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Estado de Minas

Alvo de cr�ticas de Zema, Cemig registra preju�zo no 3� trimestre

Resultado foi negativo em R$281 milh�es. Mas, no acumulado do ano, a empresa soma lucro de R$ 2,6 bilh�es


postado em 19/11/2019 10:01 / atualizado em 19/11/2019 10:52

(foto: Edésio Ferreira / EM / D.A. PRes)
(foto: Ed�sio Ferreira / EM / D.A. PRes)

Alvo de cr�ticas quase di�rias do governador Romeu Zema (Novo), a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) registrou preju�zo l�quido de R$ 281 milh�es no terceiro trimestre, mas no acumulado do ano soma um lucro de R$ 2,6 bilh�es.

Em coletiva para analisar o balan�o da companhia entre julho e setembro os diretores admitiram as limita��es financeiras da companhia para investir em infraestrutura. No entanto, ressaltaram que gastos com melhorias nas instala��es para atender os clientes (resid�ncias e empresas) est�o sendo retomados e podem acelerar com o reaquecimento econ�mico no estado.

Nessa segunda-feira, o governador Romeu Zema voltou a lamentar em entrevistas e nas suas redes sociais a baixa capacidade de investimentos da Cemig. Segundo ele, a Cemig representa um entrave para o desenvolvimento econ�mico do estado, uma vez que precisa investir cerca de R$ 21 bilh�es para atender �s demandas da ind�stria mineira e da popula��o.

“O Estado n�o tem esse recurso. A �nica sa�da � privatizar, ou ela vai continuar sendo uma empresa que n�o atende os cidad�os”, postou Zema em suas redes sociais. Na semana passada, o governador gravou um v�deo ao lado do presidente da Cemig, Cledorvino Belini, para falar que a empresa representa um obst�culo ao n�o atender empreendimentos do estado e citou exemplos de apag�es que prejudicaram a ind�stria mineira.

Ao comentar as declara��es de Zema, o diretor Financeiro em exerc�cio e diretor de Participa��es da Cemig, Daniel Faria Costa, avaliou que a falta de investimentos da companhia nos �ltimos anos gerou uma defasagem significativa no estado. Ele explicou que a atual gest�o trabalha para retomar os investimentos que ficaram paralisados ao longo dos �ltimos anos, mas que as demandas n�o podem ser todas atendidas em curto prazo.

“O que o governador tem feito, de maneira correta, � externar aquilo que muitas empresas e muitos clientes tem manifestado sobre problemas de infraestrutura com investimentos que n�o foram feitos no passado. Estamos trabalhando para recuperar o tempo perdido. Esses investimentos que estamos fazendo hoje vai produzir frutos ao longo do tempo, por isso ainda n�o chegamos ao n�vel que os clientes e as empresas est�o esperando. Mas n�o vamos ser um entrave � medida que esses investimentos forem realizados”, avaliou Daniel Faria.

Perguntado sobre a opini�o do governador, de que apenas a privatiza��o da Cemig poder� resolver o problema de distribui��o energ�tica em Minas Gerais, o diretor da Cemig afirmou que a decis�o sobre vender a empresa n�o � tratada pelos diretores, mas explicou que o montante citado por Zema, de R$ 21 bilh�es, n�o trata apenas dos investimentos em infraestrutura, mas em outras despesas da companhia.

“A privatiza��o � um assunto de compet�ncia do acionista controlador, o governador. Esta gest�o est� focada em dar maior efici�ncia � Cemig e maior capacidade de investimento em sua rede para fornecer o melhor servi�o. O valor (citado por Zema) n�o trata s� de obras em infraestrutura, mas traz valores destinados a melhorias tecnol�gicas da companhia e a renova��o de concess�es que est�o por vencer at� 2025”, disse Daniel Faria.

Ainda segundo o diretor financeiro, a privatiza��o poderia aumentar os investimentos caso o novo dono tivesse disponibilidade financeira, mas as melhorias levariam tempo para sair do papel. “Depende muito de quem estaria no comando da companhia e quais recursos esse dono tem. Hoje trabalhamos com as disponibilidades. Se vier um investidor privado com bastante apetite e disponibilidade financeira certamente ele pode acelerar a inje��o de recursos. Mas isso n�o muda os prazos necess�rios para colher os frutos de todo esse investimento”, explicou.

Lucro no ano


O resultado abaixo do esperado pelos diretores da Cemig no terceiro trimestre de 2019 se deu por causa de uma provis�o de R$1,18 bilh�o feita ap�s a empresa perder a��o na segunda inst�ncia em agosto relativa ao pagamento de contribui��es previdenci�rias sobre o pagamento de participa��o nos lucros entre 1999 e 2016.

O contingenciamento foi feito ap�s decis�o desfavor�vel do Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o, que considerou que a Cemig n�o definiu claramente as regras para a distribui��o dos valores, em processo movido pela Receita Federal. A estatal mineira vai recorrer da decis�o.

“Tivemos uma situa��o espec�fica, que n�o � recorrente, da provis�o para contribui��o previdenci�ria de anos passados. De maneira proativa a empresa fez um provisionamento que impactou o resultado neste trimestre. Mas o resultado do ano continua robusto”, analisou Daniel Faria.

Entre janeiro e setembro, a Cemig registrou um lucro acumulado de R$ 2,6 bilh�es, o que representa um aumento de 276% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. A d�vida l�quida – R$ 13,6 bilh�es – teve pouca altera��o, com queda de 0,57% em rela��o a setembro de 2018.

Desconsiderando a derrota judicial que n�o era esperada pela diretoria da empresa, o lucro l�quido da Cemig no terceiro trimestre foi de R$ 356 milh�es. No balan�o dos meses de julho, agosto e setembro, os diretores apontaram como destaque positivo o ganho resultante da aliena��o do controle da Light. Em julho, a Cemig reduziu sua participa��o na Light de 50% para 22,6%, ap�s oferta p�blica de a��es. O ganho de capital l�quido de tributos decorrente dessa opera��o foi de mais de R$ 70 milh�es.


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