
Os impactos em diversos segmentos da ind�stria de Minas Gerais causados pelas fortes chuvas que atingiram o estado nas �ltimas semanas ainda est�o sendo contabilizados. Na Grande Belo Horizonte e na Zona da Mata mineira, industrialistas contabilizam preju�zos com equipamentos e instala��es. Enquanto isso, o setor se organiza para tentar se recuperar, consertando as m�quinas e analisando a dimens�o dos estragos.
Os esfor�os ser�o concentrados em tr�s frentes: limpeza t�cnica, manuten��o dos equipamentos e reestabelecimento de energia el�trica. Ainda de acordo com o dirigente, o grupo atender� as demandas dos empres�rios assim que forem recebidas, n�o se limitando a um segmento industrial espec�fico.
Questionado sobre a possibilidade de oferecer cursos de capacita��o em manuten��o nas m�quinas afetadas pela �gua, Leal afirma que n�o houve necessidade “por serem preju�zos pontuais”. Segundo ele, o projeto continuar� ativo at� o fim do per�odo chuvoso.
A Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com apoio dos sindicatos industriais regionais, ainda est� recebendo relatos dos empres�rios que foram afetados pelas chuvas. Por isso, ainda n�o h� um levantamento detalhado sobre o preju�zo total que os temporais causaram nas ind�strias de Minas.
A Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com apoio dos sindicatos industriais regionais, ainda est� recebendo relatos dos empres�rios que foram afetados pelas chuvas. Por isso, ainda n�o h� um levantamento detalhado sobre o preju�zo total que os temporais causaram nas ind�strias de Minas.
No distrito industrial de Sim�o da Cunha, em Sabar�, na divisa com Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de BH, f�bricas foram alagadas em 24 de janeiro com o enorme volume de chuvas e a subsequente eleva��o do n�vel do Rio das Velhas. O empres�rio Paulo Garcia, propriet�rio da empresa Estrutural Pinturas, especializada em pinturas eletrost�ticas a p�, foi um dos afetados. Colocar os equipamentos em cavaletes n�o foi suficiente. Ele conta que o n�vel da �gua no p�tio chegou a dois metros, danificando as m�quinas e os estoques de mat�ria-prima. Al�m disso, o acesso � f�brica foi prejudicado.
“Isso traz in�meros transtornos. Acredito que no decorrer das pr�ximas tr�s ou quatro semanas a gente n�o poder� produzir”, conta. Garcia ainda n�o precisou as perdas, mas estima que o preju�zo gire em torno de R$ 400 mil. “Fora o gasto que se tem com manuten��o, limpeza, aluguel de m�quinas”. O empres�rio acredita que os efeitos das chuvas ainda ser�o sentidos no m�dio prazo, j� que a durabilidade dos equipamentos foi comprometida.
Agora, o empres�rio espera que n�o ser� necess�rio fazer cortes no pessoal – a empresa emprega 40 funcion�rios – ou pegar um empr�stimo para aliviar o preju�zo. Garcia prefere n�o pensar sobre a preven��o de novos poss�veis estragos at� o fim das chuvas, com o fim do ver�o. “A gente tem que continuar tocando a vida da empresa, fazendo as manuten��es como se n�o tivesse risco. Porque se pensar no risco, tem que parar e fechar as portas at� o per�odo chuvoso passar”, afirma.
Na opini�o de Garcia, as prefeituras de Santa Luzia e Sabar� n�o deram o apoio necess�rio aos industrialistas da regi�o. Segundo ele, os munic�pios n�o ofereceram escavadeiras ou caminh�es-pipa para ajudar a retirar a lama das ruas. “A prefeitura atua mais fortemente nos bairros e nas comunidades. N�o discordo que isso seja priorit�rio. Mas CNPJ n�o vota”, afirma. Al�m disso, o empres�rio pensa que a isen��o de impostos e de contas de energia el�trica e �gua seria ben�fica para ajudar na recupera��o do setor industrial da regi�o.
Na �ltima semana, organiza��es empresariais como a C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Federa��o de Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo de Minas Gerais (Fecom�rcio/MG) pediram que o governo estadual isente da cobran�a de impostos os comerciantes que tiveram seus estabelecimentos afetados pelas chuvas.
CANAL ENTUPIDO
Em Contagem, na Grande BH, f�bricas da Cidade Industrial tamb�m foram afetadas pelas chuvas em 19 e 20 de janeiro. A subesta��o da empresa Polimetal, especializada em conectores el�tricos para linhas de transmiss�o e distribui��o de energia, foi inundada. Segundo o propriet�rio, Roberto Baeta, h� um canal fluvial entupido embaixo do galp�o. “Com a chuva torrencial, abriu uma pequena cratera na passagem dessa galeria. A �gua n�o conseguiu fluir, inundando nosso im�vel”, conta.
A �gua chegou a um n�vel de 80cm, danificando m�quinas e at� computadores nas salas da administra��o. Com isso, a Defesa Civil interditou parte das instala��es da companhia, paralisando as opera��es por pelo menos quatro dias, prejudicando o trabalho de 56 funcion�rios. “Um grande preju�zo para n�s. Para reconstruir, vamos precisar de um volume ainda n�o estimado de dinheiro. Vamos ter que pagar multa por atrasar encomendas. Ser� um grande desequil�brio no nosso fluxo de caixa”, lamenta o empres�rio.
Baeta afirma que a prefeitura j� havia sido avisada do problema na galeria fluvial, mas n�o resolveu o problema. “Sabemos que s�o fatos da natureza, mas que poderiam ter sido evitados. Tem que haver obras que n�o sejam emergenciais e previnam os problemas”, diz.
Depois dos estragos das chuvas recordes este m�s, a prefeitura n�o p�de ajudar, j� que estava ocupada atendendo fam�lias desabrigadas, com o que Braga concorda. Agora, com o objetivo de evitar novos estragos at� o fim do per�odo chuvoso, eles at� pensam em instalar uma comporta na entrada da f�brica para evitar que a �gua invada o p�tio.
Depois dos estragos das chuvas recordes este m�s, a prefeitura n�o p�de ajudar, j� que estava ocupada atendendo fam�lias desabrigadas, com o que Braga concorda. Agora, com o objetivo de evitar novos estragos at� o fim do per�odo chuvoso, eles at� pensam em instalar uma comporta na entrada da f�brica para evitar que a �gua invada o p�tio.
Em Guidoval, na Zona da Mata, o n�vel do Rio Xopot� subiu seis metros com o temporal do dia 24 de janeiro, alagando as ruas da cidade. O galp�o da empresa Kaslianc M�veis Tubulares foi afetado, danificando mat�rias-primas, como compensado de madeira. A s�cia da empresa, Solange de Oliveira Machado, calcula um preju�zo de R$ 20 mil. Por�m, a empres�ria comemora, j� que o preju�zo foi menor do que em outra vez que o galp�o foi afetado pelas chuvas, em 2012. Na �poca, as perdas totalizaram R$ 200 mil. “Na nossa cidade o povo � muito solid�rio, e a prefeitura apoiou muito. A cidade ficou limpa em tempo recorde”, afirma.
Como os danos maiores foram em mat�ria-prima, Solange acredita que precisa ficar atenta a como armazena os materiais. Para se recuperar, ela n�o pensa em pegar um empr�stimo, fazer cortes na empresa ou pedir isen��o de impostos. “A prefeitura usou recursos pr�prios para reconstruir a cidade”, diz.
(*) Estagi�rio sob a supervis�o do subeditor Paulo Nogueira