
"Estamos tentando estender a prorroga��o das outras linhas para o cr�dito consignado. Estamos estudando dar uma car�ncia ao consignado", contou o presidente da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, em videoconfer�ncia realizada nesta segunda-feira (13) para tratar das medidas adotadas pelo setor banc�rio diante da crise da COVID-19.
Ele explicou ainda que a car�ncia do consignado s� n�o foi implementada ainda por conta de problemas operacionais. Afinal, diferente do que acontece com as outras linhas de cr�dito, o consignado � descontado automaticamente do sal�rio ou da aposentadoria dos brasileiros. "Estamos buscando ultrapassar os problemas operacionais, porque o consignado envolve milhares de munic�pios, empresas e estados que processam a folha de pagamento [dos nossos clientes]", disse Sidney.
O presidente da Febraban n�o deu uma previs�o de quando os bancos podem chegar a uma solu��o para essa quest�o, mas destacou a import�ncia da medida. Ele explicou que, hoje, o cr�dito consignado representa mais de 1/3 de todo o cr�dito livre que � oferecido � pessoa f�sica no Brasil, j� que tem uma das menores taxas de juros do mercado de cr�dito brasileiro.
Renegocia��o
A Febraban calcula que o setor banc�rio j� autorizou a renegocia��o de mais de R$ 130 bilh�es em cr�dito desde o in�cio da pandemia do novo coronav�rus no Brasil. A renegocia��o, na maior parte dos casos, permite que os clientes afetados financeiramente pela crise da COVID-19 suspendam por at� dois meses o pagamento dos contratos banc�rios.
"Ainda em 16 de mar�o, anunciamos um programa de renova��o de cr�dito, com a prorroga��o das parcelas por 60 dias, em v�rias linhas. J� renegociamos algo em torno de R$ 130 bilh�es e recebemos dois milh�es de pedidos de renegocia��o de d�vida", lembrou Isaac Sidney, pouco antes de anunciar que a Febraban agora estuda como estender esse programa ao cr�dito consignado.
O presidente da Febraban ainda garantiu que, se for necess�rio, o setor banc�rio pode estender essa renegocia��o por mais tempo. A prorroga��o pode ser anunciada se a pandemia do novo coronav�rus durar mais tempo que o esperado, por exemplo. "Os bancos est�o abertos a continuar renegociando e a dar uma car�ncia mais longa, se for preciso", garantiu.
Ele concluiu a live dizendo que o setor est� disposto a ajudar os brasileiros a enfrentarem essa crise e que, por isso, al�m desse esfor�o de renegocia��o, tamb�m j� concedeu cerca de R$ 270 bilh�es em novas opera��es de cr�dito em meio � pandemia.
