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Estado de Minas

Ap�s crise da Saraiva, Leitura deve virar maior rede de livrarias do pa�s

At� maio, de acordo com o presidente da Leitura, Marcus Teles, a empresa mineira vai ter 76 unidades


postado em 24/12/2019 07:02 / atualizado em 25/12/2019 08:01

Leitura do Shopping Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte(foto: Reprodução da internet/Facebook/Livraria Leitura)
Leitura do Shopping Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (foto: Reprodu��o da internet/Facebook/Livraria Leitura)


O mercado de livrarias dever� ter, depois de d�cadas, uma nova l�der no Pa�s. E trata-se de uma rede relativamente desconhecida no eixo Rio-S�o Paulo: a mineira Leitura, criada em Belo Horizonte pela fam�lia Teles h� 52 anos. A rede tem atualmente 72 lojas, ante 74 da Saraiva, que est� em recupera��o judicial e fechou cerca de um quarto de suas unidades nos �ltimos dois anos. No auge, a companhia chegou a contabilizar 114 pontos de venda em todo o Pa�s. A Leitura deve chegar ao primeiro lugar em 2020.

Isso porque, ao contr�rio da Saraiva, a rede mineira j� tem planos de expans�o para o ano que vem. At� maio, de acordo com o presidente da Leitura, Marcus Teles, a empresa vai ter 76 unidades com a abertura de quatro lojas em S�o Paulo, Campinas (SP), Serra (ES) e Juiz de Fora (MG). O executivo trabalha nos contratos para mais tr�s pontos de venda, devendo terminar 2020 com 79 lojas em opera��o. Ao fim desse ciclo de expans�o, espera ter faturamento anual de R$ 500 milh�es.

Parte das inaugura��es que a Leitura concretizou nos anos de 2018 e 2019 ocupou territ�rios dos quais a Saraiva abriu m�o. A empresa assumiu os pontos que pertenciam � rival em Vila Velha (ES) e no Shopping West Plaza, na capital paulista. Em janeiro far� o mesmo no Galleria Shopping, em Campinas.

Teles contou ao jornal O Estado de S. Paulo que segue de perto os n�meros da concorr�ncia. Ele disse que, embora v� se tornar a maior rede do Pa�s em total de pontos de venda, ainda engatinha no e-commerce. "Pelo que acompanho dos n�meros, vamos passar a Saraiva em vendas no varejo f�sico, sem contar a internet."

Enquanto a tradicional l�der em livrarias tem vendas relevantes pela web, a Leitura ficou fora do e-commerce por longo per�odo. Retornou em agosto, de forma discreta. "N�o d� para sacrificar a margem, vender livro abaixo do pre�o de custo."

Hist�ria


Criada em 1967 pelo irm�o de Teles, Em�dio, a Leitura "comeu pelas bordas" ao longo de sua hist�ria. S� agora come�a a aparecer em pontos na capital paulista, como o Shopping Ibirapuera (onde inaugurou uma unidade no in�cio do m�s) e o Santana Parque Shopping. Na �poca em que a Saraiva reinava absoluta no Pa�s, dominando cerca de 30% das vendas de livros, essa op��o por mercados menores foi uma estrat�gia de sobreviv�ncia. "Sou mais forte em Minas e no Norte e Nordeste", conta Teles.

At� hoje a Leitura � controlada pela fam�lia Teles. No entanto, para financiar a expans�o, a empresa elege todos os anos os melhores gerentes de loja. Esses profissionais s�o convidados a se tornarem s�cios minorit�rios de um ponto de venda a ser aberto no ano seguinte. � o segredo que a fam�lia encontrou para conseguir realizar a expans�o e garantir que os administradores das unidades tenham "cabe�a de dono".

Em tempos de dificuldades no mercado de livros - dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, coletados pela Nielsen, mostram queda de 7,6% nas vendas no acumulado de 2019 -, a Leitura mant�m forte aposta nos materiais did�ticos e escolares. Assim, a venda de t�tulos de mercado responde por cerca de 55% do faturamento das lojas, em m�dia. "Em algumas lojas eu consigo ter 400 modelos de caderno e 300 de mochilas. A volta �s aulas � uma aposta grande", diz Teles.

Para o consultor Alexandre Machado, s�cio-diretor da GS & Consult, al�m da crise de administra��o de algumas redes, o mercado de livrarias sofre com um problema que tamb�m afetou outros segmentos: a decad�ncia dos grandes formatos, ou megastores.

As grandes livrarias, com alugu�is caros e uma quantidade maior de funcion�rios, passaram a sofrer para atingir o ponto de equil�brio. "At� porque, assim como outros setores, o de livros tamb�m foi atingido em cheio pela concorr�ncia do online", afirma Machado.

Procurada, a Saraiva n�o concedeu entrevista. Afirmou, por�m, que � refer�ncia no segmento de livrarias. Citando dados da consultoria GfK, afirmou ter participa��o de mercado de mais de 25%. "A cada quatro livros vendidos no Brasil, um � vendido pela Saraiva em uma de suas lojas ou pelo e-commerce."


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