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Estado de Minas

Queda de vendas: Feira do produtores exp�e drama de comerciantes

Comerciantes de centro de compras, que vende de alimentos a material el�trico, t�m enfrentado queda de vendas e buscam sa�da para o caixa


postado em 05/04/2020 04:00 / atualizado em 05/04/2020 08:18

Em mercado da Cidade Nova, lojistas assumem o balcão, avaliam renegociar aluguéis e condomínio, mas mantêm expectativa de reabertura(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em mercado da Cidade Nova, lojistas assumem o balc�o, avaliam renegociar alugu�is e condom�nio, mas mant�m expectativa de reabertura (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Localizada no Bairro Cidade Nova, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, a Feira dos Produtores re�ne com�rcio de frutas, verduras, legumes, carnes, queijos e bebidas, al�m de bares e restaurantes, e at� chaveiros e lojas de materiais el�tricos. Com tanta variedade, o espa�o � amostra de como a recomenda��o de ficar em casa, feita pela Organiza��o Mundial da Sa�de para conter a propaga��o do novo coronav�rus, afetou o com�rcio da capital mineira, parcialmente impedido de funcionar por decreto da Prefeitura baixado em 18 de mar�o.

De forma geral, temendo n�o se enquadrar na lista de estabelecimentos que podem continuar em funcionamento em Belo Horizonte, alguns comerciantes deixam apenas meia porta aberta e conversam reticentes com a reportagem. Alguns apontam para portas fechadas dos vizinhos e afirmam que aquele estabelecimento ao lado j� demitiu v�rios funcion�rios.

Uma loja de aqu�rios e produtos para tratar animais fechada teria levado multa de R$ 3 mil por estar funcionando. Outra loja fechada, que comercializa presentes, deixou aviso na porta de que est� funcionando. Suas vitrines agora s�o as redes sociais e a empresa ainda oferece entrega gratuita uma vez por semana.

O restaurante de Rodineia Viana dos Santos n�o pode receber clientes desde a publica��o do decreto, atendo-se apenas a vender refei��es com feij�o e frango assado no marmitex. “A demanda n�o justifica abrir, caiu uns 90%. Estamos vindo porque o desespero � mais forte”, relata a empres�ria, que est� tocando o neg�cio ao lado da s�cia. A �nica funcion�ria est� em per�odo de f�rias e deve emendar outro per�odo vencido na sequ�ncia. “N�o posso mand�-la embora porque depois vou precisar dela”, justifica.

A empres�ria Renata Guelber tem uma rede de lojas que vende gama de produtos, de materiais el�tricos a itens de limpeza. Das cinco unidades, as quatro de portas para a rua est�o fechadas h� 15 dias. Apenas a unidade da Feira dos Produtores est� em funcionamento. “Esta loja tamb�m chegou a ficar fechada, mas identificamos que temos produtos que, de acordo com o decreto, podem ser vendidos”, explica Renata, que n�o deixa de oferecer �lcool em gel e luvas pl�sticas para todos os clientes que passam no caixa. Ela conta que na primeira semana o movimento despencou 90%, mas agora est� melhorando e a empresa j� recuperou metade da freguesia.

Outro empres�rio que est� preocupado com a falta de clientes � Luiz Fl�vio Batista Reis, propriet�rio de uma loja que vende cestas, chocolates e presentes. “O movimento caiu 90%. Chegamos a ficar fechados por tr�s dias, mas a feira se adequou �s novas medidas sanit�rias, com avisos sonoros informativos sobre a doen�a, apenas duas portas abertas e sem aglomera��es”, explica.

Ele conta que est� investindo em propagandas nas redes sociais e entregas no entorno, mas ainda � muito pouco. “Moro em Lagoa Santa e tem dia que n�o ganho nem o suficiente para pagar a gasolina. Aqui tenho quatro lojas. S�o quatro alugu�is, fora o condom�nio, as despesas com fornecedores e minha funcion�ria, que estou fazendo de tudo para manter. Em mar�o, eu fechei no vermelho e espero que aconte�a uma abertura a partir da segunda quinzena de abril”, conta.

Dono de uma loja de frutas, L�cio Teixeira dos Santos diz que a queda no movimento de clientes fez com que ele perdesse 30% do faturamento. O comerciante espera conseguir desconto no pre�o do condom�nio cobrado na Feira dos Produtores e mant�m os empregados. Ele pretende renegociar o aluguel com o propriet�rio da loja.

Em uma loja de doces e bebidas, o movimento caiu 60%. Parte disso foi compensada pelo aumento nas entregas, que custam de R$ 6 a R$ 25 para regi�es mais distantes, como o Buritis, conta a funcion�ria Fab�ola K�nia Ferreira. Ela diz que n�o houve demiss�o porque a loja j� tinha enxugado a estrutura em dezembro.

Atendendo a meia-porta, depois de 15 dias de fechamento do neg�cio, o dono de uma loja de eletr�nicos passou a dividir o atendimento com o s�cio a partir de ontem. “Como vou fazer? Meu aluguel est� para vencer e toda a minha renda vem daqui. Se o governo me desse um suporte, eu ficaria em casa. Minha esposa tem asma, n�o pode se expor, mas ela sabe por que estou aqui. Gra�as a Deus, a loja tinha um fundo de reserva e estou pagando todos os meus fornecedores”, desabafa.


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