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Estado de Minas ECONOMIA

Publicado sem alarde, relat�rio prev� d�ficit de R$ 861 bilh�es no Or�amento

Ap�s o alerta de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu sua equipe �s pressas e decretou uma esp�cie de 'lei do sil�ncio'


22/09/2020 20:37 - atualizado 22/09/2020 22:57

O relatório bimestral é uma divulgação periódica do Ministério da Economia(foto: Sérgio Lima/AFP)
O relat�rio bimestral � uma divulga��o peri�dica do Minist�rio da Economia (foto: S�rgio Lima/AFP)
O Minist�rio da Economia divulgou nesta ter�a, 22, a avalia��o bimestral do Or�amento com uma proje��o de d�ficit de R$ 861 bilh�es em 2020. O an�ncio, tradicionalmente feito com entrevista coletiva dos principais secret�rios que cuidam da �rea fiscal do governo, desta vez se restringiu a um documento oficial e uma nota � imprensa divulgados pela pasta �s 19h25, quando a mensagem de envio do relat�rio j� havia sido publicada em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o (DOU).

O envio silencioso do relat�rio ocorre na semana seguinte � pol�mica envolvendo o Renda Brasil, como vinha sendo chamado o novo programa social do governo Jair Bolsonaro. Em entrevista ao G1, o secret�rio especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, defendeu o congelamento de aposentadorias e mudan�as no seguro-desemprego para liberar recursos para o Renda Brasil. A declara��o enfureceu o presidente, que amea�ou dar "cart�o vermelho" a quem propusesse algo do tipo.

Ap�s o alerta de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu sua equipe �s pressas e decretou uma esp�cie de "lei do sil�ncio" entre os integrantes da equipe econ�mica, para evitar novos vazamentos e, consequentemente, desgastes com o Pal�cio do Planalto.

O relat�rio bimestral � uma divulga��o peri�dica do Minist�rio da Economia, que costuma ter a presen�a de Waldery e secret�rios da �rea de Or�amento. O �ltimo, com a participa��o do secret�rio especial de Fazenda, foi anunciado em 22 de julho.

No documento divulgado hoje, a Economia informou que sua expectativa para receitas em 2020 piorou R$ 9,725 bilh�es, passando a R$ 1,446 trilh�o. A queda se deve a altera��es na legisla��o tribut�ria em fun��o do combate � COVID-19, ao resultado da arrecada��o entre junho e agosto de 2020 e � revis�o das estimativas de impacto do adiamento no recolhimento de tributos. Houve ainda mudan�a na proje��o da arrecada��o de contribui��es previdenci�rias e de royalties de petr�leo. Por outro lado, houve uma compensa��o parcial das perdas com a renova��o antecipada de contratos de concess�es da Ferrovia Norte Sul e da Ferrovia Malha Paulista.

No caso das despesas, a previs�o aumentou R$ 63,6 bilh�es em rela��o ao projetado no terceiro bimestre, passando a R$ 2,046 trilh�es. O maior aumento foi de R$ 84,4 bilh�es em novos cr�ditos extraordin�rios para autorizar despesas relacionadas ao combate � pandemia – entre eles os R$ 67,6 bilh�es que bancar�o a prorroga��o do aux�lio emergencial at� o fim do ano, no valor de R$ 300 por pessoa.

O valor de subs�dios, por sua vez, caiu R$ 17,3 bilh�es, principalmente com a redu��o de recursos destinados a subsidiar a linha de cr�dito para a folha de sal�rios de trabalhadores, que registrou baixa demanda das companhias em meio � migra��o do apetite para outras linhas mais simplificadas e voltadas para micro e pequenas empresas.

A Economia informou ainda que espera uma despesa R$ 4,5 bilh�es menor com benef�cios previdenci�rios do INSS, o que proporcionou uma redu��o no d�ficit previsto para R$ 274,268 bilh�es em 2020. A previs�o de gastos com abono e seguro-desemprego ficou praticamente est�vel em R$ 62,98 bilh�es.


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