
De acordo com a diretora de marketing e pessoas da DMCard, Sandra Castello, a pesquisa “� composta por pessoas que s�o portadoras de cart�o de cr�dito e nos permite uma representatividade muito fiel de como anda o bolso desse consumidor economicamente ativo”. Mostra tamb�m “se ele sofreu perdas e como o bolo est� sendo repartido para o consumo e pagamento das d�vidas mais comuns no dia-a-dia da popula��o”.
A pesquisa mostra que a popula��o prioriza o pagamento de contas de consumo como �gua, luz, telefone e internet (31%). Em segundo plano, a preval�ncia do consumidor est� na quita��o da fatura do cart�o de cr�dito tradicional (20%). De acordo com o resultado dessa ordem de import�ncia, fica claro que o consumidor est� preocupado em manter o seu poder de compra, principalmente do que � essencial, em manter a comida na mesa.

Para Sandra, o cart�o tradicional tamb�m pode ser utilizado no supermercado, mas, al�m de n�o ser acess�vel a todas as pessoas, ele ainda � percebido como uma fonte que pode ser utilizada para gastos sup�rfluos.
“Al�m dessa percep��o da import�ncia e peso no or�amento entre os cart�es de loja e o tradicional, h� outro fen�meno importante de se observar, principalmente nas classes mais baixas, que � a atual dificuldade de se conseguir cr�dito na rede banc�ria. N�o se trata apenas de uma escolha, muita gente n�o consegue ter um cart�o de cr�dito tradicional. Com o atual cen�rio econ�mico, a rede banc�ria acaba reduzindo sua aprova��o e esse consumidor, muitas vezes ainda desbancarizado, migra para os cart�es de loja”, explicou.
Dando sequ�ncia �prefer�ncia na quita��o de d�vidas, foram citados ainda os financiamentos (11%) e a assist�ncia m�dica (9%).
“Com esses resultados, conseguimos identificar uma linha clara de comportamento. O consumidor prefere pagar primeiro as contas que podem ocasionar a interrup��o de algum servi�o que lhe faria muita falta no seu dia-a-dia. Em segundo lugar, v�m as d�vidas que podem tirar deles o poder de compra, em um momento em que ter cr�dito � muito importante em caso de emerg�ncias”, analisou a diretora da DMCard.
Desemprego
Apenas 26% dos entrevistados afirmaram estar empregados formalmente, com registro em carteira de trabalho, e sem nenhum tipo de redu��o em seus ganhos, enquanto outros 15% tiveram redu��o de carga hor�ria e, consequentemente, em seus rendimentos.
Em contrapartida, 12% foram totalmente afastados do trabalho ou tiveram seus contratos interrompidos, e 15% j� entraram na pandemia desempregados. Os entrevistados aposentados s�o 10% dos respondentes e 21% s�o profissionais aut�nomos.
Aux�lio Emergencial
O aux�lio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo foi buscado por 49% dos entrevistados. Considerando apenas esse grupo, 31% j� haviam recebido a primeira parcela. Um grupo composto por 33% n�o havia sido aprovado, outros 19% foram aprovados mas ainda n�o tinham recebido e 17% ainda aguardavam resposta. Dentre os 51% que n�o entraram com o pedido, apenas 1% ainda tinha a inten��o de solicitar o aux�lio.
Cr�dito
O estudo tamb�m avaliou o uso do cart�o de loja do supermercado pelos consumidores, principal �rea de atua��o da DMCard, realizadora do estudo, e 41% dos entrevistados afirmaram que um limite maior dispon�vel em seu cart�o private label os ajudaria neste momento de pandemia. E, em caso de atraso no pagamento especificamente da fatura desse cart�o e posterior acordo, 45% prefere um desconto e pagar tudo de uma vez, 32% preferem um parcelamento da d�vida e para 23% bastaria apenas um prazo maior para pagamento.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a