O futuro das reservas mineiras de um dos metais mais importantes do mundo continua gerando muita discuss�o. Enquanto o Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), apresenta argumentos para justificar a escolha de Juiz de Fora, na Zona da Mata, como sede da “primeira f�brica de c�lulas de baterias de l�tio-enxofre” do planeta, profissionais de engenharia e geoci�ncias, al�m de lideran�as pol�ticas e comunit�rias, do Vale do Jequitinhonha prometem lutar para levar para l� a planta.
A promessa � de que ser�o gerados, com o projeto, 100 empregos diretos, com investimentos da ordem de US$ 56 milh�es (cerca de R$ 280 milh�es).
Na semana passada, os representantes da regi�o, localizada no Nordeste do estado, acusaram o governo mineiro de desprezar o fato de o local ter uma das maiores reservas de l�tio do Brasil. Isso poderia ajudar no desenvolvimento e melhorar a vida da popula��o, considerada das mais pobres do pa�s.
O Executivo estadual rebate as alega��es. “O Governo de Minas e a Codemge esclarecem que o l�tio utilizado nas c�lulas de l�tio-enxofre da Oxis Brasil (empresa firmada em parceria com a brit�nica Oxys Energy) � o l�tio met�lico, material n�o dispon�vel no mercado brasileiro. Essa lacuna tecnol�gica entre o material extra�do no Vale do Jequitinhonha (espodum�nio) e a mat�ria-prima l�tio met�lico � uma oportunidade de crescimento da cadeia do l�tio", afirma.
E a estatal prossegue: "A Codemge, em parceria com a Companhia Brasileira de L�tio (CBL, da qual det�m 33%), j� est� em fase de desenvolvimento do processo de produ��o do l�tio met�lico, agregando valor e tecnologia, inclusive com a instala��o de uma unidade de produ��o deste insumo na regi�o”.
E a estatal prossegue: "A Codemge, em parceria com a Companhia Brasileira de L�tio (CBL, da qual det�m 33%), j� est� em fase de desenvolvimento do processo de produ��o do l�tio met�lico, agregando valor e tecnologia, inclusive com a instala��o de uma unidade de produ��o deste insumo na regi�o”.
A empresa, cuja personalidade jur�dica � de direito privado, tendo Minas como �nico acionista, explica a escolha da cidade da Zona da Mata para a implanta��o da f�brica, considerada important�ssima em momento em que a demanda pelo produto s� cresce.
O uso vai de ve�culos el�tricos a espa�onaves, passando por telefones celulares.
“A escolha da cidade de Juiz de Fora para instala��o da f�brica da Oxis Brasil ocorreu ap�s intensas an�lises t�cnicas conduzidas pelas Oxis Energy, empresa inglesa s�cia majorit�ria na opera��o. Alguns fatores foram decisivos, como a exist�ncia de galp�o de n�vel industrial j� constru�do, demandando apenas adapta��o, a proximidade com potenciais mercados consumidores, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e S�o Paulo, al�m da facilidade log�stica, proporcionada pela exist�ncia de ferrovia que serve ao im�vel industrial, para a chegada dos insumos pelo porto do Rio”, declara.
O uso vai de ve�culos el�tricos a espa�onaves, passando por telefones celulares.
“A escolha da cidade de Juiz de Fora para instala��o da f�brica da Oxis Brasil ocorreu ap�s intensas an�lises t�cnicas conduzidas pelas Oxis Energy, empresa inglesa s�cia majorit�ria na opera��o. Alguns fatores foram decisivos, como a exist�ncia de galp�o de n�vel industrial j� constru�do, demandando apenas adapta��o, a proximidade com potenciais mercados consumidores, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e S�o Paulo, al�m da facilidade log�stica, proporcionada pela exist�ncia de ferrovia que serve ao im�vel industrial, para a chegada dos insumos pelo porto do Rio”, declara.
Tudo isso, por�m, � questionado pelos jequitinhonhenses. “A justificativa de que a mat�ria prima utilizada para fabrica��o das baterias de Li-S ser� o l�tio met�lico refor�a ainda mais a inser��o da f�brica na regi�o, pois o material n�o � encontrado na natureza, sendo muito inst�tvel e produzido a partir dos �xidos minerados como os extra�dos no Vale do Jequitinhonha", afirmam, em carta aberta.
"Se o abastecimento da f�brica ser� o importado, resultar� em produto mais caro e menos competitivo no cen�rio global”, ainda diz o documento, acrescentando que “a inser��o do Vale do Jequitinhonha na cadeia produtiva e do conhecimento do l�tio e dos minerais associados tamb�m � quest�o estrat�gica e da nossa soberania nacional, al�m de justi�a social”.
"Se o abastecimento da f�brica ser� o importado, resultar� em produto mais caro e menos competitivo no cen�rio global”, ainda diz o documento, acrescentando que “a inser��o do Vale do Jequitinhonha na cadeia produtiva e do conhecimento do l�tio e dos minerais associados tamb�m � quest�o estrat�gica e da nossa soberania nacional, al�m de justi�a social”.
Quest�es socioecon�micas e de log�stica
O documento acusa o governo de Minas de desconsiderar, na implanta��o da f�brica, fatores relevantes, como localiza��o das jazidas, indicadores socioecon�micos e outras rotas de escoamento.
Cita rodovias, aeroportos e tamb�m a ferrovia que passa por Governador Valadares, al�m de cogitar a reativa��o da Estrada de Ferro Bahia-Minas, “que poderia auxiliar no escoamento n�o s� da produ��o advinda da minera��o e sim de toda produ��o da regi�o como frutas, eucalipto e outros produtos”.
Cita rodovias, aeroportos e tamb�m a ferrovia que passa por Governador Valadares, al�m de cogitar a reativa��o da Estrada de Ferro Bahia-Minas, “que poderia auxiliar no escoamento n�o s� da produ��o advinda da minera��o e sim de toda produ��o da regi�o como frutas, eucalipto e outros produtos”.
Ressalta ainda que � “papel do estado amenizas as diferen�as regionais por meio das potencialidades econ�micas de cada regi�o”.
“A popula��o do Vale do Jequitinhonha tem direito a oportunidade de emprego por meio das nossas potencialidades e riquezas regionais, como no caso advindas do l�tio de forma direta e indireta.”
“A popula��o do Vale do Jequitinhonha tem direito a oportunidade de emprego por meio das nossas potencialidades e riquezas regionais, como no caso advindas do l�tio de forma direta e indireta.”
“Vamos continuar lutando, mobilizados. A quest�o � regional, n�o pertence a um grupo, partido ou lideran�a e, sim, � nossa sociedade”, afirma o engenheiro Danilo Marinho Lam�go Borges, de Ara�ua� e um dos que subscrevem a carta.