(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Quarentena derruba consumo de queijos; Abiq busca forma de financiar estocagem

Maior parte do consumo � dos queijos prato, mussarela e requeij�o, que s�o destinados para restaurantes, pizzarias, lanchonetes e fast foods


postado em 30/03/2020 17:00 / atualizado em 30/03/2020 17:44

De acordo com a Abiq, vendas caíram depois do fechamento do comércio(foto: Divulgação/ Internet)
De acordo com a Abiq, vendas ca�ram depois do fechamento do com�rcio (foto: Divulga��o/ Internet)

O fechamento do com�rcio em geral e o esquema de delivery adotado pelos restaurantes em v�rios estados brasileiros por causa da quarentena como preven��o ao coronav�rus afetou em cheio a cadeia produtiva de queijo. "O abalo foi grande", confirma ao Broadcast Agro (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) o presidente da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Queijo (Abiq), F�bio Scarcelli. Ele calcula queda nas vendas do setor em pelo menos 60% desde o in�cio da quarentena.

 

 

No in�cio, diz, a corrida aos supermercados para estocar alimentos at� provocou uma acelera��o no consumo do latic�nio. "Mas quando veio o fechamento do com�rcio e dos restaurantes as vendas despencaram."

Scarcelli, cuja associa��o representa 1,5 mil f�bricas de queijo no pa�s sob inspe��o federal (com SIF), ou 65% da produ��o nacional, diz que a cadeia depende bastante das vendas para alimenta��o fora de casa. "Restaurantes e food service absorvem no m�nimo 30% da produ��o nacional, que � de cerca de 1,2 milh�o de toneladas por ano", diz.

A maior parte do consumo � dos queijos prato, mussarela e requeij�o, que perfazem 450 mil toneladas do total produzido por ano no pa�s e s�o destinados, em sua maioria, para restaurantes, pizzarias, lanchonetes e fast foods.

Da� a queda acentuada na comercializa��o. "Por mais que os restaurantes possam operar, mesmo em esquema de delivery, na quarentena as pessoas reduziram bastante o consumo deste tipo de servi�o", diz. A maior parte, ressalta, est� elaborando as refei��es em casa. "E, mesmo tendo aumentado o consumo no lar, n�o � a mesma coisa do consumo na rua; sem quarentena, tem o pessoal que vai para a faculdade, para o restaurante, o boteco e consome bastante queijo fora de casa", diz ele.

Como reflexo na redu��o expressiva no consumo de queijos, Scarcelli diz que as ind�strias associadas come�am a reclamar da falta de espa�o nas c�maras frias para armazenar o produto que deixou de ser vendido. Como presidente da Abiq, ainda estuda, junto com os associados, as estrat�gias para minimizar o efeito econ�mico. Ele j� adianta, entretanto, que "parar de comprar leite dos produtores seria a �ltima das op��es". Mas diz que, ainda assim, a vaca no campo continua a produzir leite e logo haver� dificuldades de captar tudo se a produ��o de queijos n�o for escoada.

Uma das alternativas em estudo � verificar linhas de cr�dito dispon�veis no Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) para financiar a armazenagem, que tem alto custo para os latic�nios. "V�rios fabricantes est�o totalmente estocados e n�o t�m espa�o para colocar os queijos, tampouco reserva financeira para guardar esses estoques por muito tempo", comenta.

Outra medida seria solicitar ao governo, por meio da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), para que ele abra a compra emergencial de leite em p�, a fim de absorver o excesso de leite que possa haver com a redu��o da produ��o queijeira. Scarcelli ressalta que, a depender da dura��o da quarentena e da consequente queda do consumo de queijos, a ind�stria "pode chegar no limite". "Infelizmente, vai chegar uma hora em que a ind�stria n�o ter� onde estocar, nem como pagar por esses estoques", lamenta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)