
A redu��o do compuls�rio e a possibilidade de as institui��es garantirem empr�stimos com deb�ntures (t�tulos de d�vidas de empresas privadas) est�o entre as decis�es. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esse � o maior plano de inje��o de liquidez e capital da hist�ria brasileira. A entidade anunciou tamb�m medidas de libera��o de capital que podem elevar o cr�dito em R$ 1,15 trilh�o. “Temos uma crise diferente da que vivemos no passado, e estamos dispostos a fazer novas medidas. O arsenal que temos � muito grande. O sistema financeiro nacional vai funcionar perfeitamente”, afirmou Campos Neto em entrevista coletiva.
Confira algumas das medidas do BC:
Libera��o do compuls�rio
Uma das medidas que j� haviam sido anunciadas � a redu��o do compuls�rio – a parcela do dinheiro que os bancos captam que � obrigada a ser depositada no BC. A entidade reduziu a al�quota de 25% para 17%. Com isso, foram liberados at� R$ 68 bilh�es.
Deb�ntures como garantia de empr�stimos
Agora os t�tulos de d�vidas de empresas privadas – os chamados deb�ntures – podem ser usados como garantia de empr�stimos junto ao BC. Com isso, a entidade pretende dar liquidez para uma modalidade que est� perdendo investidores com a crise, por causa do risco. O potencial de libera��o � de R$ 91 bilh�es.
Expans�o de capta��o de recursos e cr�dito
O BC permitiu tamb�m que as institui��es financeiras possam aumentar em at� R$ 2 bilh�es a capta��o de recursos assegurados pelo Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC). A medida aumenta a capacidade de concess�o de cr�dito em at� R$ 200 bilh�es.
N�o dedu��o de impostos em opera��es de overhedge
Hedge cambial � uma opera��o de prote��o de risco em patrim�nio no exterior contra a desvaloriza��o do c�mbio. O overhedge � uma prote��o extra, quando o banco usa um valor acima do necess�rio. Com a medida, o BC deixa de deduzir impostos das opera��es em que se utiliza esse mecanismo, para proteger ainda mais as institui��es da desvaloriza��o da moeda. A expectativa � permitir um aumento de R$ 520 bilh�es na capacidade de concess�o de cr�dito.
Doa��o de recursos em troca de t�tulos
Para garantir a liquidez no longo prazo, o BC vai doar recursos em troca de t�tulos com investidores. A ideia � facilitar a precifica��o dos ativos financeiros em meio � alta volatilidade da crise.
Redu��o do spread
O BC reduziu tamb�m, por este per�odo, o spread – a diferen�a entre os juros da capta��o e da tomada de recursos. O objetivo � reduzir os riscos operacionais para as institui��es durante a crise.
Flexibiliza��o da LCA
A medida visa liberar at� R$ 6,3 bilh�es em cr�dito para o agroneg�cio por meio de mudan�as nas regras da Letra de Cr�dito do Agroneg�cio (LCA). O BC busca facilitar o processo flexibilizando as regras de lastro do t�tulo de renda fixa.
Expans�o do limite de recompra de letras
O BC avalia que a maioria das letras financeiras – t�tulos de renda fixa que as institui��es emitem para conseguir recursos – est� bloqueada em fundos. N�o h� compradores interessados neste momento de crise. Com a mudan�a, os bancos podem recomprar mais desses t�tulos. Antes era 5% e agora, 20%. A expectativa � a libera��o de R$ 30 bilh�es na economia.
*Estagi�rio sob supervis�o do sub-editor Eduardo Murta