(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PREJU�ZO

Pre�o da cesta b�sica aumenta ap�s pandemia de novo coronav�rus

Pesquisa estima que sal�rio m�nimo deveria ser de R$ 4.673,06, ou 4,47 vezes o vigente. Metade da jornada do trabalhador remunerado pelo piso foi para comprar alimentos


postado em 11/05/2020 18:01 / atualizado em 11/05/2020 18:37

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)

Os pre�os do conjunto de alimentos b�sicos em abril aumentaram em 16 capitais em rela��o a mar�o. � o que indicam os dados da Pesquisa Nacional da Cesta B�sica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (DIEESE).

Em S�o Paulo, a cesta custou R$ 556,25. O valor significa alta de 7,28% em rela��o a mar�o. No ano, o conjunto de alimentos variou 9,82% e, em 12 meses, 6,55%.

Quando se compara o custo da cesta e o sal�rio m�nimo l�quido, ou seja, ap�s o desconto referente � Previd�ncia Social, alterado para 7,5% com a Reforma da Previd�ncia, a partir de mar�o de 2020, a pesquisa conclui que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, metade da jornada para comprar os alimentos b�sicos (50%).

Com base na cesta de maior valor, ou seja, S�o Paulo, o DIEESE estimou que o sal�rio m�nimo necess�rio deveria ser de R$ 4.673,06, ou 4,47 vezes o vigente, de R$ 1.045,00.

“Em produtos como o feij�o e arroz, observou-se alta muito expressiva. O feij�o aumentou em todo Brasil, sendo 24,94% em Belo Horizonte. A quest�o � a pandemia, a demanda aumentou, pressionando o pre�o nesses estabelecimentos”, acredita o supervisor t�cnico do Dieese/MG, Fernando Duarte. “Muitos est�o vivendo com R$ 600 do aux�lio emergencial, a dificuldade desses trabalhadores ser� muito grande”, disse.

 

Como foi feita a pesquisa?

Exceto em S�o Paulo, a pesquisa foi realizada por telefone e e-mail. A tomada especial devido � pandemia do novo coronav�rus, apesar de apresentar diferen�a em rela��o � metodologia original do levantamento, indicou tend�ncia de alta no valor da cesta b�sica.

“A gente teve uma boa resposta do m�todo que adaptamos para este momento que passamos”, disse Duarte sobre a quest�o metodol�gica. “Pode ter alguma influ�ncia, embora a gente ache que n�o”, explicou.

Principais varia��es


Arroz e feij�o

O feij�o apresentou alta em todas as capitais pesquisadas e, mesmo relativizando a varia��o por conta da coleta parcial, os aumentos foram expressivos, indicando que o produto tem sido vendido por maior valor nos supermercados das capitais pesquisadas.

O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e S�o Paulo, variou entre 5,59%, em Bras�lia, e 37,73%, em Campo Grande. J� o pre�o do feij�o preto, pesquisado nos munic�pios do Sul, em Vit�ria e no Rio de Janeiro, subiu mais na capital capixaba (29,96%).

A baixa oferta do gr�o com qualidade e a redu��o de �rea plantada devem manter a trajet�ria de eleva��o do pre�o do gr�o carioca.

Leite

O leite apresentou eleva��o de valor em 15 cidades. A alta registrada, no entanto, tem grande rela��o com a redu��o da oferta do produto devido � entressafra e � disputa pela mat�ria-prima por parte das ind�strias de latic�nios, o que elevou o pre�o pago aos produtores de leite e encareceu o derivado UHT nos estabelecimentos comerciais.

Em Porto Alegre, S�o Paulo e Goi�nia, as varia��es foram, respectivamente: 15,65%, 15,30% e 15,25%, entre mar�o e abril. 

Batata

A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o pre�o majorado em 8 das 10 cidades. Em Belo Horizonte, o aumento superou 40%. A alta registrada se deveu, em grande parte, � baixa oferta do tub�rculo.

�leo

O �leo de soja, que j� mostrava trajet�ria de alta, teve o pre�o m�dio maior em 14 cidades, com destaque para Recife (6,37%). Al�m do grande volume exportado de soja, o �leo degomado vinha sendo usado para a produ��o de biodiesel, provocando redu��o da oferta interna.

Em abril, a demanda para produ��o do biocombust�vel diminuiu bastante devido � pandemia, o que pode se refletir nos valores da lata de �leo de soja nos pr�ximos meses.

Carne

A carne bovina de primeira teve o pre�o majorado em 13 capitais, o que pode ser influenciado, em parte, pela maior facilidade em coletar, por telefone, os valores junto aos a�ougues.

Fortaleza, Curitiba e Aracaju tiveram varia��es acima de 7% em rela��o a mar�o e, em S�o Paulo, a alta foi de 5,06%. Apesar do final da safra, a demanda externa por carne esteve aquecida e a oferta, menor.

Banana

O pre�o da banana aumentou em 12 cidades, em rela��o a mar�o, com destaque para Vit�ria (29,98%). Em S�o Paulo, o valor da fruta aumentou 10,36%. Entressafra e baixa oferta explicaram as eleva��es em grande parte das cidades.

Belo Horizonte

(N�meros de abril)

  • Valor da cesta: R$ 484,55
  • Varia��o mensal: 5,04%
  • Varia��o no ano: 8,91%
  • Varia��o em 12 meses: 6,05%
  • Jornada necess�ria para comprar a cesta b�sica: 102 horas e 1 minuto.
  • Percentual do sal�rio m�nimo l�quido para compra dos produtos da cesta: 50,13%.
  • Produtos com altas em rela��o a mar�o: batata (40,42%), feij�o (24,94%), leite (12,83%), banana (6,95%), p�o (6,35%), arroz (6,16%), �leo (5,21%), manteiga (4,30%), caf� (3,88%), carne bovina (2,45%).
  • Produtos com manuten��o do pre�o m�dio em rela��o a mar�o: a��car (0%).
  • Produtos com redu��o em rela��o a mar�o: tomate (-12,96%) e farinha trigo (-0,80%).



Nota da pesquisa

“Apesar da quebra na amostra, os dados apurados revelaram tend�ncias semelhantes de alta ou queda em todas as capitais, coer�ncia que permite a divulga��o das informa��es capturadas. Entretanto, � importante levar em considera��o que as varia��es em rela��o a mar�o devem ser relativizadas, uma vez que o pre�o m�dio de abril � resultado n�o s� da atual conjuntura, mas do fato de n�o ter sido poss�vel seguir � risca a metodologia da pesquisa. Sem a coleta presencial, os pre�os podem estar subestimados ou superestimados, pois: 1) os dados captados pela internet referem-se mais a grandes redes varejistas, que t�m lojas on-line; 2) nem sempre foi poss�vel captar promo��es nos pre�os dos produtos; 3) nos casos de alguns produtos, foi preciso coletar o pre�o de marcas diferentes das habitualmente pesquisadas. A pesquisa � dist�ncia foi realizada em 16 capitais. Na cidade de S�o Paulo, o DIEESE manteve a coleta de pre�os presencial, com n�mero menor de pesquisadores e em hor�rios em que os estabelecimentos estavam mais vazios. As feiras livres, que tamb�m fazem parte da pesquisa regular, foram exclu�das da tomada, por raz�es �bvias.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)