
A legaliza��o e a regulamenta��o dos jogos de azar est�o sendo discutidas internamente pelo Poder Executivo. A ideia � liberar cassinos em hot�is e resorts integrados com centros de conven��es. A pauta vem sendo encampada pelo presidente da Embratur, Gilson Machado, que mant�m di�logo estreito e direto com o presidente Jair Bolsonaro. A Associa��o Brasileira de Bingos, Cassinos e Similares (Abrabincs) calcula que a regulamenta��o poderia gerar uma arrecada��o de R$ 18 bilh�es aos estados.
Os principais desafios sobre a pauta est�o no alcance da legaliza��o dos jogos. O PL 442/1991, que disp�e sobre a mat�ria, est� pronto para ser votado no plen�rio, mas n�o h� consenso. O texto � visto como muito “liberal”. O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), n�o � a favor de uma ampla legaliza��o, mas se mostra sens�vel � libera��o de cassinos em hot�is e resorts. Por esse motivo, h� quem acredite que o texto na C�mara n�o tem condi��es de tramitar.

Como o governo deseja evitar um desconforto com a bancada evang�lica, a aposta estudada atualmente � apoiar o Projeto de Lei do Senado 186/2014, visto como “menos liberal” e mais f�cil de agradar os cr�ticos. “O meu trabalho � para a divulga��o internacional do Brasil e capta��o de recursos, mas tenho acompanhado e o (texto) que est� no Senado (� melhor)”, comentou Machado. Outra aposta seria apoiar um projeto novo espec�fico para a regulamenta��o dos jogos.
A resist�ncia dos evang�licos, contudo, pode ser mais associada � disputa pelo comando da bancada. O atual coordenador, deputado Silas C�mara (Republicanos-AM), est� em disputa com o deputado S�stenes Cavalcante (DEM-RJ). Superada a batalha, parlamentares do Centr�o que est�o apoiando a discuss�o da legaliza��o dos jogos acreditam que os religiosos ser�o convencidos a apoiar.
O presidente da Frente Parlamentar Mista pela Aprova��o do Marco Regulat�rio dos Jogos no Brasil, deputado Bacelar (Podemos-BA), admite que h� um clima favor�vel sendo constru�do para votar um projeto, mas ele critica a ideia de legalizar apenas parcialmente os jogos. “N�o adianta liberar o jogo no cassino e, do lado de fora, outras modalidades, como o jogo do bicho, estarem proibidas. � desperdi�ar um potencial arrecadat�rio e de gera��o de empregos enorme”, analisou.