Conhe�a Andr� Brand�o, o escolhido de Guedes para presidir o BB

A ala "pragm�tica" do governo obteve uma vit�ria com a indica��o de Andr� Brand�o, executivo atualmente no HSBC, para a presid�ncia do Banco do Brasil, em substitui��o a Rubem Novaes, de 74 anos, que anunciou sua sa�da do cargo no in�cio da semana passada. A escolha de Brand�o foi antecipada na manh� de sexta-feira, 31, pela colunista Sonia Racy, do Estad�o.

Novaes pediu demiss�o em meio a um desgaste e tamb�m por causa da press�o de dirigir o banco. Apesar de ser um nome com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, o executivo era tamb�m ligado ao "guru" Olavo de Carvalho, que tem criado pol�micas e atrapalhado a pauta do governo no Congresso. Al�m disso, o desempenho do BB na �rea de cr�dito tamb�m seria insatisfat�ria. Em meio � press�o, ele avisou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia que estava de sa�da no dia 24.

O governo vive neste momento uma "limpa" da �rea ideol�gica, justamente para agradar o mercado financeiro e principalmente o Legislativo e os partidos do chamado Centr�o, que agora formam a base de apoio do governo Bolsonaro. Ao escolher um nome de mercado - Brand�o tem 17 anos de HSBC e mais de uma d�cada de Citibank -, o consenso � de que o nome refor�a o cacife de Guedes no governo. A confirma��o do executivo no cargo depende de ritos internos do BB e do governo. Mas ele j� aceitou a fun��o.

Executivo tem curr�culo longo e j� dep�s em CPI

Desde 2003 no HSBC, Andr� Brand�o atuava como chefe global da institui��o para as Am�ricas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento - �rea chamada de "atacado" no jarg�o do mercado. Antes de chegar ao HSBC, o executivo permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra institui��o que, recentemente, saiu do segmento de varejo no Pa�s, que foi adquirida pelo Ita� Unibanco).

Em 2015, o executivo dep�s na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que investigava supostos crimes de evas�o de divisas de brasileiros que tinham contas na ag�ncia de Genebra, na Su��a, do banco. Na �poca, ele negou que a institui��o brasileira tivesse acesso a dados dos correntistas fora do Pa�s.

Brand�o enfrentava, no HSBC, um movimento de redu��o de cargos executivos. Segundo reportagem da Reuters publicada no m�s de abril, ele permaneceria no cargo de dirigente para as Am�ricas at� o fim do ano, quando "novos an�ncios seriam feitos". Outros diretores regionais do banco foram demitidos desde o in�cio de 2020.

Fontes do mercado financeiro consultadas pelo Estad�o disseram que Brand�o � um visto como um respeitado executivo de mercado e que sua indica��o para o Banco do Brasil manda uma mensagem positiva em termos de gest�o.