
Esse percentual ficou abaixo das expectativas e da expans�o de 1,3% registrada em 2018 e 2017. Em 2016 e 2015, houve queda do PIB, de 3,3% e 3,5%, respectivamente.
O �ndice do ano passado dever� afetar as proje��es da economia para 2020, que j� t�m sido revistas para baixo por conta dos impactos econ�micos do novo coronav�rus. “O resultado do quarto trimestre � mais importante do que o de 2019 em si, porque influencia o in�cio deste ano”, explicou o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Lu�s Ot�vio de Souza Leal.
Ele lembrou que o �ltimo trimestre de 2019 apresentou resultados negativos em alguns dos principais setores econ�micos. Com�rcio e servi�os, por exemplo, fecharam no vermelho em dezembro, mesmo com as vendas do Natal. A ind�stria tamb�m.
O baixo crescimento da economia brasileira em 2019, por sua vez, explica-se por uma s�rie de fatores. Entre eles, a incerteza em torno das reformas econ�micas, que retardou investimentos; a desacelera��o da economia argentina, que reduziu as exporta��es brasileiras; o desastre de Brumadinho, que puxou para baixo o resultado da ind�stria. Para os analistas, apesar da exist�ncia de 11,9 milh�es de pessoas na fila do desemprego, o consumo das fam�lias sustentou a alta de 1,1% do PIB em 2019.
“Do lado da demanda, o crescimento se dar� pelo consumo das fam�lias, porque o investimento ainda est� relativamente lento e o governo tamb�m”, disse o economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, explicando que o Executivo n�o teve espa�o fiscal para investir e a iniciativa privada retardou investimentos devido � incerteza em rela��o �s reformas econ�micas.
“Quando Bolsonaro venceu, havia um consenso de que a reforma da Previd�ncia ia acontecer. Mas esperava-se que isso ia acontecer em mar�o e n�o no segundo semestre. Por isso, muitos empres�rios adiaram seus investimentos”, acrescentou o economista da �rama Investimentos, Alexandre Esp�rito Santo.
J� as fam�lias conseguiram ampliar um pouco o seu consumo por conta da infla��o controlada, dos juros baixos e, sobretudo, de medidas como a libera��o de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). “Apesar de continuar alto, o desemprego diminuiu e a massa salarial cresceu um pouco. E a infla��o esteve baixa durante boa parte do ano. Isso tudo ajudou na renda das fam�lias, al�m dos saques do FGTS”, explicou Leal.
O PIB per capita alcan�ou R$ 34.533 em 2019, em valores correntes, um avan�o de 0,3% em rela��o a 2018, j� descontada a infla��o do per�odo.
PIB por setor
O Produto Interno Bruto de servi�os subiu 1,3% em 2019 ante 2018. No quarto trimestre de 2019, o PIB de servi�os subiu 0,6% ante o terceiro trimestre do ano. Na compara��o com o quarto trimestre de 2018, o PIB de servi�os mostrou alta de 1,6%.
J� o PIB da ind�stria subiu 0,5% em 2019 ante 2018. No quarto trimestre de 2019, o PIB da ind�stria subiu 0,2% ante o terceiro trimestre do ano. Na compara��o com o quarto trimestre de 2018, mostrou alta de 1,5%.
O Produto Interno Bruto da agropecu�ria, por sua vez, subiu 1,3% em 2019 ante o ano anterior. No quarto trimestre do ano passado, o PIB da agropecu�ria caiu 0,4% ante o terceiro trimestre. Na compara��o com o quarto trimestre de 2018, registrou alta de 0,4%.
O consumo das fam�lias subiu 1,8% em 2019 ante 2018, segundo o IBGE. No quarto trimestre de 2019, o consumo das fam�lias subiu 0,5% ante o terceiro trimestre do ano. Na compara��o com o quarto trimestre de 2018, o consumo das fam�lias mostrou alta de 2,1%.
O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,4% em 2019 ante 2018. No quarto trimestre de 2019, esse indicador subiu 0,4% ante o terceiro trimestre do ano. Na compara��o com o quarto trimestre de 2018, o consumo do governo mostrou alta de 0,3%.
A constru��o civil cresceu 1,6% no ano de 2019 ante 2018. O avan�o foi puxado por uma expans�o do setor imobili�rio. As Atividades Imobili�rias cresceram 2,3% no ano passado. J� o Com�rcio teve eleva��o de 1,8% em 2019, enquanto o segmento de Informa��o e Comunica��o avan�ou 4,1%.
(Com Marina Barbosa e Ag�ncia Estado)