
Em videoconfer�ncia com ministros da Agricultura dos pa�ses do G-20 para discutir o impacto do novo coronav�rus sobre o setor, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, alertou para a necessidade de rever "barreiras comerciais injustific�veis e subs�dios que premiam a inefici�ncia e podem afetar o abastecimento de alguns pa�ses", conforme nota divulgada pelo minist�rio nesta ter�a-feira (21).
"O covid-19 nos oferece a oportunidade de repensar nosso comportamento coletivo. Vamos vencer a luta contra o covid-19 juntos e emergir dele com uma mentalidade para finalmente alcan�ar seguran�a alimentar global est�vel e meios de vida decentes para toda a humanidade", disse.
Conforme o minist�rio, a posi��o defendida pelo Brasil na reuni�o virtual foi "convergente" com a de outros pa�ses, como Estados Unidos, China, Alemanha e Emirados �rabes. Organizada pela presid�ncia tempor�ria do G-20, a videoconfer�ncia buscou aprimorar a coopera��o global e garantir o fluxo de produtos agr�colas para proteger a seguran�a e nutri��o alimentar mundial durante a pandemia.
Segundo a ministra, no curto prazo, h� comida suficiente para todos, mas � preciso trabalhar nos desafios de abastecimento mundial impostos pelo novo coronav�rus. De acordo com Tereza Cristina, o Brasil � um parceiro confi�vel no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilh�o de pessoas em todo o mundo.
"Demonstramos por nossas a��es que o Brasil � um parceiro confi�vel, respons�vel e solid�rio. Por reciprocidade, tamb�m queremos ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional", disse a ministra, segundo o comunicado. "A confian�a � uma via de m�o dupla: estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda."
Tereza Cristina defendeu ainda que as barreiras comerciais n�o devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade. "Abandonaremos a ret�rica, tomando medidas efetivas para realmente melhorar a subsist�ncia dos mais vulner�veis? Ou admitiremos a armadilha de usar a pandemia como uma desculpa para manter os interesses paroquiais enraizados, atrav�s da perpetua��o do protecionismo?", questionou.
A ministra criticou tamb�m o uso, neste momento de crise, de subs�dios, que, segundo ela, criam concorr�ncia desleal para pa�ses em desenvolvimento e afetam as condi��es de vida no campo. "O com�rcio agr�cola justo permitiria a dissemina��o de melhores condi��es nas �reas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo est� concentrada", finalizou.