
S�o Paulo – Jovens da Gera��o Y, ou os millennials, poder�o estar entre os principais impulsionadores do uso de diferentes tipos de tecnologia nas �reas de sa�de e bem-estar. O Terceiro Estudo Global Anual "Gera��o AI”, divulgado pela IEEE, maior organiza��o t�cnica-profissional do mundo dedicada ao avan�o da tecnologia em benef�cio da humanidade, durante a Futurecom, em S�o Paulo, mostra que os pais brasileiros com idade entre 23 e 38 anos s�o confiantes quanto ao uso de ferramentas desenvolvidas a partir da Intelig�ncia Artificial (IA) para as crian�as da Gera��o Alfa
A pesquisa foi feita com base nos depoimentos de 2 mil pais nessa faixa et�ria, com pelo menos uma crian�a de nove anos ou menos, nos Estados Unidos, Reino Unido, �ndia, China e Brasil.
Mesmo diante de possibilidades que ainda est�o em fase de pesquisa, os entrevistados se mostram confiantes. Ao todo, 75% dos pais brasileiros concordam que um cora��o impresso em 3D, testado e totalmente funcional, seja implantado em seus filhos no futuro, se necess�rio.
A aprova��o aumenta no caso do uso de realidade virtual. Para 90% dos pais millennials, � prefer�vel que os pediatras recomendem terapias com RV, em vez do uso de medicamentos para diminuir a dor das crian�as.
Ainda segundo o estudo, 78% dos entrevistados est�o propensos a procurar um m�dico que use AI para diagnosticar algum tipo de c�ncer, seja nos seus filhos ou em algu�m da fam�lia.
J� sobre a possibilidade de rob�s manipulados por IA conduzirem cirurgias, a aprova��o � menor, de 69%. Por�m, esse n�mero cresceu em rela��o ao ano passado, quando o resultado foi de 60%.
J� sobre a possibilidade de rob�s manipulados por IA conduzirem cirurgias, a aprova��o � menor, de 69%. Por�m, esse n�mero cresceu em rela��o ao ano passado, quando o resultado foi de 60%.
DEMANDA
Artur Ziviani, tecnologista s�nior do Laborat�rio Nacional de Computa��o Cient�fica (LNCC) e integrante s�nior do IEEE, explica que a introdu��o de novas tecnologias na �rea da sa�de ser� o caminho para atender a uma demanda crescente por esses servi�os, que tem impactado no aumento dos custos.
“Esse � um problema mundial. Com novas tecnologias, ser� poss�vel ampliar o atendimento, por exemplo, ao levar o atendimento remoto a localidades onde n�o h� especialistas”, diz. Ziviani acredita que a IA tamb�m poder� ajudar os m�dicos a ordenarem os exames m�dicos segundo a sua gravidade e na discuss�o a dist�ncia com especialistas sobre diagn�sticos. “S�o situa��es que permitem aliviar a carga de trabalho dos profissionais de sa�de e aumentar o n�mero de atendimentos."
Outro exemplo citado por Ziviani � o do uso de chatbots para orienta��o pedi�trica aos pais sobre como utilizar um medicamento. As novas tecnologias poder�o ser usadas, segundo o representante do IEEE, para o monitoramento da sa�de da popula��o mais velha, que poderia receber cuidados em casa. Em casos assim, um alerta seria emitido a uma unidade de sa�de se houvesse alguma altera��o no quadro do paciente.
Apesar dos pais millennials e de Ziviani concordarem com o avan�o da tecnologia na medicina, esse � um tema pol�mico. No Brasil, por exemplo, a telemedicina ainda passa por discuss�es. Mas, para o representante do IEEE, o uso dessas novas ferramentas ser� inevit�vel e n�o ser� raz�o para afastar m�dicos de seus pacientes, como se teme.
Outros destaques do estudo

» Parte dos entrevistados se sentiria "extremamente" � vontade em permitir que um cora��o impresso em 3D fosse implantado em seus filhos (�ndia: 58%; China: 50%; Brasil: 42%), enquanto outros "n�o se sentiriam muito � vontade" (EUA: 48%; Reino Unido: 40%).
» Onde o acesso � sa�de � melhor, a aceita��o quanto ao uso de enfermeiras virtuais dotadas com IA, ao lado dos leitos, � menor. N�o quando nossos filhos estiverem no hospital, dizem os pais dos EUA e do Reino Unido.
» A maioria dos pais da gera��o Y nos EUA (67%) e no Reino Unido (57%) n�o se sentiria muito � vontade em deixar seus filhos aos cuidados de uma enfermeira virtual durante a estadia hospitalar. Mas a maioria dos pais millennials na China (88%), �ndia (83%) e no Brasil (61%) se sentiria muito � vontade nessa situa��o.