Leil�o do pr�dio do Othon Palace de BH termina sem compradores

O leil�o do pr�dio que abrigava o Othon Palace Hotel, no Centro de Belo Horizonte, terminou sem compradores na tarde desta ter�a-feira (6). O valor m�nimo de oferta era de R$ 30 milh�es, conforme decis�o da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Todo o procedimento foi feito on-line e durou menos de 40 minutos.

�s 14h, o leiloeiro Jonas Rymer, da Rymer Leil�es, come�ou a ler o edital do procedimento. O documento dizia que, al�m do lance m�nimo de R$ 30 milh�es, o arrematante teria de arcar com os d�bitos em aberto referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no valor de R$ 5.377.333,55, mais acr�scimos legais, ficando a cargo do comprador negociar poss�veis alternativas para a quita��o da d�vida.

Al�m disso, o arrematante deveria ter uma aten��o especial quanto ao tombamento do edif�cio, uma vez que ele � protegido pelo Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural do Munic�pio de Belo Horizonte (CDPCM-BH). Ou seja, qualquer altera��o na fachada do empreendimento teria que ter o projeto enviado para an�lise e aprova��o da Diretoria de Patrim�nio Cultural.

Presente no leil�o virtual, o advogado da rede Othon disse que n�o haver� uma segunda rodada de ofertas, uma vez que o procedimento desta tarde era apenas uma das alternativas para o grupo - que est� em recupera��o judicial - levantar fundos com a venda do im�vel.

Ao ser inaugurado, em 1978, em imponente pr�dio de 25 andares, na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Tupis e Bahia, em frente ao Parque Municipal, o Othon Palace de BH contava com quase 300 quartos, e, por alguns anos, foi o �nico hotel de luxo da cidade.

Ao fechar as portas, em 2018, ap�s 40 anos de funcionamento, apresentava um preju�zo acumulado de R$ 40 milh�es. O passivo total – sobretudo em tributos – somava R$ 527,1 milh�es.

Foram 170 funcion�rios demitidos, al�m de impacto provocado em mais de 64 �reas da economia fomentadas pela hotelaria.