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Estado de Minas

Em dia de p�nico, Bolsa registra maior queda do s�culo 21 e d�lar bate R$ 4,72

O �ndice Ibovespa fechou o dia com recuo de 12,17%, aos 86.067 pontos, retornando aos n�veis de dezembro de 2018


postado em 09/03/2020 19:15 / atualizado em 09/03/2020 19:31

O BC interveio no mercado duas vezes(foto: Pixabay/Divulgação)
O BC interveio no mercado duas vezes (foto: Pixabay/Divulga��o)
Em um dia de p�nico no mercado financeiro global, o d�lar aproximou-se de R$ 4,80, mesmo com o Banco Central (BC) vendendo a moeda das reservas internacionais. A bolsa de valores brasileira, a B3, caiu 12%, chegando a ter os neg�cios interrompidos durante a manh�.
 
O �ndice Ibovespa fechou o dia com recuo de 12,17%, aos 86.067 pontos, retornando aos n�veis de dezembro de 2018. Essa foi a maior queda para um �nico dia desde setembro de 1998, quando a R�ssia declarou morat�ria. O d�lar comercial encerrou esta segunda-feira (9) vendido a R$ 4,726, com alta de 1,97%, R$ 0,091, no maior valor nominal desde a cria��o do real.
 
O BC interveio no mercado duas vezes. Pela manh�, a autoridade monet�ria vendeu � vista US$ 3 bilh�es das reservas internacionais. � tarde, vendeu mais US$ 465 milh�es, embora tenha oferecido at� US$ 1 bilh�o. At� a semana passada, o BC estava apenas leiloando novos contratos de swap cambial, que funcionam como venda de d�lares no mercado futuro.
 
Circuit breaker
 
Pela manh�, a B3 chegou a ter as negocia��es interrompidas por 30 minutos porque o Ibovespa tinha ca�do mais de 10%. Esse � o chamado circuit breaker, mecanismo acionado quando o �ndice cai mais que determinado n�vel.
 
A �ltima vez em que a bolsa tinha tido as negocia��es interrompidas foi em maio de 2017, ap�s a divulga��o de conversas do ent�o presidente Michel Temer com o empres�rio Joesley Batista, dono da JBS.
 
Petr�leo
 
Os mercados de todo o planeta, que nas �ltimas semanas t�m atravessado momentos de instabilidade por causa dos receios de uma recess�o global provocada pelo coronav�rus, enfrentaram um dia de p�nico com a disputa de pre�os entre Ar�bia Saudita e R�ssia em torno do petr�leo.
 
Membro da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep), a Ar�bia Saudita aumentou a produ��o de petr�leo depois que o governo de Vladimir Putin decidiu n�o aderir a um acordo para reduzir a extra��o em todo o mundo.
 
O aumento de produ��o num cen�rio de queda mundial de demanda por causa do coronav�rus fez a cota��o do barril de petr�leo iniciar o dia com queda de mais de 30%. Por volta das 18h, o barril do tipo Brent era vendido a US$ 33,41, com queda de 26,2%. Essa foi a maior queda no pre�o internacional para um dia desde a Guerra do Golfo, em janeiro de 1991.
 
Para o Brasil, a queda no barril de petr�leo afeta as a��es da Petrobras, a maior empresa brasileira capitalizada na bolsa. Os pap�is ordin�rios (com direito a voto em assembleia de acionistas) da companhia fecharam o dia com queda de 29,68%. Os pap�is preferenciais (que d�o prefer�ncia na distribui��o de dividendos) ca�ram 29,7%. Segundo a pr�pria Petrobras, a extra��o do petr�leo na camada pr�-sal s� � vi�vel quando a cota��o do barril est� acima de US$ 45.
 
Consequ�ncias
 
A queda nas cota��es do barril de petr�leo traz outras consequ�ncias para a economia brasileira. Caso os pre�os baixos se mantenham, a companhia repassar� a queda do pre�o internacional para a gasolina e o diesel. Se, por um lado, a queda beneficia os consumidores; por outro, prejudica o setor de etanol, que perde competitividade.
 
Os pre�os mais baixos diminuem a arrecada��o de royalties do petr�leo e a arrecada��o de Imposto sobre a Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), o principal tributo estadual, num momento em que diversos estados atravessam dificuldades financeiras.
 
Paulo Guedes
 
Hoje pela manh�, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que a crise internacional deve afetar menos o Brasil que outros pa�ses porque a economia brasileira � mais fechada que a do resto do mundo. O ministro repetiu que a melhor resposta para a crise � a continuidade da agenda de reformas e reiterou que a reforma administrativa pode ser enviada ao Congresso ainda esta semana.


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