
De acordo com o Fundo, a eleva��o da estimativa do PIB do Brasil para este ano ocorreu sobretudo devido "� melhora do sentimento ap�s a aprova��o da reforma da Previd�ncia Social (pelo Congresso) e pelo desaparecimento das rupturas de oferta no setor mineral". Essa � uma refer�ncia � produ��o de min�rio de ferro pela Vale, ap�s o desastre em Brumadinho h� um ano.
O FMI tamb�m apontou que a previs�o para o desempenho econ�mico do Brasil em 2020 est� relacionada com condi��es monet�rias acomodat�cias, dado que o Banco Central baixou os juros em 1 ponto porcentual entre setembro e dezembro passados. A taxa b�sica de juros encerrou 2019 em 4,50% ao ano.
"Mas desafios continuam no Pa�s e devem continuar mais reformas, como a que envolve sal�rios, que deve ser uma prioridade importante", afirmou a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath.
�ndia afeta estimativa para crescimento global
A previs�o de crescimento para o mundo este ano passou de 3,4% para 3,3% e, para 2021, de 3,6% para 3,4%. A mudan�a foi motivada, em grande medida, por redu��es das proje��es para o PIB da �ndia.
O Fundo alterou as estimativas para aquele pa�s asi�tico em 1,2 ponto porcentual neste ano, de 7,0% para 5,8%, e em 0,9 ponto porcentual para 2021, de 7,4% para 6,5%.
De acordo com o Fundo, h� fatores positivos e negativos para as perspectivas econ�micas mundiais no m�dio prazo. Do lado favor�vel, o acordo comercial fase 1 entre Estados Unidos e China pode reduzir incertezas internacionais e gerar certa recupera��o da produ��o de manufaturados e das transa��es de produtos e servi�os em termos globais. Al�m disso, a conclus�o do Brexit tamb�m colabora para uma redu��o de d�vidas sobre o processo de sa�da do Reino Unido da Uni�o Europeia.
"Mas o crescimento global continua fraco. Tivemos boas not�cias com a assinatura do acordo comercial fase 1 entre EUA e China. Mas h� d�vidas ainda sobre o com�rcio global", disse a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva.
O FMI apontou no documento que os riscos para a economia mundial continuam altos, pois as tens�es comerciais ainda s�o elevadas e podem causar problemas maiores para o n�vel de atividade internacional se piorarem, inclusive com novas disputas dos EUA com a China ou com pa�ses europeus. H� ainda um novo componente de preocupa��es geopol�ticas, com a crise envolvendo os governos de Washington e Teer�.
A diretora-gerente citou ainda "choques clim�ticos na Austr�lia e partes da �frica" como riscos para a economia.
O FMI repetiu avalia��es feitas no documento Perspectivas Econ�micas Mundiais de outubro nas quais apontou que, sem os est�mulos de pol�ticas monet�rias, suas previs�es para o crescimento internacional seriam menores em 0,5 ponto porcentual tanto em 2019 quanto em 2020. O Fundo destacou que o apoio dos bancos centrais para estimular a demanda agregada continuar� gerando resultados positivos para a economia global, com destaque para mercados emergentes.
No caso das economias avan�adas, o Fundo ressaltou que, "considerando o modesto potencial de crescimento neste grupo, pa�ses com espa�o fiscal devem aumentar os gastos com iniciativas que elevar�o a expans�o da produtividade, inclusive em pesquisa, treinamento e infraestrutura".