Ap�s lan�ar uma linha de financiamento imobili�rio corrigida pelo IPCA, �ndice oficial de infla��o, a Caixa Econ�mica Federal avalia adotar taxas de juros pr�-fixadas para o financiamento da casa pr�pria. A mudan�a deve ocorrer at� o fim do governo Jair Bolsonaro, mas est� atrelada � manuten��o do quadro de infla��o controlada e ao desenvolvimento do mercado de securitiza��o (transformar d�vidas em t�tulos negociados no mercado) de cr�ditos imobili�rios, disse ontem o presidente do banco, Pedro Guimar�es.
"Da mesma maneira que a gente est� oferecendo TR (Taxa Referencial) e IPCA, o objetivo �, se couber na matem�tica da Caixa, oferecer uma taxa sem corre��o at� o fim do governo ", disse.
Para Guimar�es a vantagem de uma taxa pr�-fixada � tirar o componente de incerteza do financiamento. Segundo ele, a cria��o de linhas indexadas ao IPCA � o primeiro passo para viabilizar o plano. "A vida m�dia da carteira de cr�dito imobili�rio � de 12 anos, ent�o n�o adianta criar mercado de securitiza��o de dois anos", afirmou.
Guimar�es voltou a dizer que a Caixa pretende vender 50% de todo o cr�dito originado anualmente com as linhas corrigidas pelo IPCA. Ele afirmou que, nos �ltimos dois dias, o banco recebeu cerca de 600 mil consultas de clientes interessados na nova modalidade, dispon�vel a partir de segunda-feira nas ag�ncias.
Ele considera "controlada" a infla��o de 3% a 4% ao ano. O mais importante, diz, � haver o quadro de estabilidade de pre�os no longo prazo, ainda que com um ano ou outro de infla��o mais alta. Isso porque no caso dos financiamentos com taxa pr�-fixada, o risco fica com o banco, que ter� que adotar tamb�m instrumentos de prote��o contra varia��es.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou ontem que pode seguir a Caixa e adotar a modalidade de cr�dito imobili�rio atrelada ao IPCA. "A ideia � dar o m�ximo de liberdade ao cliente", disse. "A tend�ncia � de os bancos oferecerem um card�pio com todas op��es." Numa nova linha de cr�dito imobili�rio do BB, quanto menor o prazo de financiamento, menor a taxa. O piso passou a ser de 7,99% ao ano, para um financiamento de 60 meses.