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Estado de Minas TRAINEES

Programa para negros: Defensoria entra com a��o contra Magalu por 'marketing de lacra��o'

O processo est� cobrando da rede varejista R$ 10 milh�es de indeniza��o por danos morais coletivos pela 'viola��o de direitos de milh�es de trabalhadores'


06/10/2020 12:58 - atualizado 06/10/2020 13:21

(foto: Cytonn Photography/Unsplash)
(foto: Cytonn Photography/Unsplash)
A Defensoria P�blica da Uni�o entrou com uma a��o civil p�blica na Justi�a do Trabalho contra o que chamou de "marketing de lacra��o" da Magazine Luiza por abrir um programa de trainees exclusivo para negros. Para o autor da peti��o, o defensor Jovino Bento J�nior, embora a inclus�o social de negros e qualquer outro grupo seja desej�vel, o programa em quest�o "n�o � medida necess�ria - pois existem outras e est�o dispon�veis para se atingir o mesmo objetivo -, e nem possui proporcionalidade estrita - j� que haveria imensa despropor��o entre o b�nus esperado e o �nus da medida, a ser arcado por milh�es de trabalhadores".

O processo est� cobrando da rede varejista R$ 10 milh�es de indeniza��o por danos morais coletivos pela "viola��o de direitos de milh�es de trabalhadores (discrimina��o por motivos de ra�a ou cor, inviabilizando o acesso ao mercado de trabalho)".

 Ainda segundo ele, o "formato do programa se revela ilegal, sendo a presente, pois, para buscar a sua conforma��o com a legisla��o, compatibilizando-o com os direitos dos trabalhadores de acesso ao mercado de trabalho e de n�o serem discriminados (...) isso n�o pode ocorrer �s custas do atropelo dos direitos sociais dos demais trabalhadores, que tamb�m dependem da venda de sua for�a de trabalho para manter a si mesmos e �s respectivas fam�lias".

 Na segunda-feira (5/10), a empres�ria Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, declarou em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, que descobriu em sua empresa poucos executivos negros em altos cargos e, por isso, optou pelo programa de trainee exclusivo a pessoas negras. "O racismo estrutural est� inconsciente nas pessoas. Temos que entender mais o que � racismo estrutural. O dia que entendi at� chorei, porque sempre achei que n�o era racista at� entender o racismo estrutural", declarou Luiza.

 A empres�ria afirmou que, mesmo cobrando maior sele��o de pessoas negras em seus processos, recebia pouco retorno quando buscava pessoas para altos cargos. "Como podemos colocar mais negros se eles n�o aparecem? O ponto de partida j� � desigual", disse, observando o impacto da desigualdade racial desde a educa��o b�sica. Luiza afirmou que n�o se trata de "oba-oba" e que a ideia passou por um comit� antes de ser divulgada.

 O intuito do programa � oferecer 20 vagas para pessoas de todo o Pa�s, com orienta��es para que o RH receba curr�culos sem a obrigatoriedade de saber falar ingl�s, por exemplo. O processo tamb�m � aberto a funcion�rios negros que j� atuam na empresa. "Tem muitos entrando e ajudando a fazer o programa", disse ela. Com o trainee, ela declarou que diversas pessoas ser�o capacitadas para cargos de ger�ncia.


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