o para o futuro", completou.