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Estado de Minas PESQUISA

Empres�rios do Centro-Oeste e Norte s�o os mais cautelosos

Levantamento da Deloitte mostra que as duas regi�es concentram a menor expectativa de melhora para o ano que vem, por�m, est�o entre as que s�o mais otimistas com privatiza��es


postado em 24/12/2019 06:00 / atualizado em 24/12/2019 09:33

"Havia uma expectativa positiva, mas a pol�tica do governo federal n�o foi bem clara quanto � sua agenda e alguns ficaram insatisfeitos porque demorou. Agora, com a reforma da Previd�ncia aprovada, sabe-se que haver� um equil�brio nas contas p�blicas" - Giovanni Cordeiro, economista-chefe da Deloitte (foto: Arquivo pessoal)

S�o Paulo – Tecnologia, inova��o, educa��o, infraestrutura, reforma tribut�ria e est�mulo � gera��o de empregos est�o entre os temas mais relevantes na pauta dos executivos para o ano que vem. A pesquisa Agenda 2020, feita pela Deloitte, ouviu presidentes, CEOs, CFOs e conselheiros das 1.377 maiores empresas brasileiras entre 15 e 28 de novembro.

A receita do grupo entrevistado, que inclui de grandes empresas a bancos, chega a R$ 3,5 trilh�es por ano, cerca da metade do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, 57% t�m suas sedes em S�o Paulo, o que d� ao universo pesquisado uma equival�ncia aos dados do IBGE. Ao todo, 16% s�o dos demais estados do Sudeste, 15% do Sul, 9% no Nordeste, 3% no Centro-Oeste e 1% no Norte.

Segundo 69% dos empres�rios que atuam no Centro-Oeste e no Norte, a economia e os neg�cios no pa�s ser�o melhores em 2020. A m�dia nacional foi bem pr�xima a esse n�mero, de 71%. Ao todo, 19% dos respondentes dessas duas regi�es disseram n�o esperar por uma mudan�a importante no ano que vem. Os mais otimistas s�o os empres�rios do Sul (76%).

Por conta das caracter�sticas das atividades econ�micas do Norte e do Centro-Oeste – s�o ligadas aos segmentos de agroneg�cio, alimentos e bebidas, servi�os prestados �s empresas e log�stica –, a previs�o de investimentos priorit�rios na ado��o de novas tecnologias (88% em caso de cen�rio positivo) e na melhora da qualifica��o de funcion�rios (91% em caso de cen�rio positivo) s�o as mais baixas entre as regi�es do pa�s. A m�dia brasileira �, respectivamente, de 94% e de 93%.

Apesar da expectativa alta, os entrevistados ainda est�o apreensivos quando perguntados sobre a expans�o dos neg�cios na compara��o com outras regi�es e dizem que v�o aguardar uma melhora no cen�rio econ�mico para investir: 40% afirmam que devem ampliar os atuais parques de produ��o (contra m�dia nacional de 46%) e 42% devem aumentar os prontos de venda no ano que tem (ante a m�dia nacional de 62%).

Quando perguntados sobre as prioridades do governo para o pr�ximo ano, 61% dos entrevistados do Centro-Oeste e Norte esperam mais investimentos em infraestrutura seguido por recursos em ci�ncia e tecnologia e ado��o de maior quantidade de inova��es tecnol�gicas para efici�ncia da administra��o p�blica – ambos os itens somando 54% do total de respondentes.

O maior otimismo entre os entrevistados do Norte e do Centro-Oeste est� nos planos de participa��o de licita��es ou privatiza��es. Enquanto a m�dia nacional apontada pela pesquisa � de 31%, nessas duas regi�es esse n�mero � de 36%, abaixo apenas do apontado nos estados do Rio de Janeiro, Esp�rito Santo e Minas Gerais (41%).

Segundo Giovanni Cordeiro, economista-chefe da Deloitte, esse otimismo tem a ver com os tipos de neg�cio em que os participantes atuam e as oportunidades percebidas nos planos de concess�o e de privatiza��o do governo. S�o dos segmentos de constru��o, telecomunica��es e outros servi�os prestados �s empresas. “Por isso, faz sentido esses segmentos aguardarem essas oportunidades de privatiza��es”, explica.

Contrata��es 


Empres�rios ouvidos no Centro-Oeste e no Norte s�o os que mais t�m planos de contratar em 2020. Independentemente da evolu��o econ�mica (23%, contra m�dia nacional de 18%). Por outro lado, quando perguntados sobre contrata��o para o caso de a economia do pa�s melhorar, os entrevistados dessas regi�es s�o os que t�m a expectativa mais baixa – 44%, contra m�dia nacional de 58%. O Sul, que j� vem despontando como grande gerador de novos postos de trabalho, lidera nas inten��es, com 61%.

Entre as prioridades do governo federal apontadas pelos entrevistados do Centro-Oeste e do Norte est�o investimentos em ci�ncia e tecnologia (54%), em infraestrutura (61%) e efici�ncia da administra��o p�blica (54%).

No Sul, por sua vez, as preocupa��es s�o outras. Ao todo, 58% apontam para a amplia��o dos incentivos tribut�rios para pesquisa e desenvolvimento, 60% pedem mais incentivos governamentais para adapta��o � Ind�stria 4.0 e � transforma��o digital e 86% falam do est�mulo para a gera��o de empregos.

J� no Nordeste as prioridades da Uni�o s�o outras. Para 95% dos empres�rios, s�o priorit�rios junto ao governo para impulsionar a economia e os neg�cios em 2020 os investimentos em educa��o (95%), em sa�de (78%) e no combate a corrup��o (57%, o n�mero mais elevado entre todas as regi�es).

Expectativa Nacional 


O levantamento, que chega a sua quarta edi��o, mostra qual � a expectativa para o ambiente de neg�cios no Brasil para 2020. Em 2018, por exemplo, a pesquisa foi feita sob o cont�gio da expectativa eleitoral. Para o pr�ximo ano, com a reforma da Previd�ncia j� aprovada, o empresariado mostra ter expectativas em rela��o ao processo de privatiza��o, aos investimentos em infraestrutura, � reforma tribut�ria, mas sem deixar de lado quest�es como melhoria da educa��o e da qualifica��o da m�o de obra.

Cordeiro diz que a expectativa para 2020 apontada pelos entrevistados veio mais positiva do que esperava. Isso � bom, ainda mais se levando em considera��o o comportamento em 2018 em rela��o a 2019. “Havia uma expectativa positiva, mas a pol�tica do governo federal n�o foi bem clara quanto � sua agenda e alguns ficaram insatisfeitos porque demorou. Agora, com a reforma da Previd�ncia aprovada, sabe-se que haver� um equil�brio nas contas p�blicas”, avalia.

Mas o que tem influenciado mais os planos do empresariado para 2020 s�o as promessas do governo, como o pacote de privatiza��es e concess�es, que n�o dependem de outras a��es federais, as propostas de est�mulo ao emprego e a reforma tribut�ria.

Como lembra Cordeiro, nos �ltimos dois anos as empresas passaram por uma s�rie de ajustes e muitos dos seus projetos acabaram ficando no papel por conta das incertezas. “Agora, eles acreditam que saindo os projetos do governo poder�o tirar seus planos de expans�o do papel. Eles olham para o futuro, mas a expectativa � constru�da olhando um pouco o passado, para dados que agora j� v�m mostrando alguma recupera��o, como as vendas do com�rcio, a expectativa para o Natal, o segmento imobili�rio”, explica o economista-chefe da Deloitte.

Se a pauta do governo ajuda a tomar decis�es, tamb�m a paralisia dos �ltimos anos impacta os planos de investimentos das empresas. O economista-chefe da Deloitte explica que o empresariado sabe que t�m sobrevivido sem fazer aportes. Agora, se quiserem se manter competitivos, ter�o de fazer os desembolsos. Parte dos recursos, como mostram a pesquisa, ser�o destinados para a requalifica��o profissional, que tamb�m ficou de lado pela falta de perspectivas para a economia do pa�s.

As empresas entrevistadas est�o divididas da seguinte forma: 31% est�o no segmento de bens de consumo, seguido pelo de servi�os (24%), TI e Telecomunica��es (14%), Infraestrutura e constru��o (14%), atividades financeiras (9%) e bens de capital (8%).


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