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Estado de Minas PESQUISA

COVID-19 deve mudar h�bitos de consumo

Frear o consumo � uma delas e tem rela��o direta com a queda na renda provocada pela pandemia


20/07/2020 07:10 - atualizado 20/07/2020 09:35

(foto: FLICKR)
(foto: FLICKR)

O consumo, que � mais da metade de toda a riqueza gerada na economia e no passado j� salvou o Pa�s de outras crises, n�o dever� ser o mesmo ap�s a quarentena. Cerca de 69 milh�es de brasileiros, ou 42% da popula��o adulta, pretendem comprar menos nos pr�ximos meses comparado ao que gastavam antes da pandemia do coronav�rus, mostra pesquisa nacional feita pelo Instituto Locomotiva.

A freada no consumo tem rela��o direta com a queda na renda provocada pela pandemia. Mas uma mudan�a mais estrutural tamb�m est� a caminho, j� que o isolamento social acabou provocando altera��es no comportamento do consumidor, segundo Renato Meirelles, presidente do Locomotiva.

"H� mais de cem dias dentro de casa, as pessoas descobriram o que precisam e o que n�o precisam", diz Meirelles. Com a pandemia, o consumidor racionalizou as compras. "Nesse novo mundo n�o cabe ostenta��o."

A freada nas compras, constatada em todas as classes sociais, ocorre em um cen�rio de queda recorde no consumo das fam�lias que � esperado para este ano - uma retra��o de 7,2%, segundo proje��o feita pela Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC).

� como se, apenas neste ano, o consumo das fam�lias ca�sse mais do que as perdas acumuladas em 2015 e 2016, quando o Pa�s enfrentou uma longa recess�o.

"Al�m de ser o item de maior peso do Produto Interno Bruto (PIB), o consumo das fam�lias � o que faz o brasileiro perceber se est� em uma situa��o melhor ou pior. Ele sente que a vida est� mais dif�cil quando sua capacidade de consumir cai", afirma o economista s�nior da CNC, Fabio Bentes.

Recuo


A perspectiva de continuar segurando as compras nos pr�ximos 12 meses � confirmada por outra pesquisa, da consultoria Bain & Company. A enquete ouviu 1,6 mil pessoas e foi feita no fim de junho. Aponta que, em todos os segmentos, o n�mero de pessoas que pretende gastar menos � maior do que o dos que devem aumentar gastos depois da pandemia.

Em servi�os, por exemplo, 57% dos consultados declararam que v�o gastar menos em viagens, 51% em eventos, 41% em academias, 36% em restaurantes. "As pessoas n�o sabem quanto tempo a pandemia vai durar, por isso h� mais gente prevendo desembolsar menos", observa Frederico Eisner, s�cio da consultoria. Na sua avalia��o, as pessoas est�o com medo e esse sentimento n�o combina com consumo.

Magda Maria Barbosa de Alencar, que trabalha em uma creche, � um exemplo da mudan�a nos h�bitos de consumo. "Todo m�s comprava roupa, sapato, perfume, esse tipo de coisa que hoje a gente chama de sup�rfluo." A decis�o agora � n�o comprar mais e tentar pagar o que j� tem.

Diferen�as


A freada nas compras na quarentena e no per�odo de p�s-isolamento deve ser diferente para cada segmento de consumo, segundo Meirelles, do Locomotiva. Itens como varejo online, entrega de comida, ensino a dist�ncia, por exemplo, cresceram e devem se manter em alta.

O consumo de alimentos, de servi�os de telecomunica��o e de produtos de limpeza tamb�m aumentou, mas deve se estabilizar. J� servi�os prestados por cinemas, hot�is e restaurantes tiveram forte queda e a recupera��o deve ser lenta.


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