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Estado de Minas

Ativos de previd�ncia complementar devem chegar a R$ 1 tri

At� abril de 2020, entidades fechadas de previd�ncia dever�o ser beneficiadas com o avan�o das discuss�es sobre a reforma previdenci�ria


postado em 17/10/2019 06:00 / atualizado em 17/10/2019 07:55

 
 
Para o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, o sistema vive um momento ímpar no sentido de buscar maior rentabilidade (foto: Abrapp/Divulgação)
Para o presidente da Abrapp, Lu�s Ricardo Martins, o sistema vive um momento �mpar no sentido de buscar maior rentabilidade (foto: Abrapp/Divulga��o)
 
S�o Paulo – Os ativos das entidades fechadas de previd�ncia complementar devem chegar � marca de R$ 1 trilh�o entre mar�o e abril de 2020. A estimativa � do presidente da Associa��o Brasileira das Entidades Fechadas de Previd�ncia Complementar (Abrapp), Lu�s Ricardo Martins.

O setor terminou o primeiro semestre com ativos totais de R$ 939 bilh�es (o equivalente a 13,4% do Produto Interno Bruto, o PIB). Em rela��o ao semestre anterior, o crescimento foi de 4,3%. Esse valor � recorde, mas em rela��o � participa��o no PIB a fatia j� foi maior.

Dados divulgados durante o Congresso Brasileiro da Previd�ncia Complementar Fechada mostram ainda que a maior parcela dos investimentos alocados ao fim do primeiro semestre foi destinada � renda fixa (74%). O volume total foi de R$ 668,5 bilh�es. A renda vari�vel contribuiu com apenas 18,2% do total, com R$ 164 bilh�es dos investimentos.

Segundo a Abrapp, o valor m�dio mensal da aposentadoria programada foi de R$ 6,26 mil. No caso da aposentadoria por invalidez, a m�dia foi de R$ 2,73 mil e, para as pens�es, o valor ficou na faixa de R$ 2,96 mil. A maioria dos contribuintes ainda � de homens, com 64,6% de participa��o, ante 35,4% de mulheres.

Martins diz estar otimista com a proximidade da aprova��o da reforma da Previd�ncia, classificada por ele como “param�trica”, o que deve impulsionar o setor. “O pa�s passa por um momento hist�rico. O Brasil ainda � uma na��o jovem, mas ruma rapidamente ao envelhecimento. A conta n�o fecha com as atuais regras.”

O representante da Abrapp defende que haja uma contribui��o previdenci�ria que junte diferentes fontes – governo, trabalhador, recursos do FGTS e do PIS. Martins concorda que o processo de aprendizado entre os benefici�rios n�o ser� simples, mas ele acredita que j� h� avan�os nessa curva.

CAMPANHA DE TEMER

 Desde 2016, quando o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) come�ou a gastar com campanhas com alertas sobre os riscos em torno do atual modelo previdenci�rio do pa�s, como a falta de recursos para pagamentos futuros, o conhecimento da popula��o sobre o tema aumentou, garante. Tanto que houve um reflexo na procura por planos de previd�ncia.

“Houve um crescimento do sistema. Essa dissemina��o da cultura previdenci�ria ser� um trabalho de formiguinha e vai avan�ar � medida que crescer tamb�m a preocupa��o das pessoas em viver melhor e por mais tempo. � fundamental que o assunto n�o saia da pauta e avance com uma nova sistem�tica de contribui��o para os trabalhadores, com a reforma do regime geral”, opina Martins.

Al�m do crescimento da demanda com as mudan�as nas atuais regras da Previd�ncia, quem opera no setor acredita que haver� outras fontes de est�mulo aos neg�cios. Um deles ser� a busca por produtos que ofere�am rentabilidade acima das metas.

A expectativa da Abrapp � que o patrim�nio cres�a, impulsionado por rentabilidades acima das metas. A manuten��o da atual pol�tica de juros menores pressionar� os fundos de pens�o para que recorram a investimentos que tenham por tr�s um risco maior, mas que ofere�am a expectativa de maior rentabilidade.

“O sistema vive um momento �mpar no sentido de buscar maior rentabilidade. Com a baixa taxa de juros, o caminho ser� no sentido de correr mais risco, talvez em dire��o � renda vari�vel, fundos multimercado e investimentos no exterior”, opina o presidente da Abrapp.

DESEMPENHO 

No primeiro semestre, a rentabilidade acumulada pelos fundos de pens�o foi de 6,94%, enquanto o CDI foi de 3%. O desempenho desses investimentos alcan�ou a chamada meta atuarial do sistema – objetivo m�nimo de rentabilidade para que os fundos n�o gerem d�ficit financeiro.

Ao todo, 144 entidades alcan�aram um super�vit que, somado, foi da ordem de R$ 29,9 bilh�es. No entanto, 72 outras funda��es amargaram um d�ficit financeiro de R$ 27,2 bilh�es. Entre os associados � Abrapp est�o fundos como CitiPrevi, BRF Previd�ncia, Eletros, Embraer Prev, Funda��o Ita� Unibanco, Portus, Petrus e Postalis.

Espera-se um impacto positivo tamb�m com a dissemina��o dos planos fam�lia. Esse modelo de contrato permite a entrada de parentes de participantes dos planos fechados. Hoje em dia, j� s�o 25 os planos aprovados nessa categoria, mas a Abrapp espera dobrar o n�mero at� o fim do ano.

Estados e munic�pios tamb�m est�o presentes no radar das entidades fechadas de previd�ncia complementar. A proposta que tramita no Congresso prev� que seja criada a op��o de aposentadoria complementar para o funcionalismo dentro de dois anos.

 
 
INVESTIMENTOS

R$ 939 bi
foi o valor arrecadado por entidades 
de previd�ncia complementar 
no primeiro semestre


64,6%
� a participa��o de 
contribuintes masculinos

R$ 6,26 mil
foi o valor m�dio mensal 
da aposentadoria programada


"O pa�s passa por um momento hist�rico. O Brasil ainda � uma na��o jovem, mas ruma rapidamente ao envelhecimento. A conta n�o fecha com as atuais regras"

Lu�s Ricardo Martins, 
presidente da Abrapp 


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