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Estado de Minas DINHEIRO DIGITAL

Sete dicas para n�o cair em golpes com criptomoedas

Op��o de investimentos procurada por brasileiros, as moedas digitas demandam cuidados desde a hora de iniciar a aplica��o � busca de seguran�a no acesso. O Estado de Minas destaca sete dicas para os interessados e explica os golpes mais comuns


postado em 21/10/2019 04:00 / atualizado em 21/10/2019 08:07

(foto: Olhar Digital/Reprodução)
(foto: Olhar Digital/Reprodu��o)


As criptomoedas deixaram de ser desconhecidas e, hoje, s�o op��o de investimento para os brasileiros. De acordo com um levantamento do site CointraderMonitor – ferramenta de an�lise e acompanhamento de pre�os de moedas virtuais – o Brasil movimentou, de janeiro ao m�s passado, cerca de R$ 10 bilh�es em bitcoins. Por�m, com o aumento da ades�o �s moedas virtuais, o n�mero de golpes e processos envolvendo o dinheiro digital tamb�m crescem. Uma forma de enganar os iniciantes nesse mercado � prometer qualquer taxa certa de rendimento. As criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Dash, n�o rendem juros, apenas se valorizam ou desvalorizam.

O Estado de Minas levantou cinco tipos de golpes frequentes envolvendo as criptomoedas, conversou com especialistas no assunto, e relacionou sete dicas para alertar os interessados. “� um ativo como qualquer outro, s� que com alta volatilidade”, explica o diretor de marketing da corretora mineira All Coin Money, William Santos. O executivo compara o bitcoin e outras criptomoedas ao ouro. “Quem garante quanto o ouro vai valer amanh�?”. Ele alerta que a chance de golpe ao embarcar em uma proposta que prometa retorno certo � alta. “Se se promete investimentos absurdos com resultados absurdos o investidor j� deve ir com o p� atr�s”, diz.
 
 
As corretoras do mercado de criptoativos s�o chamadas de exchanges. O papel dessas empresas � intermediar a compra e venda entre as pessoas, que podem ser f�sicas ou jur�dicas. William Santos recomenda que os investidores n�o liberem a cust�dia, ou controle, das carteiras a exchanges pouco confi�veis. Al�m disso, Santos afirma que j� houve casos no Brasil de corretoras que n�o liberaram os bitcoins dos clientes para saque. “A empresa que n�o libera o saque � porque n�o tem bitcoin pra pagar. Ou por erro ou por golpe”, diz. O diretor de opera��es da corretora BitcoinTrade, Daniel Coquieri, acredita que a maior preocupa��o das exchanges deve ser com a seguran�a dos clientes. “Sobretudo quando elas t�m o dinheiro de outras pessoas sob sua responsabilidade”, completa.

Ter um backup da chave de acesso � carteira � uma medida que aumenta a seguran�a do investidor. O professor do Departamento de Ci�ncia da Computa��o da UFMG e especialista em criptografia Jeroen Van de Graff aconselha at� imprimir o c�digo e guard�-lo em um lugar seguro. O professor tamb�m recomenda n�o comprar um software de armazenamento de criptomoedas usado, que pode ser invadido pelo dono anterior. Ele explica que a rede do bitcoin � segura, mas hackers podem acessar o dinheiro por meio das carteiras. Na avalia��o dele, optar por administrar a pr�pria carteira � mais seguro, dependendo da frequ�ncia de transa��es.

H� outros dois tipos de golpes com criptomoedas que s�o mais complexos. Um deles � um falso Initial Coin Offering (ICO). O ICO � uma forma de empresas e projetos captarem recursos em moedas digitais. “Alguns projetos na verdade s�o �timos, por�m como � f�cil criar uma ICO, muitos golpistas est�o se aproveitando desse m�todo para ganhar dinheiro”, explica o consultor em criptomoedas e professor da Fumec Euber Chaia.

De acordo com o professor, o investidor deve procurar se informar o m�ximo poss�vel sobre a iniciativa que ele quer apoiar. “Quem � a equipe do projeto? S�o pessoas reais e conhecidos no setor? A proposta � vi�vel e atende a alguma demanda de mercado? Se for apenas 'chover no molhado' � bom n�o cair na tenta��o”, diz. Outro esquema perigoso, conhecido no mercado financeiro tradicional, � o chamado Pump and Dump.
 
 
(foto: Olhar Digital/Reprodução)
(foto: Olhar Digital/Reprodu��o)


ESPECULA��O 


 Em resumo, um grupo de investidores se re�ne para comprar uma grande quantidade de um ativo, o que aumenta o pre�o e gera especula��o em torno da moeda. Eventualmente, esse grupo vende todas as moedas, que caem drasticamente de pre�o.“Geralmente os organizadores sabem exatamente o momento que o pre�o vai subir e tamb�m o momento exato da queda”, afirma Euber Chaia. O investidor que comprou, depois, � prejudicado, perdendo muito dinheiro.

No Brasil, as criptomoedas n�o s�o regulamentadas. Elas s�o consideradas apenas mercadorias. Os ativos n�o s�o fiscalizados pelo Banco Central ou pela Comiss�o de Valores Monet�rios (CVM). Esse papel � cumprido pela Receita Federal, que, em agosto, passou a exigir que as transa��es com criptoativos sejam informadas ao Fisco. Chaia analisa que a consequ�ncia disso para o investidor � a aus�ncia do Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), presente nas aplica��es financeiras tradicionais. O consultor completa afirmando que � preciso estudar antes de come�ar a investir nesse mercado.“� fato que criptomoedas s�o o futuro e � melhor j� come�ar a entender por agora do que cair de paraquedas depois”,diz.

Confira as dicas para fugir de golpes com moedas digitais

» Redobre a aten��o para criar senhas complexas de seguran�a para acessar sua conta
» N�o compre bitcoins de carteiras que eram de outros usu�rios
» Por seguran�a, fa�a backups da sua chave ou imprima a chave de acesso
» Use frases em lugar de senhas num�ricas
» Verifique em detalhes o hist�rico das corretoras para escolher entre as op��es nesse mercado
» O melhor � escolher moeda com mais tempo de mercado e uma comunidade de apoio j� estabelecida
» N�o compartilhe suas informa��es. Ser discreto no ambiente digital � essencial para a sua seguran�a

(*) Estagi�rio sob a supervis�o da subeditora Marta Vieira


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