Segundo o levantamento, os setores que mais amargaram retra��o foram inform�tica (-9,98%) e ve�culos e pe�as (-9,33%). Por outro lado, o saldo foi positivo para drogarias e cosm�ticos (0,52%) e para supermercados (3,47%).
Apesar disso, os n�meros mais recentes apontam um in�cio de tend�ncia de recupera��o. No acumulado mensal entre junho e julho de 2020, quando comparado com o mesmo per�odo de 2019, a queda nas vendas do com�rcio foi de 1,67%. A retra��o foi menor em todos os setores, mas com destaque para material el�trico e de constru��o (-1,04%), ve�culos e pe�as (-0,08%) e inform�tica (-1,33%).
Na compara��o anual, entre agosto de 2019 e julho de 2020, a retra��o do com�rcio na capital foi de 3,87%. Os setores que mais sentiram o impacto no acumulado dos 12 meses foram papelaria e livraria (-5,69%) e material el�trico e de constru��o (-5,38%).
Para o acumulado de 2020, de janeiro a dezembro, a proje��o da CDL � de uma retra��o de 6,70%. Isso significa que, apesar de uma queda acentuada, h� proje��o de melhora para os �ltimos meses do ano, de agosto a dezembro.
Embora a tend�ncia seja de menores preju�zos at� o final do ano, ainda h� o que temer. "Podemos sofrer impactos ainda mais intensos caso essa crise sanit�ria perdure por muito tempo. Por isso a necessidade de conscientiza��o da popula��o, dos lojistas e dos seus funcion�rios em seguir todas as normas", comenta Jos� Angelo de Melo, atual presidente da CDL/BH.
Expectativas
O empres�rio Gustavo Zicker, do ramo de banho e tosa, comenta que o ano de 2020 teve rendimento inferior desde janeiro. "Nada que compare com os efeitos da pandemia, mas janeiro j� foi um m�s historicamente mais baixo. A demanda caiu muito, ainda mais que meu item n�o � essencial e que precisa que a pessoa se dirija at� a loja", comenta.
Para contornar os efeitos da crise, Zicker teve que mudar a rotina de funcionamento. "Abria as lojas no m�ximo tr�s vezes por semana e ia revezando entre elas, j� que tenho mais de uma", relembra. "Com isso, tamb�m diminu� a carga de todos os funcion�rios para n�o ter que demitir ningu�m". O empres�rio estima que o faturamento tenha ca�do at� 30% no per�odo de janeiro a julho.
"Apesar da queda, causada tanto pela pandemia em si quanto pela menor frequ�ncia das lojas, consegui reduzir muito os custos", conta. "E, por isso, consegui adequar e equilibrar as finan�as".
Agora, os hor�rios de funcionamento das lojas de Gustavo j� voltaram ao normal e as expectativas j� s�o melhores. "Estou tendo mais demanda e conseguindo abrir todos os dias. J� estou com previs�o de subir praticamente 20% em setembro com rela��o a agosto", avalia. "Acho que esteja longe de uma reestrutura��o de 100%, mas j� � uma melhora no cen�rio".