A Caixa anunciou o cr�dito imobili�rio prefixado com taxas entre 8% e 9,5% ao ano para clientes do banco, como antecipou na semana passada o jornal O Estado de S�o Paulo. A meta da institui��o � liberar R$ 10 bilh�es no primeiro ano da medida.
"Para a pessoa f�sica, o cr�dito imobili�rio com lastro no IPCA gera risco. J� na modalidade com juros prefixados gera seguran�a. Faz mais sentido", diz o diretor de um grande banco, na condi��o de anonimato.
Na pr�tica, o cr�dito imobili�rio sem corre��o n�o � uma novidade. H� menos de dez anos, os bancos lan�aram a alternativa, amparados na queda dos juros b�sicos no pa�s. No entanto, como o movimento n�o foi consistente e as taxas voltaram a subir, essas institui��es se viram obrigadas a acabar com as linhas, sob o risco de descasamento do funding (quanto os bancos pagam para captar) com financiamentos de longo prazo, que chegam a 30 anos como � o caso do imobili�rio.
"A aceita��o do cr�dito prefixado n�o � muito grande. � a modalidade mais cara, mas � a mais segura de todas. N�o tem risco", diz outro executivo de banco.
O maior interesse dos bancos privados pelo financiamento prefixado sinaliza que a Caixa deve ter concorrentes rapidamente. O cen�rio difere do cr�dito imobili�rio com lastro no �ndice de infla��o, o IPCA. Por ora, o �nico que se arriscou entre os grandes concorrentes foi o Banco do Brasil, que lan�ou em dezembro a modalidade. "H� sinais de que a infla��o ser� mais alta no ano que vem, com ritmo de crescimento do pa�s mais acelerado. A� tem o risco de bater na inadimpl�ncia", diz a fonte.
Os bancos privados chegaram a estudar o cr�dito com IPCA, mas at� agora n�o se inclinaram a investir no produto. A leitura � de que h� mais risco para o mutu�rio e, portanto, a modalidade deve se restringir ao p�blico de alta renda, que teria recursos em um eventual repique da infla��o.
Quanto ao lan�amento da modalidade com juro prefixado, o BB diz que constantemente estuda oportunidades em linha com a concorr�ncia, buscando atender �s necessidades dos clientes.
O Ita� Unibanco informou que "est� sempre atento aos movimentos do mercado e estuda todas as possibilidades para oferecer produtos e servi�os que beneficiem os clientes". Com rela��o �s modalidades de IPCA e sem corre��o, o banco diz que n�o tem planos de operar no curto prazo.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.