
Ainda que a economia brasileira d� sinais graduais de recupera��o, os estragos foram imensos no pa�s em virtude da pandemia do coronav�rus. Um estudo feito de forma virtual pela Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing entre 16 e 31 de julho mostrou que 37% dos desempregados perderam seu trabalho por causa das medidas de isolamento social, principalmente pelo corte e fechamento de empresas. Os 63% restantes mantiveram o emprego.
A situa��o se torna desafiadora na recupera��o dos postos de trabalho, mas 34% dos que ficaram sem trabalhar tentam repensar sua estrat�gia na busca por nova posi��o. De acordo com a pesquisa, o objetivo dos v�rios desempregados � buscar qualifica��o, mudar de ramo ou mesmo abrir um neg�cio. Por outro lado, 25% dos 1.090 entrevistados afirmam que buscam novo emprego h� muito tempo e 24% est� em busca de trabalho mais recentemente. Outros 10% prometem come�ar a procurar emprego e apenas 7% desistiram da ideia, j� que n�o tiveram sucesso.
O gerente de projetos da Demanda e coordenador do estudo, Ricardo Lopes, entende que a fase dif�cil na economia vai motivar as pessoas a buscar novas qualifica��es: “Pode ser que as pessoas j� estejam atinando que os novos tempos v�o exigir novas habilidades, novos conhecimentos e comportamentos. Nesse contexto, � primordial se qualificar num primeiro momento, para ent�o sair � procura de um novo lugar”.
Daqueles que n�o perderam o emprego, o levantamento indica que 49% continuam trabalhando exclusivamente de casa, no chamado home office, enquanto outros 16% alternam dias em casa e dias no escrit�rio e somente 9% j� retomaram integralmente sua rotina fora do lar. “Na medida em que provaram e gostaram, tanto empresas como trabalhadores n�o t�m motivo de apressar o retorno”, conclui Ricardo.
A empresa que desenvolveu a pesquisa tamb�m abordou a rela��o dos trabalhadores com o home office durante a COVID-19. A maior (39%) se considera totalmente satisfeita com a mudan�a de rotina, enquanto 35% est� pouco satisfeito e 26% n�o aprova a rotina. Daqueles que aprovam o trabalho de casa, 84% dos entrevistados apontaram que o servi�o rende melhor do que nas empresas e 71% afirmam que a economia de recursos (transporte, combust�vel e alimenta��o) � um fator importante. J� os motivos de insatisfa��o mais apontados foram a falta de intera��es f�sicas com os colegas (46%) e jornada de trabalho excessiva, com pausas menores (39%).
“Os pr�prios entrevistados parecem ter a solu��o para acomodar bem todas as aspira��es: havia na pesquisa uma pergunta sobre qual modelo de trabalho gostariam de adotar ap�s o fim da pandemia, e ent�o 65% disseram que o ideal seria uma mescla entre dias no escrit�rio e dias em casa”, destaca Silvio Pires de Paula, fundador e presidente da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing.
Des�nimo na pandemia
O estudo mostra que a pandemia trouxe sentimento de des�nimo �s pessoas no pa�s. Cerca de 3 em cada 4 entrevistados (73%) se dizem descontentes atualmente. Questionados sobre o que mudou para pior ou para melhor do in�cio da pandemia para c�, metade deles (49%) afirma que a vida piorou no que diz � viv�ncia social e �s oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicol�gico, em seu equil�brio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em a��es solid�rias e 53% est�o se relacionando melhor com suas fam�lias.